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Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Suicídio: Será mesmo o fim?

Quando cursava a Faculdade de Psicologia, resolvi trabalhar como plantonista no CVV (Centro de Valorização da Vida), uma instituição filantrópica, que na ocasião ajudava por telefone ou pessoalmente às pessoas que se sentiam solitárias, desesperadas, angustiadas e pensavam em se suicidar (muitos, infelizmente, se suicidavam mesmo).

A solidão, sem dúvida alguma, era o principal motivo que levava homens e mulheres a praticarem o suicídio. Esse trabalho me deu uma boa base para entender melhor a prática do suicídio, pois constatei que havia duas formas de suicídio: a direta e a indireta.

Obviamente, em se tratando do ser humano, há que se levar em conta que somos um fenômeno muito singular, único; sendo assim, cada um reage de forma muito particular diante das adversidades, vicissitudes da vida. Portanto, não existe uma regra, uma fórmula para se entender o comportamento do ser humano, sobretudo, o que o leva a se autodestruir.

Desta forma, a desistência de viver pode se dar de forma direta, explícita, como dar um tiro na cabeça, envenenar-se, ou tomar um coquetel de remédios letais, cortar o pulso, atirar-se contra um carro, ligar o fogão de gás num ambiente fechado, etc. É o suicídio clássico.

Mas existem aqueles que são mais sutis, que chamamos de suicídio indireto. Nesses casos, somos suicidas quando comemos, bebemos e/ou fumamos em excesso, dirigimos embriagados, reagimos a um assalto (usamos outrem para nos matar), praticamos o sexo livre sem o uso de preservativos, fazemos uma dieta alimentar rígida (anorexia), entramos numa depressão profunda, etc. Sendo assim, somos suicidas também quando negligenciamos, tratamos mal o nosso corpo ou de alguma forma desistimos de viver.

Do ponto de vista espiritual, cármico, o suicídio é muito sério, pois ao atentar contra a própria vida, ao abreviarmos a nossa estadia nesse planeta – indo embora antes do tempo -, estamos transgredindo as leis divinas, espirituais.

O que observo com frequência nos relatos de meus pacientes que passam pela TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual -, abordagem psicológica e espiritual breve, criada por mim em 2006, em suas sessões de regressão, é que após cometerem suicídio numa vida passada, seus espíritos deixam seus corpos físicos e sentem a dor do tiro, do veneno, da queda no abismo e geralmente vão para um lugar escuro do astral inferior (umbral). Muitos por terem mutilado seus corpos astrais com o suicídio, na encarnação seguinte, vêm com defeitos físicos e mentais. Ou seja, quem deu um tiro na cabeça pode vir com problemas mentais; quem tomou veneno vem com problemas na boca ou no aparelho digestivo; quem se jogou do precipício vem com defeitos físicos, aleijados, etc.

Há ainda aqueles que contraem uma doença autoimune, que é o caso, por exemplo, do Lúpus (causa desconhecida pela medicina) também chamada de doença de autoagressão, onde os anticorpos, que são uma defesa natural do organismo, ao invés de combaterem os micro-organismos (bactérias, vírus e outros agentes) se viram contra o próprio organismo, agredindo os tecidos da pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Portanto, esse desequilíbrio do sistema imunológico, essa autoagressão, é uma forma indireta, sutil de suicídio.

O suicida, ao matar seu corpo físico, tem por objetivo parar de pensar, sentir, enfim, de sofrer. Mas isso não ocorre, porque a morte não existe, pois, como seres espirituais em evolução, somos imortais, perenes, indestrutíveis. Ao sair de seu corpo físico, o espírito continuará atormentado e, o pior, irá agravar a sua situação pela culpa que sente por ter tirado a sua própria vida, bem como ficará à mercê de seus obsessores espirituais (desafetos de seu passado).

A visão da ciência materialista de que a vida começa com o nascimento e termina com a morte tende a reforçar a crença de muitos de que morreu, acabou tudo. Obviamente, quem pensa assim, acredita que para resolver seu sofrimento, suas dores, a saída é a morte.

Mas, muitos pacientes que pensavam dessa forma, após terem passado por fortes experiências espirituais pela TRE, e conversado com o seu mentor espiritual (ser desencarnado, responsável diretamente pela nossa evolução espiritual) recebendo suas sábias orientações acerca da causa de seus problemas e sua resolução, mudaram radicalmente sua visão sobre a vida e a morte, e saíram dessa terapia com a firme convicção de que a morte não existe e, portanto, o suicídio não é a solução.

Caso Clínico: Pensamentos suicidas Homem de 38 anos, solteiro.

O paciente veio ao meu consultório dizendo: “Dr. Osvaldo, vim te procurar, pois não aguento mais essa angústia: desde que me entendo por gente, tenho pensamentos suicidas. Lembro-me que quando a minha família viajava de férias, eu pensava: – Bem que o carro podia capotar e eu morrer; se íamos para a praia, pensava também: – Por que o mar não me leva embora?

Minha mãe me disse que demorei para nascer, pois me enrolei no cordão umbilical e quase morri. Sempre fui uma criança que me feria muito, hoje sei que era de propósito, eu me feria de propósito. Cheguei à essa conclusão, somente agora com 38 anos.Estou noivo há 5 anos, mas tenho muito medo de ser pai, e isso está me causando problemas, pois, parece que não gosto de crianças, elas fogem de mim, têm medo, choram quando vou tocá-las. Minha noiva quer ter filhos, mas sempre que tocamos no assunto, acabamos brigando; por isso, quero entender também o porquê desse medo e tentar mudar essa situação”.

Após passar por quatro sessões de regressão, na quinta e última sessão, o paciente me relatou: “Dr. Osvaldo, me vejo num vale, muito escuro, cheio de pessoas, como se fosse um mangue cheio de lama… É horrível esse lugar, ouço gente gritando, chorando, atolada nessa lama… É um lugar escuro, fétido e de muito sofrimento(paciente estava descrevendo o vale dos suicidas, o umbral)”.

– Volte para antes dessa cena para que você possa entender como foi parar nesse lugar? – Peço ao paciente. “Vejo uma casa grande… Uma mulher está bordando na varanda. Entro na casa e vejo uma criança de 7 anos, bem pequena para sua idade. Ela estava trancada num quarto escuro, parecia temer algo. Vejo também um homem entrando nessa casa, veste uma roupa branca, usa botas e chapéu e tem um chicote nas mãos. Grita muito com os empregados da casa, todos o temem… Esse homem sou eu, numa vida passada, o menino é meu filho, e a mulher na varanda, minha esposa. Sou uma pessoa muito ruim, cruel, meu filho é uma criança muito quieta e delicada e penso que ele é igual à mãe dele, que é muito doente, pois ele não quer fazer nada, só quer ficar perto dela. Ela, a minha esposa, no momento do parto, quase morreu, demorou muito para voltar a si e quando isso aconteceu, não voltou mais como era antes. Teve um derrame, mas, naquela época, eu achava que ela tinha se tornado uma doente mental. Eu culpava aquele menino, que tinha tirado a minha esposa, pois ela era tão feliz, linda, cheia de vida, saudável, e agora estava ali parada, feito uma planta. Por isso, eu machucava muito aquele menino, batia, espancava, deixava-o sem comer, empurrava-o. Meus Deus, como pude fazer isso?! (paciente fala chorando). Aquele menino não fazia nada, nem mesmo chorava, ficava me olhando, não entendia o que eu fazia com ele. Quando acabava as sessões de tortura, a empregada aparecia, pegava-o e o levava para o quarto onde cuidava de seus ferimentos. Estou presenciando a cena… Ele pede a essa mulher para ajudá-lo a morrer, pois não aguentava mais ser destratado por mim… Ele chora bem baixinho.

Aquela criança nutriu por mim um ódio mortal. Quando ele completou 9 anos – Ernesto era seu nome -, foi em nosso quarto, beijou a mãe, disse chorando, bem baixinho no ombro dela, que a amava muito, mas eu gritei com ele, mandando-o sair daquele quarto; eu o peguei pelo colarinho e o chutei para fora. Ele me olhou e disse: – O senhor nunca vai se livrar de mim! Foi a última vez que o vi, pois naquela mesma noite, ele se jogou de um penhasco.

Foi um choque para mim, fiquei horrorizado, mas feliz por aquele estorvo não mais participar de nossas vidas. Meses depois, Rosa faleceu, sua mãe e minha esposa. Dr. Osvaldo acabei enlouquecendo, eu me suicidei, pois o menino aparecia constantemente para mim nessa vida passada, em espírito. (pausa). Vejo agora, aqui no consultório, uma luz azul bem clarinha… Parece ser uma mulher… Meu Deus é a Rosa, minha esposa daquela vida!

– Pergunte se é ela mesma? – Peço ao paciente. “Diz que sim, diz também que é a minha mentora espiritual, e fala que depois dessa vida, encarnei mais três vezes e, em todas, o Ernesto, nosso filho, me obsediou e me induziu também ao suicídio. Esses pensamentos suicidas que tenho hoje, na verdade, não são meus, são deles. Ele também está aqui no consultório… Fala que eu nunca vou me livrar dele… Ele sente ainda um ódio muito grande por mim”.

– Pergunte à sua mentora espiritual o que devemos fazer em relação ao Ernesto? – Peço ao paciente. “Ela me diz que trouxe o Ernesto aqui no consultório para que possamos nos perdoar, e está me perguntando se eu aceito. Digo que sim, é claro, meu Deus, como posso ter sido tão ruim com o meu próprio filho, que era o meu único filho nessa vida passada? Paciente se ajoelha na sala do consultório e suplica: – Perdão, meu filho, pela minha ignorância, me perdoa; por favor, me dê uma chance para que eu possa te amar, venha, meu filho, do jeito que quiser, venha que eu vou tentar reverter todo o sofrimento que te fiz passar. Eu vou ser o melhor pai, meu filho! Paciente chora copiosamente e quando se acalmou me disse que Ernesto, seu filho, agora não estava mais com aquela energia ruim, disse que ele também chorou muito, pedindo perdão.

Dr. Osvaldo, minha mentora espiritual pede para que eu me acalme, diz que o perdão, por ter sido mútuo, ambos, pai e filho, vão ter uma nova oportunidade para que possam melhorar como seres humanos. Eu lhe digo que aceito prontamente pois quero aquele menino pra mim e, desta vez, vou ser o melhor pai do mundo, vou amá-lo com todas as minhas forças… Dr. Osvaldo, ele está vindo aqui me abraçar, meu Deus, que maravilhoso!(fala chorando). Mas me diz que não pode vir agora, isto é, reencarnar novamente como meu filho, pois terá que ir a outro lugar para se tratar e, assim que puder, em breve, aí sim, virá como meu filho. Ele me abraça de novo, pede perdão, me beija e segue em direção à mãe, abrindo os braços, como uma criança faz… Agora, estão indo embora em direção a uma luz”.

No final dessa sessão, o paciente me disse que já tinha sonhado algumas vezes com um menino que tinha um olhar de ódio, sempre perseguindo-o. Agora, veio a entender esses sonhos: era seu filho, dessa vida passada, obsediando-o”.

Após o término do tratamento, dois anos depois, ele me mandou um e-mail dizendo: “Dr. Osvaldo e equipe, gostaria muito de poder dividir essa alegria com vocês que fizeram parte de minha felicidade, pois sei que nessa terapia, a TRE – A Terapia do Mentor Espiritual, conforme o Sr. havia me esclarecido, infelizmente, alguns não conseguem êxito, mas hoje sei os motivos pelos quais um paciente não consegue entrar em contato com seu mentor espiritual, e entendo sua frustração com isso, pois compreendi que esse trabalho é acima de tudo um ato de fé, de humildade e amor, e, se o paciente não as tiver, não se consegue nada, pois quero lhe lembrar que há 2 anos atrás eu fiz esse tratamento com o Sr. e não consegui absolutamente nada, saí super chateado, frustrado dessa terapia, só pensava no dinheiro que tinha gastado, briguei até com minha noiva na época, pois foi ela que havia me indicado o Sr.

Desta vez, graças a Deus, tive êxito, mas supliquei ao Universo que me ajudasse, pois não aguentava mais aquele sofrimento e humildemente me entreguei como um filho se entrega para uma mãe. E acredito que o meu caso, o meu depoimento, possa ajudar a muita gente e espero de todo o meu coração que o senhor continue contribuindo para ajudar às pessoas necessitadas; espero também que possamos ter outros profissionais espalhados pelo mundo aplicando essa terapia que o Sr. desenvolveu, para poderem ajudar o maior número possível de pessoas.

Escrevi esse e-mail para lhe dizer que o meu herdeiro nasceu. Na ocasião, ao sair de seu consultório, voltei para a minha cidade, em Manaus, falei para minha noiva que queria marcar nosso casamento, ela ficou um pouco assustada e tocou novamente no assunto de filhos, mas, desta vez, eu lhe disse – para surpresa dela – que iria ser o melhor pai para nossos filhos, que ela iria ser muito feliz. Casamos e exatamente 1 ano e 4 meses depois, nasceu o Ernesto, com 3 quilos e 59 cm, um lindo garoto, saudável, e ele só quer dormir comigo. Sou muito grato a Deus, à minha mentora espiritual, e ao senhor. Muito obrigado! Fiquem com Deus, Amadeu (nome fictício)


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