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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Sorte ou merecimento?


Muitos pacientes me procuram, querendo entender por que suas vidas são complicadas, bloqueadas, seus relacionamentos afetivos são difíceis, dolorosos, não atam e nem desatam, problemas financeiros e profissionais que nunca se estabilizam; por isso, estão sempre endividados.


Há também àqueles que vivem doentes. Eu me recordo de uma paciente que vivia doente, um poço de doenças, desde criança. Ela me disse que muitas das doenças, cujos nomes terminados em “ite”, ela já teve (apendicite, pancreatite, amigdalite, retocolite, nefrite, vaginite, bursite).


Mas, há pacientes que não têm problemas consideráveis, levam uma vida mais tranquila, sem percalços, sem grandes turbulências. Eles me procuram para se conhecerem melhor e para o seu aprimoramento espiritual.


É o caso de um paciente de 35 anos, solteiro, empresário de sucesso, que tinha uma vida estável, equilibrada, não tinha problemas financeiros, sua saúde era boa e tinha uma namorada carinhosa e compreensiva.


Mas os seus dois irmãos o invejavam por ser bem sucedido, o que não ocorria com eles, pois viviam endividados. Eles lhe indagavam por que o dinheiro vinha para ele com mais facilidade e rapidez; o contrário deles, que vinha com muita dificuldade e morosidade.


O insucesso financeiro de seus irmãos o deixava muito triste, chateado, pois eles se comparavam muito com ele. Apesar de ajudá-los financeiramente, eles se sentiam incomodados com o seu sucesso.


Vou relatar a seguir, o que ele descobriu ao passar pela TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual.

Caso clínico:

Por que os meus irmãos se sentem incomodados com o meu sucesso financeiro e profissional?

Homem de 35 anos, solteiro.


Após passar por cinco sessões de regressão, na 6ª e última sessão, ele me relatou: - Vejo um menino, está bem triste, pois mora perto do esgoto... Vou perguntar ao meu mentor espiritual se esse menino sou eu na vida passada?


Ele confirma, diz que sim, que é uma de minhas vidas passadas, bem antiga... Há um monte de gatos ao meu redor - pretos, brancos e rajados.


- Pergunte ao seu mentor espiritual que lugar é esse que você mora?


“Ele me diz: - Você vivia nas ruas, depois que os seus pais morreram num incêndio. A cidade era em Londres. Você tinha pouca comida, mas, apesar disso, ainda dava para os seus gatos”.

- Pergunte-lhe por que ele te mostra essa vida passada?


“É para entender como você era forte, apesar de ter apenas sete anos. Você se tornou um morador de rua, depois que a sua casa pegou fogo e os seus pais morreram nesse incêndio.


Você perdeu tudo, mas conseguiu sobreviver por um milagre e acabou ficando sozinho. Seus únicos companheiros eram os seus gatos que você os tratava com muito carinho (paciente diz que até hoje gosta muito de gatos).


Mas um dia, o meu mentor espiritual diz que tudo mudou em minha vida: Vejo uma carruagem passando... Um senhor distraidamente, mexendo alguns papéis, documentos, atravessa a rua. A carruagem perde o controle e dispara em cima dele.


Eu corro em direção a ele e grito: - Sir! Em seguida, eu o empurro e a carruagem passa raspando nele e se choca numa loja, quebrando tudo.


O senhor me diz: - Você me salvou, garoto! Se não fosse por você, eu teria morrido, atropelado por essa carruagem. O que você faz nessa rua?


Eu respondo: - Vivo na rua, desde que os meus pais morreram num incêndio.


- Você não tem ninguém que cuide de você? – Ele me pergunta.


- Não, os únicos companheiros são os meus gatos – Eu respondo.


- Então, venha comigo! Eu a minha esposa cuidaremos de você e de seus amigos gatos. Você salvou a minha vida!


O meu mentor espiritual me fala: - Você salvou a vida desse senhor, arriscando a sua própria vida.


Ele e a esposa eram pessoas muito boas, tinham muita posse, mas perderam o único filho e cuidaram de você como se fosse o filho deles.


Você acabou herdando tudo o que o casal tinha por merecimento. Esse senhor era um empresário ligado ao comércio e ao governo e lhe ensinou tudo sobre os seus negócios e você acabou herdando toda a sua fortuna.


- Pergunte ao seu mentor espiritual onde está esse senhor?


- Ele me responde: - Hoje, ele é um de seus amigos espirituais que te acompanha. Vem à cabeça que o meu nome, nessa vida passada em Londres era George.


- Pergunte ao seu mentor espiritual por que você teve o merecimento de herdar toda a fortuna desse senhor?


Ele me diz: - Você, apesar de ter pouca comida, ainda dava para os gatos e arriscou a sua vida para salvar um homem que nem conhecia. Você também ajudou, pegando um pedaço de pão e repartiu com um senhor idoso, também morador de rua. E o resto do pão você comia e sempre dava para os seus gatos.


Por isso, teve o merecimento de sair da rua, da miséria, herdando toda a fortuna daquele senhor.


Ele lhe deu um teto, comida, estudo e carinho, tratando-o como se fosse o seu próprio filho. Você trabalhava de maneira honesta e doava uma parte de seu dinheiro às instituições de caridade. E hoje, você continua ajudando às pessoas, como fazia naquela existência passada.


Não fique chateado, tendo pena de seus irmãos. Lembre-se: Cada um recebe o auxílio que merece de acordo com às suas obras, seus feitos. É a lei do merecimento, do retorno. Seus irmãos – tanto nessa, como em outras vidas – nunca foram de ajudar as pessoas; pelo contrário, prejudicaram muita gente.


Não pense que hoje a sua vida é boa, que você tem sucesso financeiro e profissional, tem uma namorada que o ama e que lhe trata bem por acaso, sorte, mas, sim, por merecimento. É fruto de suas ações benevolentes de seu passado.


A vida é feita de escolhas; por isso, tanto o sucesso como o fracasso são resultados de boas ou más escolhas. Há pessoas que querem enriquecer, mas, não querem trabalhar, querem o fácil, os atalhos da vida.


Há ainda àqueles que querem passar no vestibular ou em concursos públicos, mas não estudam, não se empenham como deveriam e há outros que se queixam que não recebem amor, mas não dão amor, só querem receber de forma egoísta. Na vida, tudo funciona de acordo com a lei do merecimento.






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