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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

A cura não vem do esquecer, mas, do lembrar, sem sentir dor


A dor de uma perda, de um amor não correspondido, de um casamento desfeito ou do falecimento de um ente querido, você nunca esquece, pois, a saudade sempre fica. Muito pacientes, que me procuram, me dizem que querem esquecer, não lembrar mais dessa perdas.


Não se esquece!


Não se esquece, mas, eu lhes digo que podem lembrar dessas perdas, sem sentir dor, sofrimento. Isso é possível!


Na TRE, o mentor espiritual do paciente vai auxiliá-lo


Através dessa terapia, a TRE, com a ajuda de seu mentor espiritual, o paciente vai se desvincular da emoção negativa, dolorosa, pois toda a experiência traumática de uma perda vem acompanhada de uma carga emocional negativa.


Por exemplo, se ele perdeu recentemente um ente querido, só de falar nele, de tocar em seu nome, lágrimas vão escorrer e sentirá uma tristeza, angústia ou mesmo um vazio, lacuna em seu coração.


É o caso de uma mãe que me procurou, pois recentemente perdeu o seu filho, que vou relatar a seguir.


Caso Clínico: Sentimento de culpa pela morte de seu filho.

Mulher de 45 anos, casada, um filho.


O seu filho veio a falecer de infarto


A paciente veio ao meu consultório, junto com o seu marido. Ela queria se comunicar com o seu filho falecido que tinha 14 anos, e que faleceu de infarto, há um ano.


Quatro centros espíritas para receber notícias dele


Procurou quatro centros espíritas kardecistas (ela e o marido eram espíritas), mas não conseguiram receber uma carta psicografada de seu filho e saber como estava o filho no plano espiritual?


A amiga da paciente que indicou o meu nome


Mas, uma amiga, que foi minha paciente, acabou indicando o meu nome para ela.


Buscou a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) para conversar com o seu filho


Na entrevista de avaliação inicial, ela me disse: - Dr. Osvaldo, vim com o meu marido, queremos conversar com o meu filho falecido, pois li em seu site, em vários artigos, onde o senhor relata que é comum os seus pacientes conversarem com os seus entes queridos falecidos, nas sessões de regressão de memória.


Eu lhe respondi que é comum, sim, porém, eu não poderia assegurar que ela conversasse com o seu filho, pois não dependia só de mim. 


Chico Xavier dizia que na comunicação com os espíritos o telefone só toca de lá para cá


Como ela era espírita, exemplifiquei o que Chico Xavier dizia, como mensageiro do além, sobre a comunicação com o mundo espiritual: “O telefone só toque de lá para cá, pois são os espíritos superiores de luz que autorizam ou não os entes queridos desencarnados se comunicarem com os seus parentes encarnados por meio da psicografia”. Ela entendeu à minha explicação e me disse que estava ciente que iria ou não se comunicar com o seu filho, através dessa terapia.


Após o relaxamento, pedi-lhe que visualizasse um portão e o abrisse (esse portão é recurso técnico que sempre utilizo nessa terapia, que funciona como um portal, que separa o presente do passado, o mundo físico do mundo espiritual).


Ela viu o plano espiritual de luz


Ao abrir o portão, ela viu um gramado bem verde, vastíssimo, e um horizonte infinito, no fundo.


Terapeuta: - Atravesse esse portão e adentre nesse gramado verde.


Uma parede invisível a impedia de entrar nesse gramado


Paciente: - Dr. Osvaldo, não consigo entrar, parece que tem uma parede invisível que me impede de entrar.


Terapeuta: - Então, aguarde um pouco (ficamos 5 minutos aguardando em silêncio).


Ela viu o seu filho acompanhado por uma senhora vindo do horizonte


Paciente: - Estou vendo um menino e uma senhora ao seu lado – ambos usam um camisolão branco e estão descalços – eles vêm vindo desse horizonte infinito ao fundo desse gramado. (pausa). Estão se aproximando, mas, não se aproximam de onde estou no portão.


Uma parede invisível também impedia que o seu filho se aproximasse dela


Parece que há também uma parede invisível, que não os deixam se aproximar de mim. (pausa).


Meu Deus! Estou vendo, melhor, agora, esse menino... É o meu filho! Meu filho, é você? Dr. Osvaldo, ele se comunica comigo em pensamento e confirma que é ele mesmo (fala gritando e chorando). Meu filho, por que você me abandonou? Você era o meu único filho! Por que você partiu antes de mim? Não é natural os filhos enterrarem os seus pais? Mas, eu tive que te enterrar.


Por quê?


Filho foi autorizado a conversar com a mãe porque ela o chamava todas às noites


Filho: - Mãe, o meu mentor espiritual é que me autorizou a conversar com a senhora aqui nesse gramado, porque a senhora fica me chamando e chorando todas às noites. Eu não aguento mais! Eu também sinto saudades da senhora e de papai, sinto à sua dor e sofrimento, quando a senhora me chama (ele fala chorando muito).


Mentor espiritual da paciente apareceu no consultório


Em seguida, apareceu o mentor espiritual da paciente, um senhor de cabelos grisalhos, vestindo também um camisolão branco. Pediu para que ela se acalmasse, pois precisava conversar com ela.


Paciente: - É fácil pedir para me acalmar, porque não é o senhor que perdeu o filho. Sinto muito à sua falta (diz gritando e chorando muito).


Mentor espiritual: - Eu falei para você se acalmar! Quem você pensa que é? É Deus?


É você que iria determinar ou não a partida de seu filho? (ele fala num tom bem firme).


A espiritualidade adiou a partida de seu filho por causa da paciente


Minha filha! Quando o seu filho completou 12 anos, já era para ter partido da vida terrena, pois havia cumprido à sua missão. Mas tivemos que adiar à sua partida por sua causa, pois você não iria suportar perdê-lo. Não adiantou! 


Paciente se culpava pela morte do filho


Você fica se culpando, achando que foi uma mãe negligente, que poderia ter evitado à sua morte se o tivesse levado ao médico e ter feito um check-up.


Ela se conscientizou que não adiantava levar o seu filho ao médico


Na verdade, isso tudo não iria adiantar, pois havia chegado à sua hora de partir.


Ela era obsessora encarnada de seu filho


Vou lhe revelar uma coisa: você é uma obsessora encarnada de seu filho. Sabia disso? Você fica todas as noites, chamando-o. Ele está muito perturbado com isso e não consegue se recuperar no hospital do astral. Por isso, autorizamos vocês conversarem aqui nesse jardim e não deixamos que se aproximassem mais perto, pois iriam ficar muito abalados.


Filho: - Mãe, eles estão falando que, agora, preciso ir. Fala ao papai que o amo muito também (o seu pai estava no meu consultório, cabisbaixo, chorando muito).


Seu filho se despediu dos pais, fazendo com as mãos um coração


Paciente: - Dr. Osvaldo, o meu filho está se despedindo e, com os dedos das mãos faz um coração e, em seguida, assopra a palma de sua mão, mandando-me um beijo e está acenando com à sua mão, dando um tchau! (ela fala chorando muito).

 

O filho e a senhora que o acompanhava, entraram naquele horizonte infinito de onde vieram


Ele está se afastando, com aquela senhora que o segura pelo braço, amparando-o. Acho que ela é a sua enfermeira... Eles entraram naquele horizonte infinito... Não os vejo mais!


Terapeuta: - Então, feche essa porta, e traga aquela escadaria que você desceu no início da regressão e, agora, suba os degraus dessa escadaria, voltando ao meu consultório.



Conclusão:


Ela tirou um peso enorme de suas costas


Na sessão seguinte, ela me disse que tirou um peso enorme de suas costas, não se sentia mais culpada pela morte de seu filho. Entendeu que estava prejudicando-o, chamando-o todas às noites.


Essa terapia foi um presente de Deus


Disse-me que não sabia que estava sendo uma obsessora encarnada de seu filho, prejudicando-o em sua recuperação no astral. Ela me agradeceu, dizendo que essa terapia foi um presente que recebeu de Deus, pois não iria conseguir ver e conversar com o seu filho, se não fosse essa terapia. Tanto que procurou quatro centros espíritas e não conseguiu se comunicar com ele.


Não se sentia mais culpada


Falou chorando, que, embora não se sentisse mais culpada por sua morte, sentia muita saudade dele. Encerrei à terapia, dizendo que a saudade vai continuar, pois era natural, inerente a todos nós, seres humanos.



A cura não vem do esquecer, mas, do lembrar, sem sentir dor

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