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Foto do escritorOsvaldo Shimoda

A perda de um ente querido


O Dr. Morris Netherton, PHD em psicologia, criador da TVP (Terapia de Vida Passada), assim se referiu sobre a morte em seu livro “Vida Passada - Uma abordagem psicoterápica”: "A morte é o maior trauma sem solução. É a segunda maior experiência estressante em nossa vida, sendo o nascimento a primeira. A morte é o momento em que deixamos tudo por terminar. Se vem repentinamente, levamos a situação não resolvida para outra vida. Inconscientemente, tentamos resolver o problema da vida passada na vida presente. Se morrermos numa longa, demorada agonia, levamos conosco os sentimentos de amargura e ressentimento que quase sempre acompanham tais situações.


Mais cedo ou mais tarde, toda criança pergunta: por que tenho de morrer? Na maioria dos casos, continuamos fazendo a pergunta a vida inteira. Quase todo filósofo lida com ela, e toda religião constrói boa parte de sua doutrina tentando respondê-la. Em nossa época, a morte tornou-se um tipo de tabu, como o sexo para os vitorianos. Não sabemos o que dizer aos nossos moribundos, por isso lhes falamos como se tivessem no início da vida". Concordo plenamente com o Dr. Netherton acerca da morte. Apesar dos avanços materiais, científicos e tecnológicos, das mudanças sociais e da quebra dos costumes e de muitos tabus, a morte ainda é vista como um tabu, principalmente, no mundo ocidental. Por isso, ninguém gosta de pensar na morte. Acredito que as religiões ocidentais, em especial a católica, contribuíram bastante na mistificação, no temor à morte, no dia do juízo final, em ter que prestar contas a Deus, após a nossa partida.


Por outro lado, o materialismo defende a ideia de que "morreu, acabou tudo", e que "nunca mais" vamos ver os nossos entes queridos. Mesmo para aqueles que acreditam na vida após a morte, na tese da reencarnação, as perguntas surgem de forma inevitável: para onde foi o meu ente querido? Como ele está? Quando eu morrer, será que vou me encontrar com ele? É possível me comunicar com ele? Portanto, a morte de um ente querido, gera sempre mudanças e reflexão.

Para os que sabem que a morte não é o fim, mas apenas uma separação temporária, fica mais fácil superar a dor da perda.


Porém, para aqueles que não acreditam numa vida após a morte, a perda só faz aumentar a revolta, a angústia, o inconformismo. Vale aqui citar um comentário de Dom Inácio de Loyola, jesuíta (da Companhia de Jesus), a respeito da fé: "Para quem acredita, nenhuma palavra é necessária; para quem não acredita, nenhuma palavra é possível".


Vale também dizer que nada é mais inútil do que a revolta. É preciso lembrar que não temos nenhum poder sobre a vida ou a morte. O inconformismo, a lamentação, a evocação incessante de quem se foi, a tristeza, a dor, podem alcançar a alma do falecido e dificultar-lhe a sua adaptação no plano espiritual. Na TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual - Abordagem psicológica e espiritual breve, criada por mim, é frequente o paciente se comunicar com o seu mentor espiritual (ser desencarnado diretamente responsável pela nossa evolução espiritual) para saber a causa e a resolução de seus problemas, como também, com os seus entes queridos desencarnados, caso a espiritualidade julgue útil, benéfico ao paciente.


Parentes desencarnados (pais, avós, tios, irmãos, etc.) aparecem para conversar com os pacientes, orientando-os acerca de seus problemas. Desta forma, o meu consultório funciona como um portal da espiritualidade. Nessa terapia, eu me utilizo de um portão - que peço para o paciente imaginar -, um recurso técnico que separa o plano terreno do plano espiritual, o presente do passado, funcionando realmente como um portal.


Antes de passar pela 1ª sessão de regressão de memória, oriento o paciente a estar com a mente aberta, jogar fora o preconceito, o medo que algumas religiões colocaram em sua cabeça com relação aos espíritos, para que possa fazer suas próprias experiências e, com isso, tirar suas conclusões. Caso Clínico: Perda dolorosa de um filho.

Homem de 53 anos, casado, dois filhos (um recém- falecido). Ele veio ao meu consultório, junto com a esposa, querendo entender o porquê de seu filho mais velho de 28 anos ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e ter falecido tão jovem. O filho havia prestado vestibular para Medicina e o casal recebeu a notícia de que ele foi aprovado, somente após a sua morte. Inconformados, tristes, sentindo impotência, diante de uma perda tão inesperada, o casal me procurou querendo entender o motivo de ter perdido o filho e, se através dessa terapia, seria possível se comunicar com ele?


Esclareci, que isso dependia da espiritualidade, dos Espíritos Superiores do Astral autorizarem, que a vida só permite um encontro entre um encarnado e um desencarnado, quando esse encontro beneficia a ambos.

Ao regredir, o paciente me relatou: "Vejo num vale um senhor com um cajado na mão, barba e cabelos compridos, usando uma túnica branca". - Aproxime-se desse senhor.

"Eu me ajoelho em frente a ele. Ele põe a mão na minha cabeça e, em seguida, me manda levantar. Eu beijo a sua mão, ele me passa muita paz, segurança. Eu já o vi em meus sonhos e quando estou relaxado". - Pergunte-lhe se ele é o seu mentor espiritual?

"Ele me pergunta: 'O que você acha'? Eu acho que é. O meu mentor espiritual me diz: "Não temais, meu filho, pela dor da vida, do amor, do sofrimento, da perda, das preocupações. Siga o seu caminho, tudo vai dar certo. O seu filho está bem, fale à sua esposa que ele está bem. Não temais, meu filho, eu estarei sempre com você"... Ele foi embora" (pausa). - Vou contar de 4 a 1 e, após a contagem, veja se vem mais alguma informação?

"Estou vendo o meu filho de longe (paciente fala chorando). Tento me aproximar dele, mas não consigo (é comum os Espíritos Superiores do Astral não permitirem uma aproximação maior entre ambos, para não provocar um abalo emocional grande).


Ele está acenando para mim, no alto, num morro, ao lado de uma árvore. Ele me diz: "Estou bem, pai, não chore!”. (paciente chora copiosamente). - Pergunte ao seu filho se ele pode lhe dizer por que teve o AVC, foi embora tão cedo?

"Ele diz que foi a vontade de Deus, já estava escrito, e que não sofreu. Revela que está estudando no Astral, que está sendo preparado para ser um médico da alma, do Astral, e diz que está feliz". - Pergunte ao seu filho se ele tem algo a dizer à sua esposa, mãe dele? (A esposa do paciente estava sentada em minha sala de atendimento, acompanhando, assistindo à sessão de regressão).


"Fale para minha mãe não sofrer, quero vê-la feliz, eu a amo e tive o privilégio de ser filho dela.


Dê também apoio ao meu irmão, ele vai vencer. Fale para ele que estarei sempre ao seu lado. Fale também à minha esposa que tudo vai passar". (Paciente relata, chorando). Agora, não o vejo mais, embora sinta ainda à sua presente. Estou voltando por um caminho, tem um lago, estou indo em direção ao portão inicial”. (é o portal da espiritualidade, que pedi para o paciente atravessar, após o relaxamento). Após encerrar a sessão, o paciente comentou que quando estava subindo a escadaria (é outro recurso técnico que utilizo, nessa terapia, para o paciente voltar à sala de regressão) viu o rosto sereno de seu filho. Nesta terapia, é comum os seres desencarnados se apresentarem ao paciente, mostrando apenas o rosto. Na sessão seguinte, o paciente me relatou: "Vejo a minha avó paterna falecida, preparando o seu cigarro de palha. Ela me diz: - Deixa de ser bôbo! A morte faz parte da vida, não é para ficar assim! (paciente fala, chorando).


Não é para ficar triste. Lembra quando seu pai morreu? Falei para você, ainda em vida, que ele estava melhor do que a gente, e que por isso não era para você chorar e nem ficar triste”. (Pausa).

Estou perguntando à minha avó por que levaram o meu filho? Ela diz que eu não terminei o meu papel aqui na Terra". - Pergunte à sua avó qual é o seu papel, a sua missão de vida?

"Ela diz que vou descobrir, que está todo mundo no astral com o meu filho falecido (meu pai, minha mãe, irmão, cunhada, minha sogra, a tia da minha esposa, todos falecidos); portanto, ele não está sozinho". (pausa).


Estou pedindo para minha avó falar para o meu filho, que sinto muito a falta dele. Ela diz que ele sabe, e que tudo vai ficar bem; pede para eu ter fé. É para eu e a minha esposa não termos medo de rir, para sermos felizes, falar besteiras, como ela sempre falou.


Ela está dizendo: "Se vocês ficaram é para viver a vida na plenitude, é uma bênção de Deus. Vocês nunca estarão sós. Todos nós olhamos por vocês".

Ela está dando, agora, um recado para minha esposa, dizendo que ela vai receber uma bênção, e que vai encontrar o seu caminho.


A minha avó fala que gosta muito de minha esposa, que eu sou sortudo. Fala ainda que a minha esposa precisa confiar mais nela própria, seguir os seus instintos, não ter medo de nada, que ela é muito capaz.


É para ela ir para a pintura, botar a beleza interior dela nos quadros e esperar o resultado. Minha avó pede, também, para eu acreditar na minha família, diz que tem muita luz em minha casa, e que nascemos para sermos felizes". - Pergunte à sua avó como você pode ser feliz, sem o seu filho?


"Fala que ele vai continuar conosco, que está apenas em outra dimensão, e que isso não impede de ele ser feliz e nós também. Isso se chama sintonia de Deus.


Pede para gente viver a vida, parar de procurar a razão de tudo e aceitar a vida como ela é, pois isso acontece com todos os terrestres, e vai continuar por séculos e séculos. Esclarece, que isso é o amor de Deus: a morte e a vida. Diz ainda que a morte não é o fim, que muitos encarnados não acreditam nessa vida de luz que se passa aqui no plano espiritual, onde estamos e somos muito felizes.


Eu perguntei para minha avó por que ela não me revelou tudo isso antes, pois sempre rezei para ela.


Ela me diz: -Tudo tem o seu tempo, você agora é merecedor. Está aprendendo a ser gente, ou seja, é bondoso, sem ser bôbo; você é sensível, entende a razão da vida, aceita as pessoas, como são, e procura pelo Deus verdadeiro". - Pergunte-lhe o que é o Deus verdadeiro?


Ela me pergunta: "Você não sabe"? Eu respondo, que não.


Ela diz: "É o Deus do mar, do vento, das florestas, da terra, do fogo, do céu, é o Deus em cada ser humano, independente de sua condição financeira, cultural ou cor da pele.


É o Deus do amor em cada ser humano, é o Deus que empurra a carroça, que dorme na calçada, que faz grandes negócios, pois ele está dentro de cada um. Ele também está nos animais, insetos, nas estrelas, na lua, no sol, e você está aprendendo isso.


Vá embora, não titubeie! Comece a nova caminhada. Nós estamos com vocês. Eu falo em nome de todos que te amam. Ama sua esposa e o seu filho. Vai que eu quero pitar (fumar)!


Deus os abençoe!" Ao final dessa sessão, enquanto pedia para o paciente subir os degraus da escadaria para 'retornar' ao meu consultório, ele me disse que estavam perfilados de um lado da escadaria, todos os seus entes queridos desencarnados, ou seja, seus pais, irmão, cunhado e o seu filho, cada um num degrau, e do outro lado da escadaria, todos os entes queridos de sua esposa.





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1 Comment


tainaapm
tainaapm
May 26, 2021

Que relato emocionante! Seu trabalho é incrível! Que a luz e o amor continuem sendo seus companheiros! Gratidão pela partilha ! ❤️

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