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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Rompendo com as crenças do passado

“Todas as coisas são precedidas pela mente, guiadas pela mente e criadas pela mente. Tudo o que somos hoje é resultado do que temos pensado. O que pensamos hoje é o que seremos amanhã: nossa vida é uma criação da nossa mente. - Dhammapada Somos hoje o resultado de todas as nossas ações do passado, isto é, das nossas ações oriundas de vidas passadas. Portanto, o meio onde a gente vive (meio socioeconômico e cultural), as pessoas (família, parentes, cônjuges, amigos, colegas de trabalho, chefia, etc.), os problemas e as dificuldades apresentadas, são determinados por nossas crenças.

Por isso, quando mudamos a nossa maneira de pensar, isto é, as nossas crenças (o que a gente acredita), mudamos as nossas vidas.

William James (1842-1910), o grande psicólogo americano, pioneiro da Psicologia da Consciência, incompreendido na sua época pelos academicistas preconceituosos, tão prejudiciais ao estudo da ciência pura e da livre busca da verdade, dizia: “A maior revolução de nossos tempos, é a descoberta de que, ao mudar as atitudes internas, os seres humanos podem mudar os aspectos externos de suas vidas”.

Em verdade, o que ele quis dizer é que são os nossos pensamentos e ações, as nossas crenças, que influenciam os nossos destinos. Mas se recusamos, se resistimos em mudar, mantendo as mesmas crenças, muitas delas, oriundas de outras vidas, criamos o Karma.

A palavra Karma é derivada do sânscrito Kri, que significa ação ou fazer. Ou seja, são os efeitos provocados por nossas ações anteriores (vidas passadas).

As escrituras milenares hindus, dizem que Karma é a lei equilibradora da causa e efeito, da ação e reação. Em palavras mais simples o significado de Karma se traduz no ditado popular:” Nós colhemos inevitavelmente o que plantamos”.

No livro “Karma Yoga”, Vivekananda diz: “Tudo quanto fazemos, física ou mentalmente, e deixa suas marcas em cada um de nós, é Karma. Existe também um sábio ditado hindu que diz: “Deus não dá o que você pede, mas, sim, o que acredita”.

Desta forma, enquanto você mantiver crenças equivocadas, fatos parecidos continuarão se repetindo em sua vida (insucesso amoroso, profissional, financeiro, familiar, saúde, etc.).

Em outras palavras, através de nossas crenças, os relacionamentos são levados, as profissões são escolhidas, as vidas são vividas, e o destino de cada um é cumprido. É bom ressaltar, nesse artigo, que Karma não tem nada a ver com a ideia de castigo imposto por Deus por termos feito algo de ruim no passado, mas, sim, na resistência em mudarmos, na repetição, em muitos casos por séculos, de crenças negativas.

Ao passar pela Terapia Regressiva Evolutiva (TRE) – abordagem terapêutica criada por mim em 2006 -, ao romper a barreira da memória dos pacientes - que os impedem de lembrar de suas vidas passadas -, muitos descobrem que vêm alimentando as mesmas crenças durante várias encarnações, inclusive na atual.

Por isso, ao passar pela TRE, identificando as crenças que provocam suas dificuldades e ao substituí-las adequadamente, os pacientes resolvem seus problemas.

Descobrem, que muitas de suas doenças ou desarmonias em seus relacionamentos amorosos, familiares e sociais foram criadas por eles através de suas atitudes e crenças negativas cultivadas, muitas vezes em diversas encarnações. Por isso já nascem predispostos às doenças. Muitas doenças só serão curadas, quando o paciente descobre que foi a sua própria atitude que as provocaram, e que está em suas mãos mudar seu comportamento.

Caso não faça isso, os medicamentos poderão aliviar por algum tempo, mas logo outros sintomas aparecerão.

O mesmo ocorre com pacientes que atraem para si pessoas problemáticas, complicadas em seus relacionamentos amorosos. Portanto, se são seus pensamentos e crenças que criam o seu destino, você tem a livre escolha de mudar sua vida.

Não obstante, há determinados acontecimentos, que independem de nossa vontade. Mas mesmo esses fatos foram determinados por nossas atitudes no passado, embora não tenhamos consciência delas por conta do véu do esquecimento, que nos impede de acessar os registros de memória do passado, arquivados em nosso inconsciente.

Caso Clínico: Por que contraí câncer?

Mulher de 31 anos, separada. Veio ao meu consultório, querendo entender a razão de ter contraído câncer na tireóide (passou por uma cirurgia e iodoterapia e, embora clinicamente estivesse bem, psicologicamente a doença a abalou muito).

Queria entender também, por que carregava tanta culpa em sua vida (sentia-se culpada por ter se separado de seu marido). Apesar de ser uma empresária com uma vida financeira relativamente boa, algo a bloqueava, limitava sua expansão, a impedia de ser mais próspera em sua profissão. Ao regredir, ela me relatou: “Vejo uma luz grande, amarela, brilhante. Dentro dela há um senhor oriental magro, veste uma bata branca”. (pausa). - Pergunte se ele tem algo a lhe dizer ou mostrar?

“A impressão que tenho (paciente se comunica com o seu mentor espiritual, intuindo-o em pensamento) é que ele me diz que a minha doença foi desenvolvida pela minha falta de esclarecimento, de aprendizado.

O meu mentor espiritual me esclarece, que vim na vida atual para me espiritualizar mais, estudar, mas que deixei o medo me dominar, a aflição acabou tomando conta de mim e não olhei para a beleza de minha vida.

Diz ainda, que nunca agradeci todas as dádivas que recebi. Fiz o que me comprometi a fazer no astral, antes de reencarnar na vida atual, mas me esclarece que não precisava viver de forma tão apreensiva, temerosa.

Fala que as oportunidades de evoluir, de me aprimorar são dadas a todo instante, a todo o momento, que Deus sempre está comigo me orientando, abençoando-me, e que não existe um Deus punitivo.

Na verdade, diz que trago comigo essa crença de muitas vidas. Esclarece, que Deus é só amor, carinho, bênçãos, e que todos nós nascemos para usufruir a beleza da vida, da natureza, das matas, dos pássaros, das flores, da chuva, o céu azul, as estrelas, a convivência com os nossos familiares, com os entes mais queridos.

Mas que nos limitamos, acreditando na falta, na carência, e que isso na verdade não existe. O que existe é uma mente que limita as bênçãos da vida.

Esclarece ainda, que a oração não deve ser feita de forma mecânica, automática. O sorriso de uma mãe carinhosa, amorosa com os filhos, o querer bem, é a verdadeira oração.

Explica que a minha doença, o câncer na tireóide, que tanto me aflige - é criação, produto de minha mente. O meu inconsciente produziu essa doença para que eu me afastasse (morresse) desse mundo terreno. - Mas por que você fez isso? Pergunte ao seu mentor espiritual.

“Ele diz que eu não me amava e não me sentia amada, e qualquer atitude que eu considerava errada, achava que fosse uma punição de Deus.

Ele me pergunta: - Você se recorda, que quando fumava falava para si:- Eu só vou parar de fumar se um dia tiver um câncer. Portanto, com sua mente, você desenvolveu essa doença.

Diz ainda, que o câncer na tireóide foi necessário também para pôr um freio em minha vida, pois eu fazia sempre mais do que podia, não respeitando os meus limites.

Cultivava a crença de que tinha que suportar qualquer situação porque era uma provação, um karma, e, portanto, teria que aguentar até o final.

Qual foi o resultado? Um casamento infeliz, desagradável. Você trouxe muitas crenças de vidas passadas, mas se firmaram com o modelo de sua mãe e, sobretudo, da Igreja Católica que teve uma forte influência em seus medos e limitações.

Você aceitou os dogmas da Igreja, como se para viver o ser humano precisasse de uma cartilha. Então, qual é o seu aprendizado? É romper com essas falsas crenças.

Cada vez que você rompe com uma crença que a faz sofrer, dá um passo para frente em sua evolução. Você sofria, dilacerava o seu corpo com sua revolta, sua submissão, não assumindo a responsabilidade pela condução de sua própria vida.

Você agia feito uma sonâmbula, o que as pessoas falassem, você obedecia. Até que acordou e deu um grito de independência. Percebe quantas coisas que conquistou depois que você se separou de seu marido?

Seus filhos, hoje, são mais felizes, são espíritos evoluídos. São seres altamente capacitados, preparados, seres que você recebeu para dar um suporte no desenvolvimento intelectual deles.

Se você não tivesse se separado, isso não teria acontecido, pois o desequilíbrio era muito grande em seu lar, e nenhum esforço do plano espiritual seria possível se não tivesse tomado a decisão de se separar.

Desta forma, com essa atitude, o seu lar foi higienizado psicológica e espiritualmente, pois todos os obsessores - entidades espirituais desencarnados das trevas – que estavam tumultuando o seu lar, foram retirados.

Ele pede também, para eu exercitar a minha autoestima. Diz para eu repetir diariamente: - Eu sou saudável, perfeita, todas as minhas células se renovam diariamente e, nessa renovação, elas nascem saudáveis, perfeitas.

Esclarece ainda, que esse exercício mental que preciso fazer é porque eu exercitei exatamente o oposto, isto é, vivendo negativamente, sempre temendo contrair o câncer. Agora, vou ter que fazer o contrário, uma reprodução mental positiva.

Fala que a minha intenção é o que constrói a minha vida, e que ela está nas minhas mãos, mas amparada e sustentada por Deus e com a proteção deles, dos espíritos superiores.

Diz também, que tenho um grande trabalho para fazer, preciso exercer a minha liderança, o meu magnetismo, a ética nos negócios como empresária porque nesse trabalho estou gerando milhares de empregos. E que Deus irá abençoar o meu trabalho, porque isso gerará sustento a muitas pessoas.

Pede para não ficar fugindo das minhas responsabilidades, esquivando-me dessa função porque eu penso que o aspecto espiritual é mais importante do que ser empresária.

Diz que o plano terreno precisa de pessoas como eu para cuidar do lado material, prover o sustento das pessoas.

Agradece ao senhor pela oportunidade que teve para me orientar, e está nos abençoando... Ele está irradiando uma luz branca, intensa, muito bonita... Está, agora, se dissipando”. Após passar por mais quatro sessões de regressão, a paciente estava mais centrada, em paz, não se sentia mais culpada pela sua separação, e estava mais autoconfiante e motivada em seu trabalho.




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