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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Somos aprendizes da vida no processo evolutivo

Muitas pessoas ao lerem os meus artigos no meu blog, me enviam e-mails perguntando – após descreverem detalhadamente os seus problemas – qual a causa e a solução de suas angústias, inquietações e mazelas. Querem, via on-line, todas as respostas para as suas indagações, não levando em consideração que toda pessoa é única, um fenômeno muito singular, com características e sintomatológicas muito particulares. Respondo esses e-mails ressaltando, portanto, que cada pessoa traz consigo uma história de vida única. Por isso, há a necessidade de se agendar inicialmente em meu consultório, uma entrevista de avaliação (anamnese) para que eu possa conhecer melhor o paciente, isto é, sua história de vida, bem como me inteirar detalhadamente de seu(s) problema(s). Esclareço ainda, que só após essa entrevista é que damos início às sessões de regressão de memória. Muitos ainda querem uma solução ou um bálsamo para o seu sofrimento, sem querer abrir mão de nada. Ou seja, querem se livrar de seus problemas, mas, se recusam a mudar de atitude. Querem, por exemplo, se relacionar bem com o seu cônjuge, desde que ele (a) mude; querem que os seus obsessores espirituais – desafetos de suas vidas passadas – os deixem em paz, mas não querem pedir perdão por tê-los prejudicado no passado. Muitos desejam também se livrar da depressão, mas não querem exercitar a humildade, acham que a Vida lhes deve, pois não se curvou aos seus desejos, às suas expectativas. Outros ainda, numa atitude de rebeldia, de birra, se recusam a viver porque reencarnaram a contragosto na vida atual. Querem, sobretudo, que eu resolva, os livre de seus sofrimentos, transferindo para mim a responsabilidade de seu processo de mudança, de aprendizado, e de evolução espiritual, não percebendo que sou apenas um facilitador do seu processo de libertação.

Neste aspecto, esclareço aos meus pacientes que a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual – método terapêutico de autoconhecimento e cura criado por mim em 2006 é um trabalho de equipe, onde existem 3 partes envolvidas: o terapeuta (na verdade, nessa terapia, sou um facilitador, um co-terapeuta); o paciente (a parte mais interessada, onde o sucesso dessa terapia depende  mais dele); mentor espiritual (ser desencarnado responsável diretamente pelo crescimento espiritual do paciente – ele,sim, é o verdadeiro terapeuta do paciente, pois o conhece profundamente, vem acompanhando-o em várias encarnações). Como todo trabalho de equipe, é evidente que para se chegar a um resultado positivo, é necessário o esforço de todos os envolvidos. De minha parte, enquanto co-terapeuta, é necessário ter um conhecimento teórico e prático da psicologia humana e da espiritualidade.

Mas, sem a colaboração e o apoio do mentor espiritual do paciente na condução do processo terapêutico, os resultados, sem dúvida alguma, seriam medíocres.

Como parte integrante da equipe do Astral, eu me comparo a um coxo, um manco, que enxerga um pouco mais tentando ajudar um cego a atravessar a rua. É óbvio que como coxo trago também os maus hábitos, imperfeições das minhas vidas passadas, bem como os meus resgates cármicos. Como seres imperfeitos que somos, trazemos feridas não cicatrizadas de falhas no passado mais distante (vidas passadas) e no passado recente (vida atual).

Na verdade, somos todos aprendizes da vida no processo evolutivo, pois estamos sempre aprendendo e nunca sabemos o suficiente. Não obstante, a minha imperfeição não me invalida de eu ser um canal das forças espirituais (mentores espirituais) para auxiliar o paciente a se libertar das amarras de seu passado, bem como no seu processo de evolução espiritual. Por outro lado, ao paciente cabe querer verdadeiramente se libertar de seus problemas e estar minimamente com a mente aberta para passar pelo processo regressivo. É fundamental ressaltar aqui que o paciente é a parte mais importante desse trabalho, pois o resultado terapêutico vai depender muito mais dele do que do terapeuta e de seu mentor espiritual. Só vai depender do próprio paciente em trabalhar consigo mesmo no seu processo de mudança e reformulação de seu modelo de vida. Mas, tenho o prazer de dizer a todos que me perguntam sobre a eficácia da TRE, que essa terapia – na maioria dos casos – costuma ser um processo terapêutico muito bonito, em que há a vitória do paciente sobre a enfermidade de sua alma. Caso Clínico: Sentimento de incapacidade Mulher de 40 anos, solteira. Veio ao meu consultório se queixando de seu sentimento de incapacidade que a levava a ter muito medo de tomar decisões em sua vida. Tinha muito medo de assumir responsabilidades, de enfrentar a vida. Sentia-se insegura e se achava incapaz de fazer as coisas do dia-a-dia. Ao ter que tomar uma decisão, transferia o problema para sua irmã resolver. Portanto, era bastante dependente de sua família. Desde criança, sentia um vazio inexplicável, estava perdida e desorientada. Tinha também muita dificuldade de se comunicar com as pessoas, de expressar seus pensamentos e sentimentos.

Ao regredir, ela me relatou: – Sinto a minha língua inchar, parece que ela dobra dos lados, fica grossa (paciente fala de forma ‘enrolada’, com dificuldade). Estou vendo a cena de uma menina de cabelos compridos e escuros. O rosto dela é redondo, olhos pequenos e puxados, meio vesgos. Parece que ela tem um retardo mental (Síndrome de Down). Ela aparenta ter uns 6 anos… Sinto que essa menina, sou eu nessa vida passada. Estou sozinha, trancada num quarto escuro.

– Como você se sente? – pergunto à paciente. – Eu sinto um vazio grande dentro do meu peito… É o mesmo vazio que eu sempre senti, desde criança, na vida atual.

– Quem te trancou nesse quarto escuro? – pergunto-lhe. – A minha mãe. Ela não coloca muita mobília nesse quarto para que eu não me machuque. Na verdade, ela me deixa trancada para que eu não dê muito trabalho. Eu já me acostumei, fico parada nesse quarto (pausa). Vejo agora um menino, ele é o meu irmão mais novo. Ele veste uma camisa e um macacãozinho, seus cabelos são castanhos e curtinhos. Deve ter uns 4 anos. Minha mãe e o meu irmão parecem distantes de mim. Eu não sinto nada por eles. Não vejo outras pessoas, além deles. Eu não brinco com o meu irmão, passo a maior parte do meu tempo trancada nesse quarto. Minha mãe é alta, magra, usa um vestido longo e um gorrinho na cabeça. Ela me alimenta, e o resto do tempo fico trancada nesse quarto.

– Avance mais para frente nessa cena, para anos depois – peço-lhe. – Estou ardendo em febre, é noite, vejo uma lamparina acesa. Minha mãe cuida de mim, passa um pano úmido na minha testa. Estou deitada numa cama… Acho que eu morri por conta dessa febre. Não vejo mais nada, ficou tudo escuro.

– Pergunte mentalmente ao seu mentor espiritual qual o motivo de você ter vindo nessa vida passada com esse retardo mental? – peço à paciente. – Ele me diz que na Grécia antiga – numa outra vida – fui uma sacerdotisa, e que utilizei de forma errada o meu Poder, sacrificando muitas vidas como oferenda a um Deus. E, com isso, desrespeitei uma lei universal – a lei do amor fraternal – tirando essas vidas. O meu mentor espiritual está me mostrando uma cena… Vejo muito fogo e pessoas amarradas pelas mãos sendo queimadas. Diz ainda que por conta dessas vidas perdidas, eu vim com esse retardo mental nessa vida passada para não prejudicar mais ninguém. Fala que foi a minha alma que pediu à espiritualidade vir com esse retardo mental para eu não ter vontade de prejudicar às pessoas. Assim como não deixei muita gente viver, eu tive que aprender a valorizar mais a vida vivendo uma vida limitada, por conta desse problema mental nessa vida passada. Diz ainda que, na verdade, o meu retardo mental não era tão grave assim, e que eu não me esforcei para mudar a minha situação. Era cômodo de minha parte ser totalmente dependente de minha mãe. Eu me omiti, não me esforcei para me comunicar com ela porque eu poderia correr o risco de descobrir que ela não gostava de mim. Eu achava que se a minha mãe soubesse que eu era capaz de entender alguma coisa, ela não iria mais cuidar de mim. Portanto, sendo inválida mentalmente, ela teria que cuidar de mim. Diz também que na vida atual, apesar de eu reencarnar, desta vez, com um cérebro perfeito, ainda trago os resquícios daquela vida passada, sentindo-me incapaz mentalmente, duvidando da minha capacidade de fazer as coisas, achando que eu não sei fazer nada. Esclarece que só irei ter mais autoconfiança com o tempo, porque tomar decisões é ainda algo novo para mim, mas que vou conseguir.

Após passar por mais 4 sessões de regressão, a paciente me disse contente que não vinha mais aquele pensamento negativo de incapacidade “Será que vou dar conta, vou conseguir?”. Disse-me também que estava conseguindo tomar decisões em seu dia-a-dia, sem depender de seus familiares. Atividades comuns à maioria das pessoas, como ir ao banco, marcar uma consulta médica, fazer compras, ela estava conseguindo. Estava também se sentindo mais segura, mostrando mais autoconfiança ao se comunicar com as pessoas. Nessa terapia, com a ajuda de seu mentor espiritual, ela resgatou sua autoestima e o seu poder pessoal.


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