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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Narciso, na mitologia grega, era um jovem bonito, que, numa caminhada, ao se aproximar de um rio, viu o seu rosto refletido na água, e acabou se apaixonando por sua própria beleza.


O termo narcisista surgiu dessa mitologia grega para se referir àquelas pessoas egoístas, muito voltadas para si mesmas, que, segundo a psiquiatria, sofrem de um transtorno de personalidade narcisista. Portanto, quero esclarecer aos leitores como as mães narcisistas afetam o psicológico dos filhos?


Qual o perfil psicológico das mães narcisistas?


1) Dificuldade de ter empatia ou amar os filhos, pois não conseguem avaliar e reconhecer os próprios erros;


2) Negligenciam os cuidados, a atenção, e não suprem as necessidades dos filhos;


3) São abusivas:


O abuso se dá de forma verbal, física e, em especial, psicológica. Frases típicas mais usadas por mães narcisistas: “Você é ruim que nem o seu pai”; “Nenhum homem vai gostar de você”; “Sua puta, só serve para ser depósito de esperma dos homens”; “Seu ingrato, você não valoriza nada que eu faço por você”; “Você não devia ter nascido(a)”; “Por causa de você tive que parar de trabalhar”; “Sacrifiquei minha vida toda por você”; “Você é um inútil, imprestável, não serve para nada”.


4) Vitimismo:


Magoam-se muito fácil, são queixosas, sentem-se injustiçadas pelos seus filhos. A culpa é sempre dos outros, da vida, e nunca delas.


5) Perfeccionistas:


São exigentes, intolerantes, nunca o que os filhos fazem é bom o suficiente.


6) Boicotam a vida dos filhos:


Mães narcisistas sentem-se incomodadas, têm inveja do sucesso dos filhos, não querem que eles consigam o que mais almejam, como uma promoção salarial, cursar uma faculdade, viagem para o exterior, etc.


7) Inversão de papéis:


Em muitos casos, são os filhos que acabam cuidando das mães narcisistas, desempenhando o papel de mãe ou de pai.


8) Competem com os filhos:


É o caso de uma paciente de 32 anos, solteira. Ela me procurou por conta de sua mãe ser narcisista. Guardava profundas mágoas das atitudes dela.


Durante a anamnese (entrevista de avaliação), percebi que a paciente nunca chamava a sua genitora de mãe e, sim, de dona Marta (era o nome de sua mãe). Eu lhe indaguei o porquê?

Paciente: - Como posso chamá-la de mãe, se ela nunca agiu comigo como uma mãe? Dr. Shimoda, quando eu tinha 6 anos, no dia do aniversário de minha amiguinha de escola, a dona


Marta me arrumou, colocando um vestidinho novo. Mas, como criança, arteira, estava brincando, caí, e sujei a minha roupa. Nervosa, ela me puxou pelo braço com força, e me levou até o tanque de lavar.


Abriu a torneira, me colocou dentro do tanque, e esfregou a parte suja da roupa, com sabão em pó. Em seguida, ligou o ferro de passar, e, sem tirar o meu vestido, passou o ferro de passar quente por cima da parte molhada do vestido para secá-la. Fui parar no pronto-socorro com queimadura de 1º grau.


Foi meu pai que me socorreu, ele a chamou de louca, inconsequente, pois não acreditava como ela foi capaz de passar o ferro de passar quente em meu vestido, sem tirá-lo de meu corpo?


Quando me tornei mocinha, levei o meu namorado em casa, e ela deu em cima dele, tentando seduzi-lo. Depois disso, nunca mais levei nenhum namorado. Quando criança, ela ficava com ciúmes de mim, quando meu pai me pegava no colo, me abraçava e me beijava. Nessa hora, eu me recordo que, sem meu pai ver, eu mostrava a língua para ela para provocá-la, deixando-a com mais raiva e ciúme. Ela sempre disputou comigo o afeto de meu pai.


Quando entrei na faculdade de administração de empresas, ela me disse que não iria adiantar eu cursar a faculdade, pois eu não teria sucesso profissional e financeiro. Ela falava que eu era burra, que não era inteligente. Sempre me comparou com a minha prima, dizendo que ela era mais bonita e mais inteligente do que eu.


A dona Marta sempre me colocou para baixo, me espezinhando. Dizia também que eu não prestava, que nunca iria encontrar um homem que me amasse, que só serviria para eles apenas como um “depósito de esperma”.


Ao passar pela regressão de memória, numa das sessões, ela me disse:


- Dr. Shimoda, estou vendo um senhor de cabelos grisalhos, aparentando uns 60 anos, usa uma túnica branca. Diz que é o meu mentor espiritual. Revela que eu e a dona Marta, em várias encarnações, viemos em papéis sociais diversos, sempre como desafetos.


Na encarnação anterior à atual, viemos como irmãs – ela era a mais velha – e disputávamos o mesmo namorado, que, hoje, na vida atual, é o meu pai. Ele me diz que a matei, envenenando-a para ficar com ele. Por isso, que, desta vez, na encarnação atual, viemos como mãe e filha para aprendermos a nos amar.


Ele me revela também, que, hoje, na encarnação atual, quando a dona Marta estava grávida de mim, ela tentou me abortar - tomando um chá abortivo - mas não conseguiu porque eu tinha que vir mesma, como sua filha. Ele me esclarece, que vim hoje como sua filha porque não existe um amor mais forte do que mãe e filha, pois, vim das vísceras, das entranhas da dona Marta, como mãe.


Mas, mesmo assim, a gente ainda não aprendeu a se amar (paciente fala, chorando). Ressalta, que as pessoas se unem não só pelo amor, mas, pelo ódio também; por isso, reitera que preciso perdoá-la.


No final da sessão, sugeri que ela fizesse a oração do perdão à sua mãe (essa oração se encontra em meu site, na página inicial, clicando o botão “orações”) emanando-lhe a luz dourada de Cristo, o amor de Cristo (a luz de Cristo tem uma tonalidade, sua cor é amarelo ouro).


Conclusão:


Na 4ª e última sessão, a paciente me disse: - Fiz a semana toda a oração do perdão, emanando a luz dourada de Cristo à dona Marta, e, pela primeira vez, consegui chamá-la de mãe. No início da oração, confesso que foi muito difícil chamá-la de mãe, como o senhor sugeriu que a chamasse, mas, no decorrer das orações, finalmente consegui, pois a chamei de mãe do fundo de meu coração.

Embora não morra de amores pela minha mãe, aquela mágoa profunda que sentia por ela, realmente não sinto mais, ela não me incomoda mais. Há dois anos que cortei o meu relacionamento com ela, nunca mais a vi. Mas, nesse fim de semana, fui visitá-la em sua casa (mãe mora sozinha, separou-se de seu marido).

Quando ela me viu, ficou surpresa, percebi que ficou emocionada ao me ver. Conversei com ela, normalmente, sem sentir aquela mágoa profunda. Antes da terapia, quando conversava com ela ficava irritada, impaciente. Não senti mais nada disso.




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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Muitas pessoas se sentem confusas, perdidas, insatisfeitas e inquietas porque a alma é impiedosa, implacável, cobra-nos sempre, quando não estamos dando o nosso melhor ou nos desvirtuando de nosso verdadeiro propósito de vida, à qual viemos na encarnação atual. Por isso, esse vazio, insatisfação, que a nossa alma sente.


Costumo dizer aos meus pacientes, alunos(ministro também cursos de formação de terapeutas em TRE) e aos leitores de meus artigos, em meu site pessoal, que a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual (ser desencarnado de elevada evolução espiritual, responsável diretamente pela nosso aprimoramento espiritual) - abordagem psicológica e espiritual breve, sistematizada por mim em 2006, que essa terapia é, sem dúvida alguma, uma grande bênção, pois, nessa terapia, o paciente tem a oportunidade - através de seu mentor espiritual - não só de saber a causa de seu(s) problema(s) e sua resolução, bem como se está ou não no caminho certo, cumprindo o seu verdadeiro propósito de vida à qual veio na encarnação atual.


Portanto, é comum o mentor espiritual mostrar ao paciente - através da regressão de memória - que ele está se desvirtuando de seu verdadeiro propósito de vida e, o pior, na maioria das vezes, reincidindo nos mesmos erros, em várias encarnações, inclusive, na vida atual.


Ressalto ainda, que, essa revelação, o paciente só saberia, após o seu desencarne no Astral Superior. Mas aí já é tarde, pois desperdiçou toda uma encarnação. Com isso, terá que reparar os seus erros na próxima encarnação.


Veja a seguir, o caso de uma paciente que passou pela TRE e foi alertada pelo seu mentor espiritual de que estava repetindo o mesmo erro, o mesmo comportamento errático, em várias encarnações, abandonando suas famílias, deixando-as desamparada, à míngua, por conta de seu egoísmo. Caso Clínico: Por que afasto os homens, não me entrego nos meus relacionamentos afetivos?

Mulher de 33 anos, solteira. A paciente me procurou, querendo entender por que sentia constantemente um vazio, buscava algo, sem saber o quê? Apesar de ter saúde, casa, família e um bom emprego, sentia-se insatisfeita, angustiada. Sentia-se também muito sozinha, pois afastava os homens, só vindo a perceber depois. Mesmo querendo, havia uma resistência em se envolver afetivamente.


Não tinha também muita paciência com as pessoas, de ouvir os seus problemas. Não confiava nelas, mesmo em seus familiares, pois sentia-se uma “estranha no ninho”. Reunião familiar de fim de ano era um tormento, pois sentia que seus familiares e parentes a criticavam de forma destrutiva, ofensiva. Nutria, portanto, um sentimento persecutório por parte deles; isso ocorria também com os seus pares, colegas de trabalho. Por último, queria entender por que desde criança sofria de alergia?


Ao regredir, ela me relatou: - Vejo uma casa estilo holandês...É uma vida passada, em 1920. Vejo também um gramado, uma mulher com um vestido de época, tecido rosa, bem leve, de seda. Ela aparenta ter uns 20 anos, é magra, seu cabelo é preto e longo. Ela anda nesse gramado, pensando na vida... Ela está angustiada. (pausa). Terapeuta: - Veja por que ela está angustiada?


Paciente: - Ela entra em sua casa, é toda de madeira. Tem um menino, ele usa uma roupa de marinheiro, de criança. Ele é branquinho, cabelo preto, aparenta ter uns 5 anos. Ele brinca na sala. Terapeuta: - Veja quem é esse menino?


Paciente: - Ele é o filho dela, moram só os dois nessa casa. Terapeuta: - E o pai da criança?


Paciente: - Ela está angustiada porque ele foi embora. Ela está preocupada como vai ser a vida dela, como vai cuidar de seu filho? Terapeuta: - O que aconteceu para ele ir embora?


Paciente: - Ele simplesmente foi embora, mas ela não sabe o porquê. Terapeuta: - Avance mais para frente nessa cena.


Paciente: - O pai da criança aparenta ter uns 30 anos, usa um bigode e um chapéu de época. Ele a engana com outras, mas ela não sabe disso. Por isso, ele foi embora... Eu acho que esse homem sou eu. Terapeuta: - Avance mais para frente nessa cena.


Paciente: - Vou embora, sou egoísta, penso só em mim, não penso nela e nem na criança. Não quero me prender, deixo tudo para trás. Vou para outra cidade, conheço outras mulheres, eu as iludo prometendo coisas, mas não cumpro. Falo que vou casar com elas, não penso nas consequências do que falo. Terapeuta: - Você teve outros filhos?


Paciente: - Que eu saiba, não. Resolvi viver sozinho, em nenhum momento me arrependo pelo que faço. Terapeuta: - Avance mais para frente nessa cena, anos depois.


Paciente: - Moro sozinho, num quarto e cozinha. Estou bem mais velho, acabado, cabelo grisalho, não tenho saúde. Abusei do álcool, das mulheres, muitas noitadas, farras. Eu me arrependo de ter abandonado à minha família e por ter iludido várias mulheres. Eu me sinto só, doente, não tenho vitalidade. Terapeuta: - Veja como termina essa vida?


Paciente: - Estou vendo um lago... Quero me suicidar, mas não tenho coragem. Penso que nem isso consigo fazer, fico arrependido por ter prejudicado tanta gente. Morri só, abandonado, num quarto. Demorei para morrer, fui definhando, depressivo, sozinho de tudo, dos amigos, da família. Morri consciente de que a culpa foi minha, que tinha tudo, mas não valorizei. Nunca mais vi a minha esposa e o meu filho, nessa vida passada. Terapeuta: - Veja o que acontece com você após sua morte física?


Paciente: - Vou para o plano espiritual, um lugar que parece uma planície, gramado, bem plano, é bem agradável... O meu mentor espiritual me recebe, pergunta se tenho consciência dos erros que cometi, ou seja, de ser egoísta e abandonar a minha família.

Ele me fala: - De novo você teve o mesmo comportamento de outras vidas... Estou envergonhado, pois o fato de ser um reincidente, me faz sentir culpado porque o meu mentor espiritual está me orientando com muito amor.

Não entendo por que faço tudo isso, sabendo que estou errado. No entanto, sempre tenho uma chance de voltar, reencarnar e tentar consertar os meus erros. Ele me esclarece, que pelo menos em duas encarnações tive o mesmo comportamento de abandonar a minha família, viver sozinho, abusar da bebida e das mulheres.

Ele me alerta, que a vida atual é a minha última chance de não mais abandonar à família, de viver de forma egoísta, pensando só em mim. Explica, que tenho esse comportamento mimado também com os meus pais e irmãs da vida atual, bem como com os meus colegas de trabalho.

Reitera, que preciso ser menos egoísta, senão vou repetir a mesma conduta, caso venha a constituir uma família. Esclarece, que o meu egoísmo se manifesta também na falta de paciência que tenho ao escutar às pessoas, quando elas vêm falar de seus problemas. Revela, que eu também fazia isso nas vidas passadas, quando abandonei às minhas famílias.

Diz ainda, que, na vida atual, não permito me entregar nos relacionamentos afetivos, eu me saboto porque tenho medo de constituir uma família e vir a errar novamente, abandonando-a como fiz no passado.

Ele me pede para não ter medo da responsabilidade de ter filhos, pois é isso que me bloqueia de encontrar o meu verdadeiro companheiro. Diz que está perto de eu encontrá-lo, e o que vai preencher o meu vazio, insatisfação e angústia, é constituir uma família. Terapeuta: - Pergunte-lhe qual é o seu verdadeiro propósito de vida?


Paciente: - Diz que é constituir uma família, bem como dar mais amor às pessoas. Terapeuta: - Pergunte ao seu mentor espiritual por que você se sente uma estranha na sua família?


Paciente: - Fala que eu não sou uma “estranha” na minha família, que isso não é real, que não corresponde à verdade. Na realidade, sou eu que me sinto rejeitada e não que eles me rejeitam. O mesmo ocorre com o sentimento persecutório que sinto, não só com a minha família e parentes, mas também com os colegas de trabalho.

Ele me indaga: - Você não se cobra? Então, como você se cobra, projeta nos outros a sua autocrítica, achando que as pessoas a criticam, a perseguem. Terapeuta: - Pergunte-lhe de onde vem a sua alergia?


Paciente: - Fala que vem da culpa de ter abandonado à minha família nas encarnações passadas, pois essa doença é uma forma de me punir, me agredir. Terapeuta: - E como você pode superar essa culpa?


Paciente: - Amando mais às pessoas, ele me responde.



Conclusão:


Revela, que o nome dele é Albano, e que vai estar sempre comigo; pede novamente para não ter medo de formar uma família, que tudo vai se resolver, e que é para confiar. Finaliza dizendo, que o que eu soube nessa terapia foi o suficiente... Ele se tornou um pontinho de luz... está indo embora.





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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda


É um transtorno psicológico que vem, cada vez mais, crescendo no mundo todo. Sem dúvida alguma, é a queixa principal dos pacientes que me procuram no consultório.


Os sintomas mais comuns da depressão, são: Mau humor, sensação de vazio, aperto no peito, angústia, choro fácil, perda da libido, desinteresse pela vida, falta ou excesso de apetite, transtorno do sono (excesso de sono, insônia, sono agitado, etc.), isolamento (retraimento, não querer se relacionar), cansaço, desânimo, dificuldade de atenção, concentração, de raciocinar, pensamentos suicidas, etc. Obviamente, esses sintomas variam de acordo com cada paciente.


Quais os fatores que provocam a depressão? Há vários fatores, mas, na minha experiência clínica com a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual, abordagem psicológica e espiritual breve, sistematizada por mim em 2006, constatei que existem três causas que levam uma pessoa à depressão:


1) Causa psicológica;

2) Causa espiritual (obsessor espiritual);

3) Mista (psicológica + espiritual). 1) Causa psicológica: a falta de sentido da vida é fruto da ignorância, por não saber o que está fazendo aqui na Terra, ou seja, qual é o seu verdadeiro propósito de vida. Muitas pessoas desconhecem, que o sentido da vida é a busca da evolução espiritual.

Por isso, reencarnamos sucessivamente, para repararmos erros cometidos em existências passadas (somos espíritos em evolução, sendo assim, cometemos erros, que hoje consideraríamos como bárbaros, atrozes, tais como estupros, assassinatos, suicídio, roubos, etc.) que geram carma por infringirmos às Leis Universais, uma delas, é justamente a lei do retorno (ou de causa e efeito).

Sendo assim, os que roubaram, agora, serão roubados; os que estupraram, são estuprados; os que abandonaram, são abandonados; os que traíram, são traídos, e assim sucessivamente.

E, pelo fato de a Terra ser um planeta de provas e expiações, para que possamos depurar à nossa alma, a vida se encarrega de criar situações que tragam à tona as imperfeições que trazemos de outras vidas, para que possamos modificá-las. Mas, isso gera sofrimento, por conta do apego a essas imperfeições.

Portanto, de acordo com a lei do retorno, se você numa vida passada era uma pessoa orgulhosa, arrogante, prepotente, autoritária, mandava e desmandava porque tinha poder, riqueza, humilhou e destratou os mais humildes, poderá vir na encarnação seguinte numa família humilde, de poucos recursos, tendo que passar também por humilhações, faltas, para que possa fazer suas aprendizagens.

Por isso, as pessoas depressivas costumam fazer a seguinte pergunta: "Por que a minha vida está assim?". Certamente, através da TRE, o mentor espiritual (ser desencarnado diretamente responsável pela nossa evolução espiritual) do paciente irá lhe mostrar a causa de seu(s) problema(s) e sua resolução. 2) Causa espiritual: O passado deixa pegadas; sendo assim, são comuns nesta terapia os espíritos obsessores (desafetos dos pacientes, desta ou de outras vidas), se manifestarem nas sessões de regressão, acusando-os do mal que estes lhes fizeram no passado.

Por isso, a reconciliação, através do perdão, é a melhor terapêutica paras que ambos se libertem das amarras de seu passado. Nesses casos, quando ocorre a libertação, ou seja, o ser espiritual obsessor é levado para a luz, o paciente se liberta também de sua depressão. 3) Causa mista: A depressão do paciente tem uma dupla causa: a psicológica e a espiritual como fator agravante. Nesses casos, mesmo que a interferência espiritual obsessora seja levada à Luz, o paciente terá que trabalhar suas imperfeições e maus hábitos para se libertar de sua depressão. É o que os espíritas chamam de reforma íntima (mudança interna). Caso Clínico: Depressão, desinteresse pela vida.

Mulher de 30 anos, casada. A paciente veio ao meu consultório, queixando-se de depressão, desinteresse pela vida. Estava tomando fluoxetina (remédio antidepressivo), mas não estava resolvendo, pois continuava com os sintomas da depressão. Quando ficava debaixo do chuveiro, vinha uma tristeza profunda e uma vontade de chorar, sem um motivo aparente.

Estava se afastando dos amigos e largando também tudo o que lhe dava prazer. Não fazia mais planos, sentia-se apática, só queria dormir, sem perspectiva de melhora de seu quadro depressivo. Começou a faltar no trabalho e acabou sendo demitida. Apesar de gostar muito do marido, não tinha mais vontade de fazer sexo, pois não tinha mais libido. Desta forma, não tinha mais ânimo, vontade de viver.


Ela observou que a depressão começou a se manifestar, após ter praticado um aborto, dois anos atrás. Ao regredir, a paciente me relatou: - Está escuro, não vejo nada (é comum, após atravessar o portão, o paciente se deparar com uma escuridão muito grande, um breu total, que os espíritas chamam de umbral, o reino das trevas).

Vejo, agora, a imagem de um desenho animado do capitão gancho... Ele fala que sente amor e ódio por mim (é comum também, nessa terapia, o obsessor espiritual do paciente se manifestar em forma de um personagem de desenho animado para agredi-lo, brincando de forma sarcástica). Terapeuta: - Pergunte a esse ser espiritual das trevas o que você lhe fez no passado?


Paciente: - Ele diz que o matei, o abortei, que queria vir como o meu filho, mas eu não deixei. Diz ainda, que ele tem o direito de nascer. Terapeuta: - Pergunte por que ele quer vir como seu filho?


Paciente: - O capitão gancho (ser espiritual obsessor abortado pela paciente) fala irritado que ele merece, repete duas vezes essa palavra. Terapeuta: - Você gostaria de lhe dizer algo?


Paciente: - Eu quero que ele me perdoe por tê-lo abortado, estou bastante arrependida pelo que fiz (paciente fala, chorando).

Ele pede para eu parar de tomar as pílulas anticoncepcionais, e diz que já estivemos juntos numa encarnação anterior à vida atual. Ele está mostrando uma imagem de um casal de crianças: o menino tem oito anos e a menina 10 anos.

Ela usa um uniforme escolar, blusa branca, saia cinza, tranças no cabelo, e o menino também veste um uniforme escolar, camisa branca e short azul marinho. Estão correndo contentes numa calçada. Ele diz bravo, que essas crianças eram os meus filhos, nessa vida passada. (pausa).

Vem agora, a imagem daquelas duas crianças sendo atropelados por um ônibus, enquanto estavam correndo naquela calçada. (paciente fala, chorando). Vejo o menino caído no chão, morto, mas não vejo a menina. Eu lhe pergunto se a menina também morreu? Ele me responde: - Claro que sim.

Vejo agora a imagem de minha sobrinha da vida atual... Acho que ela é essa menina que foi minha filha dessa vida passada (paciente fala, chorando). Ele me indaga chorando: - Por que me abortou? Eu queria vir novamente como seu filho.

Perguntei se ele me atormenta por tê-lo abortado? Ele me responde gritando: - Você acha pouco?!


Conclusão:


Agora, um homem me diz para ter calma... É o meu mentor espiritual, pede calma porque estou muito angustiada. Ele me revela que teremos uma nova oportunidade, que ele virá novamente como o meu filho. Ele está gritando, dizendo que quer nascer, fica esperneando.

O meu mentor espiritual pede novamente calma para mim, fala que agora vai levá-lo à luz. Fala também para fazer a oração do perdão pelo aborto que fiz, pois só assim irei me curar da depressão. Pede para eu seguir em paz... Está se despedindo, indo com o menino que eu abortei em direção a uma Luz Maior.





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