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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Em 17 de Junho de 2007, um Airbus da TAM atravessou a pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e se chocou com um prédio, matando 199 pessoas. Num jornal de SP, na época, li o depoimento de uma mãe que perdeu nesse acidente, dois filhos adolescentes: "O recado que a vida me deu ao ver aquele avião queimando com os meus filhos, sem eu poder fazer nada foi: 'Você não manda em nada'. Aprendi a deixar de ser arrogante com a vida. Vesti minha impotência. Mas descobri um poder de cuidar de mim. Lidar com a perda é a construção de uma nova vida. Vivo de saudade, mas não me pauto pela tristeza. O que me dá serenidade é acreditar que vou reencontrar meus filhos. Leio livros Espíritas, vou à missa aos domingos, e faço terapia". O relato dessa mãe ilustra claramente a dor da perda de uma experiência marcante e bastante dolorosa, que é perder dois filhos, ao mesmo tempo de forma trágica. Não há como impedir determinados acontecimentos, a não ser compreender às lições que devemos extrair das experiências dolorosas da vida. Não podemos mudar determinados acontecimentos da vida, mas podemos mudar a forma como vamos reagir às adversidades, os obstáculos que a vida nos impõe. Ou seja, o que mais importa ao nosso aprimoramento espiritual - enquanto seres espirituais em evolução -, são as lições que devemos extrair diante das adversidades da vida, ao invés de ficarmos revoltados, agressivos, amargos, infelizes etc. Portanto, lidar com o sofrimento é um aprendizado, uma oportunidade.

Não é por acaso que a palavra crise dentro do ideograma chinês é Wei - Ji e tem um duplo sentido: Perigo e Oportunidade para dar uma virada, um período crucial, decisivo para se mudar algo na vida. Note, caro(a) leitor(a), que toda a mudança vem precedida de uma crise. A crise, portanto, convida todos a mudarem, reverem suas atitudes diante da vida. Todavia, se você vê a crise como uma inimiga, algo nefasto, recusa-se a rever sua forma de pensar, acaba se fechando para a vida e se torna rígido, inflexível. Certa ocasião, uma paciente, no final do tratamento, me presenteou com uma muda de bambu e me disse que foi o seu mentor espiritual (ser desencarnado de elevada evolução espiritual, responsável diretamente pelo nosso aprimoramento espiritual) que lhe pediu para me entregar. Grato, perguntei-lhe qual o motivo de seu mentor espiritual ter me presenteado com uma muda de bambu? A paciente me respondeu, que ele lhe disse o seguinte: - Fale para o doutor, que o bambu é resistente, não se quebra fácil porque é flexível, adapta-se de acordo com a força do vento; portanto, ele pede ao senhor para agir como o bambu diante das adversidades da vida. Emocionado e profundamente grato pelo presente e pelo recado dado, juntando às mãos, eu me curvei fazendo um gesto de reverência ao seu mentor espiritual. Caso Clínico: Por que tantas perdas em minha vida?

Homem de 40 anos, viúvo. O paciente me procurou para entender o porquê de tantas perdas em sua vida, e me relatou o seguinte: - Não conheci o meu pai, pois, logo que a minha mãe engravidou, ele foi embora e, três anos após meu nascimento, minha mãe faleceu. Fui criado pelos meus avós, depois pelos meus tios, e, assim, cresci sem uma família definida. Por isso, o meu maior sonho é constituir uma família, e, quando completei 22 anos, casei e tive dois filhos gêmeos. A vida de casal era muito difícil pela minha condição financeira e, para piorar, minha esposa era muito doente, não podia trabalhar, e tinha que cuidar das crianças, pois não tínhamos recursos para deixá-los numa creche. Quando eles completaram 5 anos, minha esposa faleceu, fiquei desesperado, não entendia por que Deus a levou. Eu me perguntava: - Sou um homem honesto, cumpridor de meus deveres, então, por que Deus a levou?

Meu patrão soube da morte dela, e me perguntou se eu não queria deixar às crianças com ele, para criá-las, pois, sua esposa não podia ter filhos, e ele com certeza, daria o melhor para os meus filhos. Foi com muito sofrimento que os entreguei para ele. Após entregá-los, voltei para casa, querendo ir embora desse mundo, e pensava: - Quanta injustiça! Chorava muito, mal comia, lembrava de minha esposa que eu tanto amava e que sofreu ao meu lado. Percebi, que eu era uma "fruta podre", pois onde colocava a mão às pessoas sofriam. Resolvi não me apegar mais a ninguém, passei a guarda de meus filhos para o meu patrão, e pedi demissão daquele emprego. Desse dia em diante, vivo só, evito ao máximo me envolver, para não fazer mais ninguém sofrer. Hoje sou analista de sistemas, trabalho com computador. Conheci o seu trabalho pela internet e gostaria de saber o que realmente fui no passado, por que sofro tanto? por que tive tantas perdas? Foram necessárias 4 sessões de regressão com esse paciente, pois ele tinha muita dificuldade de concentração, e, somente na 3ª sessão, que ele começou a trazer algo, ou seja, a sentir calafrios e muitas dores no corpo e na cabeça (nessa terapia, essas sensações físicas costumam indicar uma presença espiritual obsessora ou várias). Em seguida, ele me disse: - Dr. Osvaldo, vejo uma casa muito grande, de cor cinza com muros altos... É uma cena de uma vida passada. Terapeuta: - Entre nessa casa.


Paciente: - Estou entrando, mas, agora, não me parece mais uma casa, e, sim, um hospital... É um hospital psiquiátrico. Visto uma calça, uma blusa e um jaleco branco. Sou um médico, um jovem médico, entro no hospital, os pacientes estão me aguardando... Parece que sou um médico respeitado, apesar de ser bem jovem. Terapeuta: - Avance mais nessa cena e veja o que acontece?


Paciente: - Entro em uma sala onde estão outros médicos, todos me esperam. Acabo de trazer uma nova técnica de tratamento para àqueles doentes mentais, é o que chamamos de coma insulínico, e isso ocorreu em 1927. Foi descoberto por um amigo médico em Berlim, eu trouxe essa técnica para ser aplicada em minha cidade (o coma insulínico, isto é, a terapia por choque com insulina, para tratamento de psicoses foi descoberta em 1927 por um jovem neurologista e neuropsiquiatria polonês chamado Manfred J. Sakel. Ele provocou um coma superficial em uma mulher viciada em morfina, e obteve uma notável recuperação de suas faculdades mentais. Atualmente, essa técnica não é mais aplicada por ser totalmente ineficaz). Na verdade, o que eu queria era ser diretor daquele hospital; então, convenci os outros médicos que essa técnica teria que ser aplicada em todos os doentes mentais, não só nos pacientes esquizofrênicos. A bem da verdade, eu os usava para que pudessem ser minhas cobaias. Não os permitia ir para casa, falava para seus familiares que a melhor coisa era deixá-los no hospital, pois lá tinha todo o tratamento adequado. Além de usá-los como cobaias, eu os maltratava muito; por isso, era odiado pelos pacientes, e muitos ali cometeram suicídio. Com isso, eu era perturbado espiritualmente, obsediado por àqueles pacientes desencarnados. Dr. Osvaldo, como posso ter sido assim tão ruim, um médico que jurou salvar vidas e fazer isso com àquelas pessoas, tratando-as como animais? (pausa). Um ser espiritual de luz está aqui no consultório... Diz que tudo o que hoje estou passando, as perdas, foi escolha minha. Ou seja, antes de reencarnar na vida atual decidi no Astral passar por essas experiências de perdas para que pudesse me livrar daquilo tudo que fiz nessa vida passada, pois, muitos pacientes sofreram nas minhas mãos.


Eu não falei na entrevista (anamnese) para o senhor, mas, desde que me conheço por gente, vêm em minha cabeça pensamentos e ideias suicidas. Naquela existência passada, os espíritos daqueles pacientes que se mataram, falavam em minha cabeça o tempo inteiro. Terapeuta: - Avance nessa cena e vá para o momento de sua morte.


Paciente: - Chegando para mais um dia de trabalho no hospital, um paciente veio para cima de mim com uma barra de ferro e me matou; ele me espancava e dizia gritando: - Pronto, nosso sofrimento acabou; o doutor que é doente e não a gente; morre seu desgraçado! (pausa). Então, para que eu me livrasse daquele fardo, do que fiz com àqueles pacientes, quis vir na vida atual e passar por todas essas perdas, pois, foi uma forma de autopunição. (pausa).



Conclusão:


Estou vendo, agora, aqui no consultório, um senhor de barba e cabelos grisalhos, túnica também branca... Ele fala que é o meu mentor espiritual. Diz que preciso me perdoar e pedir perdão para àqueles pacientes queprejudiquei nessa vida passada. Ele pede para que faça de coração a oração do perdão, pois só assim esses seres espirituais obsessores (pacientes) irão para a luz. Está encerrando o nosso tratamento, dizendo que está muito feliz por eu ter vindo a essa terapia. Ele, agora, se despede, está indo embora.






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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Muitos espíritas me mandam e-mails, questionando por que na TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - Terapia do Mentor Espiritual (ser desencarnado diretamente responsável pela nossa evolução espiritual) - Abordagem psicológica e espiritual breve, sistematizada por mim em 2006, descortina-se o "véu do esquecimento" do paciente (barreira da memória, que se manifesta em forma de amnésia, e que impede o encarnado de recordar suas vidas passadas) já que, segundo Kardec (o codificador do Espiritismo), o véu é providencial, uma bênção, um presente de Deus.


Ou seja, não é por acaso que Deus, em seu infinito amor e sabedoria, impede-nos de lembrar das atrocidades cometidas em outras vidas.

Respondo esses e-mails, concordando plenamente com o posicionamento do Kardecismo; no entanto, esclareço que a TRE - A Terapia do Mentor Espiritual, por ainda ser uma terapia nova, não conhecida por muitos, em sua profundidade, é natural as dúvidas em relação à sua real aplicação terapêutica. Por isso, aproveito neste artigo, para esclarecer às pessoas que tenham dúvidas acerca dessa terapia, que é sempre o mentor espiritual de cada paciente (e não o terapeuta) que decide se irá ou não descortinar o "véu do esquecimento", para que o mesmo possa se libertar das amarras (bloqueios) de seu passado e resolver seus problemas. O fato do mentor espiritual do paciente ser responsável por sua evolução espiritual, obviamente o conhece profundamente, pois vem acompanhando-o em várias encarnações; sendo assim, somente ele sabe a causa de seus problemas. Por isso, o mentor espiritual do paciente tem plena consciência que o descortinamento do véu deve ser feito sempre de forma criteriosa, com parcimônia, pois, sabemos que o descortinamento do véu do esquecimento do paciente é um procedimento delicado e complexo, por remexer feridas dolorosas, antigas de seu passado. Sendo assim, se o paciente não estiver preparado psicologicamente para entrar em contato com os traumas psíquicos oriundos de seu passado, seja desta ou de outras vidas, o descortinamento do véu do esquecimento poderá prejudicá-lo, ao invés de ajudá-lo, podendo até mesmo agravar o seu problema.

Por isso, existem cinco possibilidades de algo ocorrer nessa terapia em relação ao "véu do esquecimento" do paciente: 1º) O paciente pode regredir ao seu passado - seu mentor espiritual irá descortinar o seu "véu do esquecimento", fazendo-o reviver experiências traumáticas de seu passado, por entender que isso irá libertá-lo de seus bloqueios; 2º) O paciente não só regride ao passado, como também progride (o mentor espiritual, nesse caso, faz também revelações futuras em relação à sua vida, por achar que isso é necessário); 3º) O paciente não regride ou progride em nenhum momento, pois o objetivo principal de sua vinda à terapia é fazer um trabalho de desobsessão espiritual para que ambos, obsessor espiritual (desafeto do paciente) e o obsidiado (paciente) se libertem definitivamente das amarras do passado, através da reconciliação; 4º) O paciente vem à TRE para fortalecer sua fé em si e nas forças invisíveis, conversando com o seu mentor espiritual (ele pode ou não revelar algo de seu passado); 5º) Neste caso, aplica-se a máxima secular dos hindus: "Quando o discípulo(paciente) está pronto, o mestre(mentor espiritual) aparece". Portanto, se o paciente não estiver maduro, pronto para entrar em contato com o seu mentor espiritual, não irá se comunicar com ele e nem tampouco regredirá ao seu passado. O percentual desses pacientes que vêm ao meu consultório é de 2%. Os motivos são diversos, mas, o principal, é que esses pacientes ainda não estão minimamente abertos, receptivos para entrarem em contato com o seu mentor espiritual, por conta da falta de fé, incredulidade, ceticismo, preconceito, desinformação acerca da regressão de memória, reencarnação, existência dos espíritos. Mas pode ocorrer também pela ação de seus obsessores espirituais, que bloqueiam, sabotando a terapia, não os deixando ver nada ou se concentrarem, para se comunicarem com os seus mentores espirituais. Caso Clínico: Por que o meu namorado teme que o troque por outro homem?

Mulher de 24 anos, solteira. A paciente veio ao meu consultório, queixando-se de que o namorado (há três anos que os dois namoravam e, a um ano, moravam juntos) era muito inseguro, tinha uma baixa auto-estima, pois não se sentia bom o suficiente para ela; dizia constantemente que ela iria trocá-lo por outro. Ele tinha pesadelos constantes, gemia e dizia: "Não me deixe, você está me trocando por outro homem". Ela não entendia também, por que quando brigavam, ela pedia desculpas, apesar de não ter feito nada para ele. Pensou em deixá-lo, mas, não conseguia, pois se sentia responsável por ele. Queria se casar na Igreja, constituir uma família, mas, ele dizia que nunca iria conseguir fazê-la feliz. Recentemente, a paciente teve um sonho em que uma mulher desconhecida entrava no apartamento deles e perguntava se podia ficar com eles. Segundo ela, o namorado também já havia sonhado com essa mulher. Ao regredir, a paciente me relatou: "Vejo uma mulher ruiva, cabelos compridos, veste uma roupa branca, ela está aqui no consultório... Diz que é a minha mentora espiritual. Revela, que eu abandonei o meu namorado numa vida passada. Eu era a mãe dele nessa existência passada, que não liguei para ele, eu o rejeitei, e ele nunca me perdoou por isso.

Revela também, que quem o criou foi uma empregada de uma fazenda, onde trabalhávamos juntas. Ele quis estudar, mas, como era pobre, filho de uma empregada (a paciente era essa empregada nessa vida passada), não conseguiu, falavam que ele era burro, incapaz. Eu não me arrependi de tê-lo abandonado, pois queria ter uma vida melhor, uma ascensão social; por isso, resolvi sair dessa fazenda.

Mas não consegui ter uma vida melhor, acabei ficando sozinha, eu me tornei uma pessoa triste, amarga, e esqueci de todos que eu tinha deixado para trás. O meu filho foi criado por essa empregada da fazenda, e nunca mais o vi. Ele não se casou, pois não se sentia capaz de constituir uma família, e terminou sua vida também sozinho, morrendo ainda jovem. Ele gostava muito daquela empregada, que o criou como se fosse o seu verdadeiro filho. Eu o abandonei quando ele tinha três anos, mas ele sabia que eu era sua verdadeira mãe; ele sentiu muito a minha falta. (pausa).

Tenho a impressão de que essa mulher que o criou, é a mesma que apareceu naquele sonho em meu apartamento, perguntando se ela podia ficar com a gente. A minha mentora espiritual confirma, diz que é ela sim, mas que ela é um espírito obsessor, pois está sempre perto de meu namorado. Esclarece, que é essa mulher que o influencia negativamente, reforçando o seu medo, insegurança, pois ela teme que eu o abandone novamente como fiz na vida passada. Diz que ele sofre uma forte influência dela, por ela ser superprotetora". No final dessa sessão, entreguei a oração do perdão para que a paciente procurasse irradiar muita luz para aquela obsessora espiritual, ajudando-a a buscar o caminho da luz.

Na sessão seguinte(última), a paciente me relatou: "Vejo quatro seres de luz, vieram levá-la para a Luz. Mas estão me dizendo que tenho que conversar com essa mulher (obsessora espiritual) porque ela não quer sair perto de meu namorado, pois acha ainda que vou abandoná-lo.

Eles explicam, que ela ficou bastante perturbada quando soube que precisava ir embora, afastar-se de meu namorado. (pausa). Chego perto dela, os seres espirituais benfeitores estão irradiando luz para ela. Pego em sua mão, faço carinho, agradeço por ela ter cuidado de meu filho naquela vida passada (paciente fala chorando). Falo também, que hoje sou uma outra pessoa, que jamais faria o que fiz naquela vida passada, e que ela precisa ir para a luz. Peço-lhe para confiar nesses seres de luz, pois eles vieram para ajudá-la. Ela chora, me abraça, pede para não desistir de meu namorado, mesmo que isso seja difícil para mim. Procuro acalmá-la, dizendo que quero constituir uma família com ele; por isso, dessa vez, não vou abandoná-lo. Ela chora bastante... Os seres de luz estão abraçando-a. Eu lhe agradeço novamente, e lhe peço para ir em paz para a luz. Sinto um odor agradável, parece cheiro de mato, de terra (é um odor que esses quatro seres de luz estão emanando). Os seres de luz, agora, estão levando-a, estão se afastando... eles já foram. (pausa).

A minha mentor espiritual está comigo, revela que a gente vai realmente constituir uma família, que estou no caminho certo. Ela está sorrindo... Fala que nós temos muita coisa para aprender, mas que tudo vai melhorar, e que o meu namorado vai se sentir mais seguro, mais feliz, quando a gente tiver os nossos filhos. Ela pede para continuar tendo paciência, insistindo sempre em lhe mostrar coisas boas para ele se sentir merecedor.


Conclusão: A minha mentora espiritual me explica, que com a saída daquela mulher (obsessora espiritual) em nossas vidas, a princípio ele vai se sentir perdido, mas faz parte de seu processo de amadurecimento. Mais para frente, ele vai se permitir ter momentos de felicidade, terá boas surpresas, mais motivação para viver e, com isso, vai se sentir mais seguro. Pede também para eu orar por ele, que sempre que precisar dela, principalmente nos momentos de tristeza, é para pensar nela, que ela irá me ajudar". Terapeuta: - Pergunte à sua mentora espiritual de onde vem o temor de seu namorado que você o troque por outro homem?


Paciente: "Diz que vem dessa vida passada, pois, falaram para ele que eu o abandonei para ir embora com um homem. Diz ainda, que a palavra-chave que irá mudar a vida dele é "família" porque ele não teve naquela existência passada. Reitera, que quando a gente tiver os nossos filhos, ele vai amadurecer bastante. Ela me abraça, pede que eu fique atenta aos sinais de que ela irá me mostrar, para eu saber o que fazer nos momentos difíceis. Vejo uma luz bem forte atrás dela, pede para ficar com Deus... Ela está indo".




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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

A literatura de autoajuda defende a ideia de que você é a causa de tudo, é o senhor de seu próprio destino; sendo assim, você é 100% responsável em mudar o seu destino.


Porém, de acordo com o sábio jargão médico "Cada caso é um caso", e, após conduzir mais de 50.000 sessões de regressão, concordo em parte com essa tese, porque o nosso livre-arbítrio, a liberdade de escolhas, vai depender das ações que praticamos no passado e, em especial, em vidas passadas.


Portanto, se praticarmos ações negativas, prejudicarmos às pessoas, vamos criar carmas (débitos).


Neste aspecto, quanto mais carmas adquirirmos, menor será a nossa autonomia, a liberdade de escolher que vida queremos ter. Em contrapartida, ações boas, benevolentes ao próximo, maior será a nossa autonomia, poder de escolha.


Por isso, é comum na TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual - Abordagem psicológica e espiritual breve, sistematizada por mim em 2006, o mentor espiritual do paciente lhe revelar que o seu período de provação (teste) está chegando ao fim; por isso, pede um pouco mais de paciência, pois seu caminho irá se abrir. Muitas pessoas desconhecem (ou não acreditam) que a Terra é um planeta de testes e expiações, que estamos aqui para lapidarmos às nossas almas, por conta de erros cometidos em existências passadas, pois, somos todos espíritos em evolução. Desta forma, estamos sempre sendo testados pela espiritualidade (espíritos superiores do Plano Maior) para que possamos fazer às nossas aprendizagens. Eu me recordo de uma paciente, que veio ao meu consultório queixando-se porque não prosperava, pois, como caixa de banco, não conseguia honrar com os seus compromissos, estava sempre endividada (tinha que sustentar seus dois filhos menores, era viúva).


Para agravar sua situação, detestava sua profissão, ficava particularmente aborrecida quando uma pessoa - não esclarecida - confundia banqueiro com bancário. Explicava rispidamente que banqueiro era o patrão, o dono do dinheiro, e ela era bancária, a empregada, que ganhava um salário diminuto, e que mexia com o dinheiro dos acionistas do banco. Ao passar pela regressão de memória, o seu mentor espiritual lhe mostrou uma cena de uma vida passada em que ela era um empregado de confiança de um homem rico, e o roubou levando toda sua fortuna, deixando-o na miséria. Por isso, ele lhe esclareceu, que, na vida atual, ela veio como caixa de banco, para lidar novamente com o dinheiro alheio. Era, portanto, um teste para ela saber como, dessa vez, iria reagir, lidando com o dinheiro alheio. Finalizou, dizendo-lhe que o seu caminho só iria se abrir, após o período de provação. Caso Clínico: Por que até hoje não consegui realizar o meu sonho de ser um aviador?

Homem de 32 anos, solteiro. O paciente veio ao meu consultório, querendo entender por que não conseguia realizar o seu sonho de ser um aviador (piloto de aviação comercial), o qual almejava desde criança. Não conseguia o seu objetivo por conta do fator financeiro, pois essa carreira requer um investimento alto. Isso o deixava frustrado e infeliz. Lia muitos livros de autoajuda, fazia mentalizações, pensamentos positivos, visualizações, mas foi tudo em vão, pois não conseguia o que queria. Ao regredir, o paciente me relatou: "Vejo um homem vestindo uma túnica branca, tem um rosto expressivo, barba rala, é meio calvo, só tem cabelos nas laterais. Ele está com as mãos justapostas (juntas), em posição de prece. Ele só me observa, não fala nada, está sério, as mangas de sua túnica são compridas". Terapeuta: - Pede para esse ser espiritual se identificar


Paciente: "Ele me responde que é o meu mentor espiritual". (pausa) Terapeuta: - Pergunte se ele tem algo a lhe dizer?


Paciente: "O que possa lhe dizer?", ele me indaga. Terapeuta: - Pergunte-lhe por que até hoje você não conseguiu realizar o seu sonho de ser um aviador?


Paciente: "Ele diz que eu sei..., mas eu não sei (pausa). Está me vindo agora uma cena, uma experiência que me ocorreu há dois anos, destratando de forma bem arrogante trabalhadores mais humildes na empresa onde eu trabalhava. (pausa).


O meu mentor espiritual me diz: "Na vida passada, você era uma pessoa de posse, tinha poder, sucesso, mas destratava - como faz hoje - os mais humildes de forma arrogante, prepotente.

Por isso, precisa aprender a ser mais humilde, tratar melhor às pessoas, começando com o seu pai. Até hoje você o culpa por não ter lhe ajudado financeiramente, no curso de pilotagem.


Apesar de você dizer que ele só lhe deu o básico - casa e comida -, seu pai nunca deixou faltar nada em sua casa, fez o melhor que pode, dentro de suas possibilidades.

Você precisa ter mais boa vontade, pois, quando seu pai lhe pede algo, faz com má vontade. Mas por quê?

Porque você só quer receber, não quer dar nada em troca; isso se chama egoísmo. Você precisa aprender a cultivar o sentimento de gratidão, ser mais bondoso, generoso; portanto, ter mais boa vontade com as pessoas.


Sua atitude mesquinha de não dar nada as pessoas também se dá no afeto, no carinho. Lembre-se que na vida, tudo é uma questão de troca, nada vem gratuitamente, tudo é merecimento. Por isso, para que você consiga concretizar o seu sonho, terá que haver uma troca, ou seja, abrir mão de algo".


Conclusão: - O que tenho que abrir mão? – Paciente pergunta ao seu mentor espiritual

"De seu egoísmo e arrogância. Terá que ser mais humilde, ter boa vontade com as pessoas, tratando-as melhor, principalmente, os seus pais. São essas as lições de vida que terá que aprender".

O meu mentor espiritual está se despedindo, faz uma reverência com as mãos justapostas... está indo embora".



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