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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Você é uma pessoa resiliente?


Para a psicologia, resiliência é a capacidade de uma pessoa enfrentar situações adversas, dolorosas, e retirar algo de positivo dessas experiências. Em outras palavras, o resiliente é uma pessoa otimista. Mas o que é ser otimista? Muitas pessoas têm uma visão, um entendimento equivocado do que é ser otimista; acham que otimista é a pessoa que sempre pensa positivamente, que espera resultados positivos em tudo o que faz.

Na verdade, otimista é a pessoa que busca o ótimo em tudo, isto é, consegue aprender, extrair algo de positivo, uma lição com os seus erros ou quando algo não dá certo. O mesmo não ocorre com o pessimista, que faz o contrário, ou seja, consegue extrair algo de ruim, mesmo nas experiências agradáveis e gratificantes da vida.

Ao abrir a janela do quarto, num dia ensolarado, a esposa comenta com o marido: "Que dia maravilhoso, como está lindo o nosso jardim! Olhe aquela roseira, os botões estão todos abertos. Que pétalas lindas"!

"É, mas o jardim está cheio de ervas daninhas e, além do mais, não gosto de roseiras, elas têm muitos espinhos" - responde secamente o marido. Após uma forte colisão com o seu carro, o resiliente busca se certificar se sua família está bem. Vendo que ninguém se machucou, aliviado, comenta com a esposa: "Graças a Deus, todos estão bem"!

No entanto, o pessimista, diante de um mesmo incidente, reage assim: "Droga, que azar, justamente, agora, que o seguro do carro está vencido! Era preferível que todos tivessem morrido"! A psicóloga Terrie Moffitt, professora da Universidade Duke, EUA, um dos mais importantes centros de neurociências do mundo, divulgou um estudo baseado em 30 anos de pesquisa e observação.

Ela acompanhou 1037 pessoas, desde a primeira infância até os 32 anos de idade, e chegou à seguinte conclusão: crianças que conseguem lidar melhor com a frustração e com o fracasso tendem na fase adulta a obter bons empregos, a ter sucesso em negócios, a economizar dinheiro, a cuidar da saúde e a ficar longe de vícios.

Ela concluiu, em seus estudos, que o bom desempenho acadêmico e profissional conseguidos por essas crianças na fase adulta estava menos ligado à inteligência e mais ao autocontrole, isto é, à habilidade de administrar seus impulsos e suas fraquezas. Não por acaso que Sidarta Gautama, o Buda, dizia: "O Rei mais nobre de todos os reis é aquele que é capaz de se dominar". Não podemos esquecer, que vivemos num planeta de provas e expiações, onde prevalecem as vibrações de dor, medo e ira. Por isso, é fundamental o trabalho interior de autoconhecimento, para que possamos nos conscientizar e melhorar as inclinações, os traços de personalidade trazidos de outras encarnações, ou seja, as tendências negativas sobre como reagimos diante dos acontecimentos desagradáveis da vida.

Na verdade, reencarnamos para compreender e procurar melhorar o nosso modo inadequado de pensar, sentir e reagir. Por isso, ser resiliente diante da vida é a chave para evoluirmos como seres humanos e representa a verdadeira cura da alma humana. Caso Clínico:

Medo de desagradar às pessoas

Homem de 30 anos, casado. O paciente me procurou, por conta de seu medo de desagradar, de magoar, de dizer não às pessoas; enfim, tinha uma necessidade grande da aprovação alheia. Tinha também pavor, medo de brigas, de confrontos. Ao presenciar uma cena de violência, de discussão, ficava assustado, amedrontado.

Não conseguia organizar, expor suas ideias de forma clara e objetiva, e isso acabou lhe custando um preço muito alto: sua empresa faliu, pois lhe faltou firmeza, pulso para cobrar empenho e resultado de seus funcionários.

Em relação aos seus clientes, falava em demasia, tornando-se inadequado e, segundo o paciente, isso acabou também prejudicando os seus negócios. A falta de assertividade, de firmeza, de objetivos, refletiam-se também em suas relações conjugais, familiares e sociais. Após passar por quatro sessões de regressão, na quinta sessão, ele me relatou: "Vejo um castelo do período medieval, é grande, alto, tem um portão enorme de madeira. Dentro do castelo tem uma Igreja... parece que sou padre, é uma vida passada. Sou alemão, alto, olhos azuis, meio calvo e cabelos grisalhos.

Devo ter uns 50 anos, uso uma batina branca e verde, estou rezando a missa. A Igreja está lotada, levanto as mãos, abençoando os fiéis. (pausa). A missa acabou, estou sozinho no altar... Uma mulher se aproxima, usa um vestido longo, de época, deve ter uns 35 anos.

Ela diz que me ama, mas digo que não posso me relacionar com ela. Ela não aceita a minha recusa, sai correndo, chorando. Fico me lamentando por ser padre, pois queria também ficar com ela. (pausa).

Vejo, agora, o rosto escuro de um homem (os seres espirituais das trevas costumam se apresentar aos pacientes, nessa terapia, normalmente, só mostrando o rosto).

Ele se identifica como o meu pai dessa vida passada, diz que sou um estúpido, burro". (pausa). - Pergunte por que ele está te xingando? - Peço ao paciente.

"Diz que não segui suas recomendações, ou seja, acabei abandonando o celibato, deixando de ser padre para ficar com aquela mulher. Por isso, fala que não me perdoa, que sou um imbecil porque não o escutei, e que fez de tudo para eu ser padre". - Você quer lhe dizer algo? - Pergunto ao paciente.

"Digo que lamento desapontá-lo, mas, fiz na ocasião, o que era melhor para mim (fala chorando). Ele reafirma que me desaprova porque não o escutei. (pausa).

Agora, eu me vejo como uma criança... eu e o meu pai dessa existência passada estamos caminhando de mãos dadas num campo, numa estrada de terra. Eu calço botas de couro, casaco marrom, sou magro; meu pai também é magro e alto, veste uma calça, sapato de couro e um casaco comprido.

Estamos caminhando em direção ao castelo, que fica num vale. Entramos... ele é o Rei. (pausa).

Agora, eu me vejo como adulto... sou aquele padre. Eu o envergonhei ao deixar de ser padre. A impressão que tenho é que acabei abandonando àquela mulher e fui atrás de meu pai, mas ele não me aceitou de volta, me renegou (fala chorando muito).

Perdi tudo: a vida de padre, o meu pai e a minha esposa. Depois que larguei a batina e ter decepcionado o meu pai, veio um remorso profundo, uma culpa muito grande; foi isso que me fez largar a minha esposa e voltar para o meu pai.

Mas ele cortou definitivamente a nossa relação. Fiquei na miséria, fui morar num casebre e terminei essa vida sozinho. Morri maltrapilho.

Vejo, novamente, o rosto zangado de meu pai, dizendo que o desapontei". (pausa). - Levante suas mãos, em imposição, com as palmas viradas para a frente, e vamos fazer juntos a oração do perdão, irradiando para esse ser espiritual, o seu pai dessa vida passada, a luz dourada de Cristo, para que ele possa ir para a luz - peço ao paciente. (pausa).

"Agora, seu rosto não está mais escuro... ele está sorrindo, agradece, fala que me perdoa e que aceita ir para a luz... meu pai me dá um abraço... está se despedindo, indo para uma Luz Maior". No final dessa sessão, o paciente me revelou que na vida atual também foi seminarista, mas acabou desistindo, e que até hoje, não sabia porque havia desistido de ser padre.

Na sexta e última sessão, ele me relatou: "Estou num campo bem verde... sinto cheiro de flores... é um vale, o gramado é bem esverdeado. Vejo uma luz, um ser espiritual se aproxima de mim, fala que é o meu mentor espiritual. (pausa). Eu lhe pergunto por que sofro tanto?

Diz que é para eu melhorar como ser humano, mas que ainda serei uma pessoa de grande sucesso. Fala ainda: “Você vai construir o seu 'castelo', esse dia chegará. Tenha perseverança que irá conseguir. Dedique-se, foque mais em seus objetivos e contribua também para o desenvolvimento das pessoas.

Transmita o conhecimento que possui, ajudando às pessoas a evoluírem. Você é um grande homem; é muito forte, embora não pareça ser. As pessoas não o conhecem, mas isso não importa, o que importa é ter a consciência da força interior que você possui”. (fala chorando muito). - Pergunte ao seu mentor espiritual de onde vem esse medo excessivo de desagradar às pessoas?

"Ele esclarece que vem da experiência de ter desagradado o meu pai daquela vida passada, de ele ter me renegado como filho". - Pergunte-lhe por que essa necessidade de falar demais com os seus clientes, a ponto de prejudicar os seus negócios?

"Diz que está ligado à necessidade da aprovação alheia, e que isso vem também do fato de ter sido desaprovado por meu pai naquela existência passada. Mas revela que os meus atos daqui para a frente vão mostrar às pessoas, quem sou realmente.

Pede para não me preocupar com isso, pois, como agora soube da verdade, da causa de meus problemas, irei agir de forma mais firme com as pessoas". - Por que essa dificuldade em cobrar resultados de seus funcionários?

"Explica que como perdi o amor, o carinho de meu pai, busco na vida atual com as pessoas, esse amor perdido. Daí a necessidade de querer agradá-las. Mas esclarece que como empresário não posso misturar as coisas, preciso ser justo e prudente com os funcionários, ser firme, fazer o que tem que ser feito.

Ele diz ainda: - Você é inteligente e saberá colocar as coisas em seu devido lugar. Faça sem medo e terá resultados. Tenha perseverança, nada irá lhe atrapalhar daqui para a frente. Você irá conseguir, tenha fé, fique mais tempo sozinho consigo mesmo para poder se comunicar melhor comigo. Irei ajudá-lo intuindo-o, pode contar comigo. Você tinha que passar por tudo que passou para amadurecer (fala chorando)". - Pergunte-lhe de onde vem o medo de brigas, de confrontos?

"Diz que fui espancado até a morte, numa outra vida, e que morri também sozinho. Esclarece, que a minha morte nessa existência passada foi muito traumática, pois fui agredido violentamente com pauladas". - Como você poderá superar este medo?

"Ele diz: - Tendo fé, acreditando mais em si mesmo. Finaliza, dizendo que para ser um empresário de sucesso, preciso liderar, mas, para isso é necessário ter coragem, embora já tenha isso dentro de mim. Pede apenas para exercitá-la, pois esse é o meu principal aprendizado, desafio na vida atual".




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