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Foto do escritorOsvaldo Shimoda

A cura não vem do esquecer, mas, de lembrar sem sentir dor, sofrimento!


Não se pode esquecer, deletar de nossas mentes os acontecimentos dolorosos, traumáticos do passado. Mas podemos, sim, lembrar dessas experiências traumáticas, sem sentir dor, sofrimento.


Não por acaso, a palavra trauma vem do grego, significa ferida.


Portanto, trauma é uma ferida aberta de nossa alma. Por isso, quando alguém toca num assunto - numa experiência dolorosa que passou - você evita o assunto, desconversa ou mesmo fala que não quer conversar sobre assunto.


Mas por quê?


Porque a ferida ainda está aberta, portanto, não cicatrizada. Por isso, dói tocar no assunto, faz você sofrer, sentir dor só de relembrar. A proposta daTRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual – sistematizada por mim em 2006, é curar a “ferida da alma” dos pacientes, os seus traumas psíquicos, oriundos desta vida (infância, nascimento, útero materno) ou de um passado mais longínquo, isto é, das vidas passadas. Essa terapia, portanto, equivale a uma intervenção cirúrgica para curar à ferida da alma.


Eu me recordo de uma mãe que veio acompanhada de seu filho de 10 anos ao meu consultório.


Na entrevista de avaliação, pedi que o seu filho aguardasse, na sala de espera de meu consultório. Ela me respondeu: - Mas a consulta é para ele! Esclareci, que eu não atendia crianças, por conta de sua imaturidade de passar por essa terapia.


Ela desatou a chorar, pedindo que eu abrisse uma exceção ao seu filho. Perguntei o que estava acontecendo com o seu filho? Ela me respondeu: - Dr. Shimoda, o meu filho até os 9 anos era uma criança normal, sem medo algum. Mas, quando completou 10 anos passou a ter um medo exagerado de me perder, começou a ter fobia de que eu morresse. Sou separada, o meu marido fugiu com à sua amante, não sei de seu paradeiro. Sou filha única, os meus pais morreram e não temos nenhum parente. Somos só eu e o meu filho, nesse mundo.


Ele está indo mal na escola, pois não consegue se concentrar nos estudos, fica ligando ao meu consultório (ela era dentista) de hora em hora, para saber se estou viva. Eu o encaminhei a uma psicóloga infantil para tratar dessa fobia de me perder, além também dele sofrer de tricotilomania (quando o seu filho ficava muito ansioso, tinha o hábito, compulsão em arrancar os seus cabelos).


Abri uma exceção, resolvi então, atendê-lo. Pedi-lhe que se deitasse em meu divã, mas, ele não conseguiu regredir, não trouxe nada de seu passado que justificasse o seu medo de perder à mãe e a mania, compulsão em arrancar os seus cabelos.


Então, sugeri que a mãe passasse pela regressão de memória, no lugar dele. E o filho iria assistir à sua regressão de memória. Ela regrediu a uma vida passada, onde também eram mãe e filho, prisioneiros judeus no campo de concentração nazista em Auschwitz, na Polônia, na 2ª Guerra Mundial.


Eles estavam na fila para pegar comida e, de repente, dois soldados nazistas armados a arrancaram à força da fila e a levaram à câmara de gás. O seu filho nesse vida passada tinha 10 anos, a mesma idade da vida atual. Ele escutava sua mãe gritar, chorar, agoniada, chamando-o desesperada (no divã, a mãe tossia muito, revivenciando à sua morte nessa vida passada por asfixia na câmara de gás).


Enquanto isso, o seu filho assistia, chorando, sentado no sofá de meu consultório, a regressão de memória de sua mãe. Após ter presenciado o drama, a experiência dolorosa que sua mãe trouxe dessa existência passada, o menino veio a entender por que na vida atual ao completar 10 anos passou a ter fobia de perder à mãe (essa idade foi um gatilho que desencadeou, disparou o seu trauma psíquico - reprimido em seu inconsciente - de ter perdido à sua mãe naquela vida passada, ficando sozinho no campo de concentração nazista).


Conclusão:


Após o término da terapia, sua mãe me encaminhou um e-mail: “Dr. Osvaldo Shimoda, estou escrevendo para lhe informar que o meu filho está ótimo, nunca mais teve medo de que eu morresse e não mais teve àquela compulsão em arrancar os cabelos (tricotilomania). Ele está indo muito bem no colégio, fica sozinho em casa, sem medo algum.


Quero lhe agradecer e dizer que às nossas vidas mudaram muito, depois daquela regressão de memória na vida passada no campo de concentração nazista. Estamos muito mais felizes! Que


Deus abençoe à sua vida e lhe dê muita saúde para continuar com esse trabalho maravilhoso.


Muito obrigada!



A cura não vem do esquecer, mas, de lembrar sem sentir dor, sofrimento! Por Osvaldo Shimoda


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