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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Morri e não sabia!


O filme norte-americano “O Sexto Sentido” (lançado em 1999), baseado em fatos reais, retratou fielmente à realidade dos depoimentos de meus pacientes, nas sessões de regressão de memória. Para quem não assistiu, vou resumi-lo: Um garoto de 8 anos, vê espíritos de pessoas mortas à sua volta. Um dia, ele conta o que vê a um psicólogo infantil (Bruce Willis é o ator).


O psicólogo tenta ajudá-lo a descobrir o que está por trás dos “distúrbios mentais” do garoto, pois ele acha que o menino tem “transtornos mentais” porque vê espíritos, mas, não percebe que, na verdade, o garoto realmente via e ouvia vozes de pessoas mortas, pois era um médium vidente e audiente.


Mas, no final do filme, o psicólogo tem uma grande surpresa, pois, descobre que, na verdade, quem tinha problema não era o garoto e, sim, ele, ao se conscientizar que estava morto, em espírito, e que o menino conversava com ele, sabendo o tempo todo que o psicólogo era um espírito desencarnado.


Na minha prática clínica, é comum os pacientes, nas sessões de regressão, verem e conversarem com os espíritos de pessoas mortas, ou seja, espíritos iludidos, que, como aquele psicólogo no filme “O Sexto Sentido”, não sabem que morreram.


Vou relatar uma experiência interessante, que ocorreu numa das sessões de regressão com uma paciente. Antes de iniciarmos à sessão de regressão, ela me disse: - Dr. Shimoda, estou vendo aqui na sala do consultório uma senhora, um ser desencarnado, que está toda de preto, ela usa um vestido preto. Ela me diz que estava ouvindo o senhor falar comigo sobre essa terapia, a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual, e que gostou de minha palestra.


Terapeuta: -Fale à essa senhora que, na verdade, o que estava lhe explicando não é uma palestra, e, sim, uma consulta, pois aqui é um consultório. Pergunte-lhe quem é ela? O que ela faz em meu consultório?


Paciente: - Diz que estava de passagem e ouviu o senhor falar comigo e faz questão de lhe dizer que está adorando à sua palestra.


Terapeuta: - Pergunte-lhe se sabe que está morta, em espírito, que ela não pertence mais ao mundo dos vivos?


Paciente: - Como morta se estou conversando com vocês? – Ela me respondeu (muitos espíritos - quando em vida - acreditavam que a morte é o fim de tudo, que não existe vida após a morte; portanto, quando se morre, o ser humano perde a consciência, deixa de existir).


Terapeuta: - Pergunte se ela sente os pés apoiados no chão, aqui da sala?


Paciente: - Diz que não.


Terapeuta: - Fale então, que ela está morta, pois só os mortos não sentem os pés apoiados no chão, pois desafiam à lei da gravidade porque são mais leves do que esse papel sulfite (mostrei o papel) e, por isso, ela está flutuando, volitando um palmo acima do chão, desta sala.


Paciente: - Dr. Shimoda, ela falou brava que não está mais gostando de sua palestra, diz que não quer mais ouvir o que o senhor está falando.


Terapeuta: - Diga-lhe que a verdade liberta, como Jesus dizia há 2000 anos. Mas, só liberta quem está pronto, maduro para ouvir à verdade.


Paciente: - Ela está nervosa, tampa os ouvidos com às mãos, diz que não quer mais ouvir à sua fala e fala que vai embora... Está indo e atravessou à parede do consultório.

Vou relatar outro caso muito interessante de um espírito iludido. É o caso de uma paciente de 35 anos, solteira. Ela me procurou, por conta de duas doenças: fotofobia (aversão à claridade, que machucava à sua vista) e síndrome da fadiga crônica (sentia cansaço extremado, dores musculares, que se deslocavam pelo seu corpo e formigamento no corpo todo).


Ela vinha às consultas de óculos escuros, por conta da claridade do dia, e quando subia os degraus da escada que dá acesso à minha sala de atendimento (a clínica é um sobrado), tinha que se deitar no sofá, pois sentia um cansaço extremado, como se fosse uma cardiopata ou uma pessoa muito idosa.


Numa das sessões de regressão, ela me disse: - Dr. Shimoda, estou vendo um vulto escuro, uma silhueta de um homem (ela estava deitada no divã de olhos fechados, mas via pelo 3º olho, atrás das pálpebras).


Terapeuta: - Olhe atentamente para esse vulto escuro, que é um ser espiritual, habitante do plano espiritual das trevas.


Paciente: - Ele está agitado, nervoso, joga com as mãos o seu cabelo comprido, para trás... Agora, consigo vê-lo melhor... Meu Deus! É o meu pai falecido (ela havia me dito na entrevista de avaliação, que o seu pai faleceu no acidente aéreo da TAM ocorrido há mais de 35 anos - assim que o avião decolou do aeroporto de Congonhas em São Paulo, ele caiu e todos morreram).


Na ocasião, eu tinha 3 anos, quando ele morreu. Não me lembro dele, mas o reconheço pela foto que tenho em casa. Minha mãe falava que ele tinha mania de jogar o cabelo comprido dele para trás com as mãos. Ele continua fazendo isso aqui no consultório.


Terapeuta: - Pergunte ao seu pai se ele sabe que morreu naquele voo da TAM?


Paciente: - Diz que não morreu, que sou a filhinha dele, e que está sempre comigo para me proteger.


Terapeuta: - Pede para ele fazer um teste aqui no consultório. Pergunte se ele vê a parede do consultório que está do seu lado esquerdo?


Paciente: - Diz que sim.


Terapeuta: - Pede para ele enfiar a mão e o braço direito dele, nessa parede.


Paciente: - Ele está rindo e questiona por que o senhor está pedindo isso?


Terapeuta: - Diga-lhe que é apenas um teste.


Paciente: - Ele enfiou a mão e o braço todo e os tirou rapidamente da parede e me perguntou o que estava acontecendo com ele? Ficou bastante assustado!


Terapeuta: - Diga-lhe que ele está morto, que só uma pessoa morta faz isso. Fale que ele não pertence mais ao mundo dos vivos, que ele não pode mais ficar perto de você. Fale que, sem ele saber, está lhe prejudicando, pois é ele que está provocando às suas doenças (fotofobia e a síndrome da fadiga crônica).


Diga-lhe também, que o fato de você ser uma pessoa muito sensível (ela era uma médium) está captando, puxando para você o cansaço dele, pois ele está nas trevas, há mais de 30 anos, e, sem perceber, ele está sugando, vampirizando à sua energia, pois ele está muito cansado.


Ele está provocando também à sua fotofobia (aversão à luz), pois ele está nas trevas, que é uma região do plano espiritual muito escuro e denso. Por isso, você sente aversão à luz, que, na verdade, é ele que sente essa aversão. Diga-lhe que ele não pode mais ficar perto de você, que ele precisa ir para a luz.


Conclusão:


Paciente: - Dr. Shimoda, ele está chorando, pede perdão, diz que não sabia que estava me prejudicando. Eu falo que não sou mais à filhinha dele, pois, agora, sou adulta, tenho 35 anos. Eu lhe esclareço que ele ficou preso, apegado ao passado, por isso ainda me vê como quando eu tinha 3 anos, quando ele morreu naquele voo (ela fala chorando copiosamente).


Terapeuta: - Fale para ele, agora, pedir ajuda aos espíritos amparadores de luz.


Paciente: - Ele está ajoelhado, pedindo... Vejo dois seres de luz, homens, usando túnica branca. Eles estão conversando com o meu pai, ele acena à cabeça entendendo o que eles estão falando... Agora, ele se aproxima de mim, diz que precisa ir... Estou me despedindo dele (paciente chora muito) ... Eles estão indo embora em direção a uma Luz Branca, redonda.



morri e não sabia por Osvaldo Shimoda

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