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Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Por que fazer a T.R.E?


Na Terapia Regressiva Evolutiva (T.R.E), a reencarnação é um dos pressupostos fundamentais.


A reencarnação pressupõe não apenas a existência do espírito, mas também sua sobrevivência à morte.


No meu entender, ela é a porta e a chave para se compreender muitos dos problemas pessoais e coletivos.


Na maioria das vezes, quando os relacionamentos são difíceis, dolorosos e truncados entre casais, familiares, parentes, amigos, colegas de trabalho, chefes, sócios, a causa pode advir de experiências que essas pessoas tiveram entre si em vidas passadas.


As desigualdades sociais, as doenças incuráveis, principalmente em crianças, as tragédias coletivas, as mortes prematuras, os talentos, as habilidades e a genialidade de crianças que não tiveram nenhuma influência dos pais, podem ser resultados de muitas vidas.


No meu entender, gênio é a pessoa que em várias encarnações desempenhou a mesma função.


Certa ocasião, assisti uma reportagem de um programa na TV, onde uma menina de 11 anos de uma favela do Rio de Janeiro, tocava piano sem nunca ter aprendido (ela nunca teve aula de piano, ninguém a ensinou).


Certamente, sua habilidade em tocar piano não foi aprendida nesta vida, portanto, não fazia parte de seu cérebro físico, e, sim, de uma vida passada, de sua memória extra cerebral (fora do cérebro) ou perispiritual (corpo espiritual).


As experiências de vidas passadas ficam arquivadas em nosso inconsciente e são elas que vão determinar como será nossa próxima encarnação, quem serão nossos pais, e, quais valores e aprendizados vamos precisar aprender e exercitar.

Durante séculos, a única abordagem para se analisar a tese da reencarnação foi a religiosa, a mística e a filosófica.


Mas, a partir do século passado, e, principalmente, desde 1950, os cientistas começaram a pesquisar o assunto dentro de uma metodologia científica.


Muitos desenvolveram pesquisas, mas três cientistas devem ser citados pelas seguintes razões:

a) Reconhecida idoneidade científica (eram muito respeitados quando em vida pela comunidade científica internacional);

b) Sólida formação teórica, pois eram do meio acadêmico. Somente publicavam os resultados de suas pesquisas, após fazerem pesquisa de campo, ou seja, in loco, verificavam as evidências dos fatos;

c) Nenhum deles era discípulo do outro. São eles: 1) Dr. Ian Stevenson: Diretor do Depto de Psiquiatria e Neurologia da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia, nos EUA. Publicou no Brasil, em 1971, seu livro: “20 casos sugestivos de reencarnação”.


Ele pesquisou crianças com recordações de vidas passadas que se perpetuavam até a fase da puberdade. Pesquisou também crianças com marcas de nascença, que elas recordavam, associando-as a forma como morreram na vida pretérita.


Após pesquisar mais de 3000 crianças em várias partes do mundo que recordavam espontaneamente suas vidas passadas, ele e sua equipe da Universidade de Virgínia, selecionaram 20 casos de crianças dos seguintes países: 7 na Índia; 7 no sudeste do Alasca; 3 no Ceilão; 2 no Brasil e 1 no Líbano.


No Ceilão, ele relata um caso muito interessante de recordação de vidas passadas de uma criança de 2 anos e meio de idade, que nasceu em 1947 com acentuada deformidade no lado direito do peito e no braço direito.


O menino andava pela casa de modo solitário falando sozinho. A mãe o ouviu falando que seu braço direito era disforme porque ele havia assassinado sua mulher na vida anterior.

Mencionou uma série de detalhes a respeito do crime do qual a mãe nada sabia.

Intrigada, foi perguntar ao marido a respeito das declarações do menino, e ele, surpreso, confirmou a exatidão do que o garoto dissera.


O marido lhe disse que seu irmão mais novo havia sido executado em 1928, por ter assassinado a esposa. Portanto, depois de 19 anos, após ter sido executado, seu irmão mais novo reencarnou como seu filho.

2) O outro cientista é o professor Hamendra Banerjee, indiano, que pesquisou a reencarnação, desde 1953.


Ele pesquisou mais de 1100 casos de reencarnação em várias partes mundo.


Este cientista preferiu usar o termo “ Memória extra cerebral”, em lugar de reencarnação, pois muitas das habilidades apresentadas por essas crianças gênios, que ele estudou, não foram aprendidas na vida atual e, portanto, não faziam parte de seus cérebros físicos.

3) O 3º pesquisador é o Dr. Hernani Guimarães Andrade, brasileiro, era muito respeitado pela comunidade científica internacional e pouco conhecido entre nós.


Foi diretor Presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (I.B.P.P) em Bauru, São Paulo.


Ao longo de 40 anos de atividades nesse campo, divulgou seus trabalhos através de artigos, conferências, congressos, cursos, livros, muitos deles publicados no exterior (recomendo a leitura de seu livro “Reencarnação no Brasil”).


Pesquisou a reencarnação, desde 1969. Em uma conferência que proferiu em São Paulo, ele apresentou 28 tipos de evidências de reencarnação.


CASO CLÍNICO: Medo da Intimidade

Mulher de 32 anos, solteira.

Veio ao meu consultório por conta de sua dificuldade afetiva de se relacionar com as pessoas.


Não se permitia ser íntima nos seus relacionamentos afetivos. Seus relacionamentos amorosos, familiares, sociais e profissionais eram sempre superficiais.


Tinha muita dificuldade de expressar, demonstrar seus sentimentos. Os homens a rotulavam de fria e insensível, pois não se permitia se envolver, entregar-se afetiva e sexualmente.


Após passar por quatro sessões de regressão, na quinta sessão, ela me relatou: “Estou vendo o meu corpo flutuando, solto no espaço, na imensidão do universo...


É uma vida passada, eu me vejo como homem, alto, robusto, cabelos escuros, usando uma roupa estranha, parece prateada do tipo macacão, e, calço botas também prateadas.


Sinto uma sensação no meu corpo, uma energia que sobe do meu estômago para cima em círculo, em espiral, é uma sensação que mexe dentro de mim. Sinto que meu corpo está solto, vagando no espaço”.

Em seguida, peço-lhe que regrida, retroceda um pouco antes desta cena para entender o que foi que aconteceu para estar vagando no espaço.


“Eu venho de outro planeta, os habitantes são seres como a gente, mas não consigo vê-los nitidamente.


Eu saí desse lugar, fui expulso. Eu não cumpri as normas, passei por cima delas, desrespeitando as pessoas.


Eu era arrogante, me sentia superior aos outros.


Eu era ruim, maldoso, meu pai era o líder desse planeta.


Não obedecia nem ao meu pai, pois me colocava acima dele.


Por outro lado, eu sentia admiração por ele. Eu o via como um homem poderoso, tentava imitá-lo.


Ele era superior, estava no topo da hierarquia.


Eu saí desse planeta porque tinha que aprender uma lição, conhecer a humildade, viver bem com as pessoas.

Os habitantes desse planeta são muito solidários, unidos, todos são irmãos e irmãs. Não há separação de família.


Mas, embora solidários, não colocam as emoções em primeiro plano, não demonstram suas emoções.

Tenho vontade de chorar; porém, só fico na vontade.


Vem o pensamento de que não devo chorar, não posso chorar. Só as pessoas fracas choram - eu aprendi com eles essa crença.


Eu não podia ter sentimentos. Agora estou entendendo o porquê na vida atual estou encontrando dificuldade de me entregar, de ser íntima nos meus relacionamentos.

Na verdade, eu não me entrego afetivamente porque tenho medo de perder a liberdade.


A partir do momento que eu saí daquele planeta, eu conquistei a liberdade. Eu me sentia muito preso, amarrado, tolhido, porque tinha que seguir regras rígidas da comunidade, não tinha liberdade.


A minha liberdade foi conquistada com muito sacrifício e hoje eu tenho medo de perdê-la.


Penso que se eu me vincular afetivamente a alguém, nesta vida atual, vou perder a minha liberdade. Por isso, não quero estar presa a nada, a ninguém.

Agora estou entendendo também que a sensação de estar girando, flutuando no espaço, é a sensação de liberdade que sinto.


Lembrei agora do meu nome: É Sarakin e, quando falo, minha voz tem eco. Tenho a impressão de que a gente se comunica pelo estômago, através de um aparelho”.

Peço-lhe, em seguida, para que ela vá para o momento de sua morte nesta vida passada.


“Estou sendo julgado por todas aquelas pessoas. Eles não demonstram sentimentos, não têm sentimentos. Estou ressentido por essa falta de sensibilidade.


Eles não podiam fazer isso comigo, decidem que devo reencarnar no planeta Terra, onde terei que evoluir. Explicam para mim que o dia que eu aprender a conviver com as pessoas, isto é, trabalhar o meu orgulho, a minha prepotência, estarei mais evoluído.


E, se eu quiser constituir uma família aqui na Terra, vou ter que abrir mão de minha liberdade, ou seja, não vou poder fazer tudo o que eu quero.


Vejo agora várias pessoas me preparando para eu reencarnar pela primeira vez na Terra... Estou agora dentro do útero, me vendo como um feto”.

Como a nossa sessão de regressão já havia passado muito do horário, resolvi encerrá-la para darmos continuidade na semana seguinte.


Visivelmente emocionada, no final da sessão, ela me disse: “O preço que estou pagando na vida atual pela minha liberdade está me custando muito caro. Sinto uma solidão muito grande por não ter alguém que me ame e me faça feliz.


Mas, a sessão de hoje, me reacendeu o desejo de me relacionar afetivamente com as pessoas, principalmente, com os homens”.

Na 6a e última sessão de regressão, a paciente chegou muito feliz dizendo que conhecera um rapaz e que, pela primeira vez em sua vida estava apaixonada, pois sentia-se bem mais aberta, mais carinhosa e espontânea em demonstrar seus sentimentos, o mesmo ocorrendo também com seus familiares, amigos e colegas de trabalho.


Por conta dos resultados que ela obteve nessa terapia, demos por encerrado o nosso trabalho.



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