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Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Síndrome da Passividade

Como você age diante de um problema?


1º) Ignora a sua existência, falando para si e/ ou para os outros que não tem problema?

Sua esposa (ou marido) quer conversar para que vocês possam salvar o casamento, mas você se recusa, alegando que não há nenhum problema, que está tudo bem, negando a existência de dificuldades.

2º) Reconhece a existência do problema, mas distorce a sua dimensão, maximizando-a ou minimizando-a.

Seu casamento não vai bem, mas você alega que tudo vai passar (minimiza, desqualificando a gravidade do problema).

3º) Reconhece a existência do problema, avalia a sua dimensão de forma realista, mas desqualifica a possibilidade de solucioná-lo, achando que não tem solução.

Seu casamento vai de mal a pior, e você diz que não adianta conversar, que o seu cônjuge nunca vai mudar, que é um caso perdido.

Partindo do princípio de que uma pessoa saudável é aquela que responde (reage) adequadamente aos desafios da vida, procurando resolvê-los, ao fazer o contrário, ignorando o problema, distorcendo (maximizando ou minimizando) a sua dimensão, ou não buscando uma solução por não se sentir capaz, tais comportamentos caracterizam um distúrbio psicológico, que a psiquiatra americana Jacqui Lee Schiff chamou de Síndrome da Passividade.

A Drª Schiff identificou quatro tipos de comportamentos passivos diante de um problema, que fazem parte do quadro clínico dessa Síndrome:

1) Não fazer nada (inércia, inoperância);

2) Super adaptação;

3) Agitação ou queixume;

4) Incapacitação ou violência.

1) Não fazer nada:

Diante de um problema, a pessoa fica inerte, passiva, paralisada, não toma nenhuma atitude para resolvê-la por se sentir impotente, incapaz.

2) Super adaptação:

É excessivamente obediente, submissa, servil, não luta pelos seus direitos, pois tem medo de ser rejeitada ou repreendida. Apresenta também muita dificuldade de dizer não, uma necessidade grande de aprovação alheia, de querer agradar.

3) Agitação ou queixume:

Em vez de refletir, parar para pensar como resolver o problema, fica agitada, inquieta, nervosa, ansiosa, queixosa, busca culpar a(s) pessoa(s) pelos seus problemas, sem resolvê-los. Costuma cultivar também o vitimismo (sente-se injustiçada, tem pena de si mesma, entra em depressão).

4) Incapacitação ou violência:

Diante de um problema, reage se sentindo impotente, desmaiando, somatizando no corpo em forma de doenças psicossomáticas (crises alérgicas, enxaqueca crônica, vômitos, etc.) ou com explosões de ira, agredindo, xingando ou quebrando objetos.

A meu ver, existe ainda uma outra forma de passividade, de inépcia - são aquelas pessoas confusas que não conseguem estabelecer metas em suas vidas, e, se conseguem, não estabelecem metas claras, objetivas e atingíveis.

Nessa forma de passividade, é comum também encontrar pessoas que têm o hábito de fazer algo e não concluí-lo, deixando sempre pela metade o que fazem.

De todo jeito, o sentimento de impotência, frustração e incapacidade estão muito presentes na vida dos que sofrem de Síndrome da Passividade.

Na Terapia Regressiva Evolutiva (TRE) - método terapêutico de autoconhecimento e cura, criado por mim em 2006, o mentor espiritual (ser desencarnado, diretamente responsável pela nossa evolução espiritual) do paciente irá descortinar o véu de esquecimento de seu passado - desta ou de outras vidas, causador de seus problemas - nas sessões de regressão de memória, para que o mesmo possa se libertar das amarras (bloqueios) de seu passado e, com isso, se tornar uma pessoa autônoma (não autômato, refém de seus problemas), resgatando seu Poder Pessoal, isto é, a capacidade de conduzir sua própria vida.

O meu papel, enquanto terapeuta, é buscar abrir o canal de comunicação para que o mentor espiritual de cada paciente possa orientá-lo melhor, mostrando-lhe a causa, bem como o auxiliando na resolução de seus problemas.

Seu mentor espiritual irá conscientizá-lo também de seu verdadeiro propósito de vida na encarnação atual.

É importante esclarecer, que nessa terapia, a regressão de memória é um meio, um instrumento de autoconhecimento e cura, mas o fim em si dessa técnica é mostrar ao paciente - ao descortinar o véu de esquecimento de seu passado -, se está cumprindo ou não o seu programa reencarnatório (propósito de vida a que veio na jornada atual para suas aprendizagens; com isso, saberá se está no caminho certo ou se desviando de seu rumo verdadeiro).

Caso Clínico: Síndrome da Passividade Mulher de 30 anos, casada. Ela veio ao meu consultório, querendo entender o porquê de sua insegurança e medo diante da vida. Sentia-se impotente, incapaz de resolver seus problemas, transferindo-os para seu marido resolver, por não ter confiança em si.

Ao regredir, ela me relatou uma experiência de sua vida passada: - Sinto uma pontada no tornozelo e na panturrilha de minha perna esquerda. Está doendo... A sensação que me vem é que levei uma patada de um tigre e caí num buraco profundo. Estou presa e machucada dentro desse buraco. Fico pensando como sair daqui...

Eu me sinto impotente, não vejo a menor possibilidade de sair desse lugar. Percebo que esse sentimento é o mesmo que sinto na vida atual quando tenho que resolver um problema, por não vislumbrar uma solução.

Eu choro muito, grito alto para alguém me ouvir! (paciente fala chorando).

- Avance mais para frente nessa cena – peço-lhe.

- Na minha cabeça, só vem o pensamento de que vou morrer. Eu grito e choro muito até chegar à exaustão. Mas não adianta, ninguém me ouve, o buraco é muito fundo e fica dentro de uma floresta densa.

- Vá para o momento de sua morte nessa vida passada, e veja quais foram seus últimos pensamentos e sentimentos? – peço-lhe novamente.

- Eu me sinto impotente e incapaz. Perdi a minha autoconfiança, não acreditei que era capaz de sair daquela situação. Eu tinha que contar somente comigo. Após a minha morte, em espírito, eu saio de meu corpo, e me vejo de cima olhando para o meu corpo físico naquele buraco.

Vem o pensamento de que não fui capaz de lutar. Mas sinto que havia uma possibilidade: se escalasse o buraco, subindo, apoiando as mãos e os pés na parede, poderia de alguma forma subir, mas não tentei.

- Por quê? - Pergunto à paciente.

- Porque achei que não dava, fui passiva demais. O buraco, embora fosse bem fundo, não era tão estreito ou largo, a ponto de não conseguir me apoiar e subir. Eu não pensei nessa possibilidade.

Recordo, que as pessoas sempre faziam as coisas para mim, pois era muito inerte, bastante dependente nessa vida pretérita. Na hora em que me vi sozinha naquele buraco e sendo obrigada a me virar para sobreviver, não fui capaz de sair dali.

Em espírito, vem também o pensamento de que a vida me colocou nessa situação para eu reagir. Mas não reagi a essa provação. É como se a vida me desse uma última chance para fazer as coisas por mim mesma, sem depender dos outros.

No entanto, mesmo dotada de instinto de sobrevivência, não reagi diante de minha passividade. Eu nem tentei buscar uma saída, não consegui enxergar uma única possibilidade e acabei morrendo.

Trago à vida atual, esse sentimento de impotência, de não me sentir capaz de buscar saídas, soluções para os meus problemas. Após a minha morte nessa vida, em espírito, me dei conta de que precisava pelo menos ter tentado sair daquele buraco, ter lutado para sobreviver.

Esperei passivamente a morte chegar, só chorando. Se escalasse a parede daquele buraco fundo, poderia escorregar e cair, mas não importava o resultado. O importante era aprender que diante de um problema tinha que achar uma solução, pelo menos tentar.

Em verdade, aquele buraco foi uma situação extremada que a vida me colocou para reagir diante de minha passividade. Em espírito, tive a impressão de que mais uma vez não tinha conseguido cumprir a minha aprendizagem nesta vida terrena.

Nas vidas anteriores, também falhei, não aprendi a minha principal lição: ser uma pessoa autônoma, independente. (pausa).

Vejo agora um casal... São os meus mentores espirituais. Falam que, através dessa terapia, tive a oportunidade de saber qual a minha principal aprendizagem na vida atual. E que agora tenho condições de não continuar repetindo os mesmos erros de outras vidas, que é a minha passividade diante da vida.

Falam também para não me preocupar, que tudo está sendo resolvido. Sinto um grande amor vindo deles (paciente fala chorando).

Eles estão se despedindo, dizendo que nunca estou sozinha, que eles sempre estão por perto me ajudando”.

Após essa sessão, a paciente me disse que estava se sentindo muito bem, serena. É comum nessa terapia, o paciente sair do consultório, dessa forma, após conversar com o seu mentor espiritual. Disse-me também que agora estava mais confiante em sua capacidade de resolver seus problemas.




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