Este é um velho e conhecido ditado hindu, que sempre utilizo ao explicar para os meus pacientes que não é por acaso a vinda deles ao meu consultório.
Na vida, o que realmente importa é estarmos abertos, receptivos para a verdade. Por isso, o grande Mestre Jesus dizia: "A Verdade Vos Libertará".
Realmente, a verdade liberta, mas, apenas para aqueles que estão prontos, maduros para entrar em contato com ela.
Neste sentido, a Terapia Regressiva Evolutiva (TRE) – A Terapia do Mentor Espiritual (ser espiritual de elevada evolução, responsável diretamente pelo nosso crescimento) -, como instrumento de autoconhecimento e cura, criada por mim, propicia, através do mentor espiritual de cada paciente, revelações da causa de seus problemas.
No entanto, para isso, o discípulo (paciente) precisa estar aberto, receptivo para sintonizar-se com o seu Mestre (mentor espiritual), querer efetivamente passar por essa terapia.
A humildade é uma condição prévia para saber algo do passado, pois cada existência (encarnação) é acompanhada do esquecimento (barreira da memória que ocorre em forma de amnésia e não nos deixa recordar as vidas passadas).
Porém, este esquecimento é providencial, um presente Divino para facilitar as lições de vida, os aprendizados necessários, por conta dos resgates cármicos, isto é, de erros cometidos no passado.
Se para muitos é insuportável à lembrança de fatos acontecidos em sua infância, que são reprimidos e lançados no inconsciente (desvendados por Freud), o que dizer de lembranças de atrocidades que todos cometemos em vidas passadas?
Por isso, é imprescindível que o paciente tenha um mínimo de humildade para admitir sua ignorância (vemos a vida por meio da fresta de uma fechadura) e, com isso, abrir-se para o aprendizado mais profundo da vida.
Caso contrário, o orgulho da mente racional do ego - que se manifesta através das argumentações de dúvidas, incredulidade e ceticismo - irá impedi-lo, nas sessões de regressão, de entrar em contato com o que o seu mestre espiritual e receber suas sábias orientações a respeito da causa e resolução de seus problemas, bem como os aprendizados necessários e indispensáveis à sua evolução espiritual.
É importante ressaltar, que, na TRE, o paciente intui em pensamento o que o seu mentor espiritual lhe diz.
Portanto, nessa modalidade de terapia, é imprescindível que o paciente confie em sua intuição, isto é, no seu 6º sentido, que é o sentido de sua alma, do seu espírito.
Mas, para acessar a sua alma, é muito importante que o paciente não deixe que a mente racional de seu ego (dúvida, incredulidade, medo, ceticismo) interfira, colocando em xeque a existência de seu mentor espiritual, achando que é tudo uma "fantasia", produto de sua "imaginação fértil".
Mesmo, ao regredir em vidas passadas, alguns pacientes me indagam: “Tudo o que trouxe nas sessões de regressão, não foi fruto de minha imaginação?”; “Como posso saber se o que falei para você na regressão não foi fruto de minha imaginação?”
Portanto, quanto mais racional e cético for o paciente, mais tenderá a encontrar dificuldades em se entregar no processo regressivo.
Por isso, quero esclarecer, que essa terapia é contraindicada a pacientes excessivamente céticos, incrédulos, que não acreditam em vidas passadas, reencarnação, vida após a morte, mundo espiritual, lei do retorno ou carma, etc.
A nossa cultura ocidental racional, cartesiana, tecnicista, reprime esta preciosa função - a intuição - que acaba sendo atrofiada em muitas pessoas, principalmente nos homens, por conta do processo educacional, que valoriza mais o pensar do que o sentir, e que desconsidera a intuição.
Albert Einstein dizia que duas coisas são infinitas: O universo e a estupidez humana.
Isto ajuda a explicar por que os grandes homens foram tão pouco compreendidos e tão estupidamente julgados, quando não crucificados, como aconteceu com Cristo.
Ele dizia ainda, que “não existe um caminho lógico para descobrir as leis universais; o único caminho é a intuição”.
Na maioria dos casos, a vinda do paciente ao meu consultório teve influência de seu mentor espiritual. Certa ocasião, no final do tratamento, perguntei ao mentor espiritual do paciente: - Por que o senhor o influenciou a me procurar?
Assim ele me respondeu: - Essa terapia, a TRE, foi a única forma que encontrei para me comunicar com o seu paciente e ajudá-lo.
Veja, a seguir, o caso de uma paciente, que veio ao meu consultório por conta de um problema no trabalho, criado pelo próprio mentor espiritual, com o intuito de ajudá-la.
Caso Clínico:
Competência profissional não reconhecida no trabalho.
Mulher de 25 anos, solteira.
A paciente veio ao meu consultório se queixando que, apesar do seu chefe valorizar o seu trabalho, a sua competência profissional, não a reconhecia financeiramente, não a promovia para um cargo de mando.
Disse-me que era muito visada pelos colegas de trabalho, que a humilhavam, querendo competir com ela, por sentir inveja de seu bom desempenho profissional. Portanto, não se sentia acolhida e aceita no seu ambiente de trabalho.
Queria entender também, por que desde criança sentia falta, saudade de alguém, mas não sabia de quem (falou chorando copiosamente).
Tinha muito medo de errar, de fazer algo errado. Era muito dura consigo mesma quando cometia um erro, a ponto de não se perdoar.
Por fim, queria saber por que tinha conflitos, brigas constantes com sua mãe e a irmã mais velha (era a caçula da família).
Ao regredir à sua vida passada, ela me relatou: "Vejo um lago, estou lavando o rosto feliz, meu cavalo toma água... Agora está vindo ao meu encontro, um rapaz galopando em seu cavalo.
Ele desce para lavar o rosto também. Estou rindo porque ganhei a corrida. Ele tem cabelos castanhos claros, rosto bem delineado e forte, mais alto do que eu. Parece que vestimos uma roupa parecida, de montaria.
Sou mulher, branca, minhas mãos são delicadas, uso botas, meus cabelos são ruivos. Devo ter uns 20 anos e o rapaz é mais velho, uns 30 anos... Ele é o meu marido. Moramos num castelo enorme. É um lugar bonito, vasto, de muita vegetação, muito verde. Nós governamos essa região. Existem muitas moradias e habitantes.
Meu pai morreu e tive que assumir no lugar dele. Fui preparada para ficar em seu lugar porque sou a irmã mais velha, pois somos em duas.
A minha irmã dessa vida passada, eu a identifico como sendo a minha irmã mais velha da vida atual. E a minha mãe dessa vida passada, eu a reconheço como sendo a minha atual, irmã do meio.
Agora, explica o porquê na vida presente a minha irmã do meio sempre quis me proteger, tomar conta de mim. Ela agia como se fosse a minha mãe. Claro, ela foi a minha mãe dessa vida passada.
Era uma senhora muito tranquila, mas quase não cuidou de mim nessa existência passada, pois, foi o meu pai que cuidou de minha educação porque queria me preparar para o dia em que ele viesse morrer.
Meu pai era um senhor de barba, cabelos curtos, uns 40 anos. Veio a falecer de uma febre alta por conta de um ferimento, de uma doença que não sei precisar o que era.
Minha mãe gostava muito dele, cuidou dele quando estava doente. E quando ele morreu, precisei me casar. O meu marido era meu vizinho, de uma propriedade vizinha, e, quando nos casamos, ampliamos o domínio na região, pois juntamos as nossas propriedades.
Ele era um marido maravilhoso, tinha muita paciência comigo e sempre lutava pelas nossas terras. Era muito corajoso. Eu o amava muito, mas não podia mostrar em público os meus sentimentos.
Era muito perigoso, tinha muita gente que queria ocupar o meu lugar (ela faz uma analogia dizendo que, na vida atual, sempre teve dificuldades, ficava constrangida em demonstrar afeto em público, pois se sentia vulnerável, fraca).
Se eu demonstrasse que o amava em público, seria um ponto de vulnerabilidade. Por isso, a gente não demonstrava nenhum afeto entre nós, e, mesmo com a minha família.
Tínhamos que ser formais, fortes, passar uma imagem de seriedade e respeito. Tive um filho que morreu, mas não tive certeza se foi de doença ou foi assassinado, envenenado.
A minha irmã menor vivia tramando; ela era muito fútil, fazia alianças com quem não devia. Ela queria o meu lugar, me causava muita tristeza (paciente relata que na vida atual as duas sempre tiveram uma relação conflituosa pelo fato de sua irmã fazer intrigas, fofocas, mentiras a respeito dela para os outros).
Ela tinha muita inveja de mim, pois achava que ela era que devia governar. Junto com o seu companheiro, tramavam muitas coisas para me prejudicar.
- De que forma? - Pergunto à paciente.
“A minha irmã fez várias intrigas, fofocas, me dizendo que o meu marido estava me traindo com outra mulher. Acabei acreditando nessa trama inventada por ela e acabei brigando com ele, pois duvidei de suas palavras (paciente começa a chorar).
Ele ficou muito triste, magoado, por não acreditar nele. Nossa vida mudou muito, depois desse episódio. Ele andava desgostoso, infeliz, e, com isso, foi ferido numa batalha, e veio a morrer”.
- Veja o que ocorreu após sua morte? - Pergunto à paciente.
“Eu sentia muito a falta dele (paciente chora copiosamente). Não sabia mais viver sem ele, cometi alguns erros de julgamento no governo. Ele não estava mais para me ajudar como fazia antes. Eu me sentia muito fragilizada, desamparada sem ele.
A minha irmã conseguiu me afastar, alegando para o conselho que eu não estava no meu juízo perfeito e acabou assumindo o meu lugar dizendo ao povo que eu estava em tratamento. Ela não podia me matar porque isso poderia provocar uma revolta grande do povo. Entrei numa depressão profunda, em meu quarto, comia muito pouco, e acabei morrendo".
- Veja o que acontece após sua morte? - Peço-lhe.
“Estou num jardim, no Astral (mundo espiritual), choro muito. As entidades espirituais de luz estão à minha volta, falam que eu não devia chorar, pois vou ter outra oportunidade de voltar, de reencarnar e encontrar o meu marido daquela vida passada.
Mas o meu coração dói, não devia ter acreditado em minha irmã, não queria que ele tivesse morrido magoado.
Queria que ele me perdoasse, queria poder consertar o que fiz, voltar na época em que fomos muito felizes (paciente entende agora por que na vida atual é tão dura consigo mesma, não se perdoa quando comete um erro, tem tanto medo de errar)".
- Você chegou a revê-lo no plano espiritual, após sua morte? - Pergunto à paciente.
“Não. Eu tentei encontrá-lo, mas não consegui. Na verdade, eu reencarnei na vida atual para reencontrá-lo. Mas tenho muito medo de não o reconhecer, de que talvez ele não tenha me perdoado. Sei que ele está aqui na vida atual, reencarnado (pausa)".
- Volte novamente àquele jardim no astral – Peço-lhe.
“Estou caminhando, junto com o meu mentor espiritual. Ele não fala nada. Ainda sinto saudades de meu marido. Meu mentor pede para eu ter paciência, que um dia vou encontrá-lo, mas tenho que ter muita paciência.
Diz que as coisas não acontecem no tempo que eu quero, mas no tempo que precisa acontecer. Fala para eu ter fé no meu destino.
Confirma, que eu reencarnei na vida atual, para procurar o meu marido e diz que já estivemos próximos, várias vezes, mas a mágoa que carregamos, acaba nos afastando.
Esclarece, que se um ou outro não resolver essa mágoa, não vamos nos encontrar de novo, na vida atual".
- De que forma você pode tirar essa mágoa? Pergunte ao seu mentor espiritual.
“Fala para orar a Deus e pedir para nos ajudar a limpar essa mágoa. Ele me diz que a vida é cercada de milagres, mas nós não paramos para percebê-los por que somos muito racionais, só enxergamos o nosso próprio cérebro.
Pede para eu escutar mais a voz de meu coração, de minha alma. Esclarece que, quando eu perceber que a minha vida é cercada de luz, não vou mais chorar, ficar triste; assim, tudo vai ficar mais fácil.
Diz que em várias existências eu mandei muito, e que agora, na vida atual, preciso aprender a obedecer. Não devo reclamar de títulos, cargos porque eu já tive muitos em vidas passadas. Fala que título é só título, mas o mais importante é a aprendizagem que se obtém com o cargo que ocupamos.
Esclarece ainda, que em outras vidas, tive vários títulos, que eu mandei, e que nem sempre fui boa. Às vezes, cometi injustiças, mas não foi por querer.
Diz que tudo é uma questão de circunstância, pois as pessoas ao tomarem uma decisão, veem apenas um aspecto da situação e acabam sendo injustas. Fala que no passado, muitas pessoas invejavam os meus cargos. E essas pessoas são hoje os meus colegas de trabalho. Diz para eu não dar atenção às coisas pequenas, afinal, não está faltando nada em minha vida, não estou passando por necessidade. Então, qual é o problema? - ele me pergunta.
Ressalta, que o que importa é me lembrar das pessoas que me ajudaram. Diz ainda que o fato de eu brigar constantemente com a minha mãe tem como origem quando eu estava no útero dela.
Explica que, na vida atual, como minha mãe perdeu dois filhos, antes de mim, ela não queria mais engravidar. Então, quando estava em seu útero fiquei com raiva dela porque queria nascer para reencontrar o meu marido da vida passada.
Eu me perguntava: - E se ela não me deixar nascer? Assim, eu achava que ela iria atrapalhar o reencontro com o meu marido. Pensava que ela estava sendo muito egoísta, que só pensava nela. Por isso, o meu mentor espiritual me esclarece o porquê de eu sempre brigar com minha mãe.
Mas ele fala que a minha mãe não tinha nada contra mim, não foi nada pessoal o fato dela não querer ter outro filho. Na verdade, ela estava traumatizada por perder dois filhos seguidos, antes de mim.
Fala ainda que a minha mãe sente falta de meu carinho, e que eu posso conviver melhor com ela, até para não levar essa situação numa vida futura.
Revela que a minha vinda ao consultório não foi por acaso, que há bastante tempo era para eu ter vindo aqui. Por isso, ele precisou criar um problema maior em minha vida (problemas no trabalho) para que eu tivesse um motivo, uma justificativa maior para procurar o senhor.
Explica que foi a única forma que encontrou para acelerar algumas coisas na minha vida. Ele pede a minha compreensão, que eu entenda que ele tem paciência comigo, mas têm coisas que não dá para esperar, que eu aprenda sozinha".
- Pergunte-lhe se há necessidade de continuarmos o nosso trabalho? (era sexta e última sessão de regressão).
“Diz que está muito feliz por eu ter entendido muitas coisas nessa terapia, mas que foi só um começo. Pede para fazer uso do que aprendi. Acha que foi o suficiente o que ele me passou, e que outros conhecimentos virão no futuro, mas, por enquanto é o suficiente. Fala que a chave de tudo é o coração porque ele, sim, sabe as respostas. Explica que “ouvir o coração” é uma figura de linguagem, mas, na verdade, é escutar a minha alma, ou seja, ouvir o meu eu verdadeiro e não o ego, a mente racional. Diz que o meu eu verdadeiro, a minha alma, é o que me liga ao universo, ao nosso grande Pai.
Finaliza, dizendo que está sempre comigo me ajudando, e pede para agradecer ao senhor como facilitador e continuar com esse trabalho maravilhoso que é a Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), pois tem ajudado muitas pessoas a encontrarem os seus verdadeiros caminhos".
No final da sessão de regressão, a paciente me disse que estava se sentindo muito bem, mais livre, mais solta e alegre.
Ressalto aqui, que o contato com o mentor espiritual costuma proporcionar efeitos terapêuticos bastante positivos na vida dos pacientes, por conta de sua sabedoria e profundo amor, além do que, o mentor conhece muito bem o paciente por acompanhá-lo já em várias encarnações.
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