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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Por que as perdas na vida?


Buda dizia que um dos pilares que sustenta o sofrimento humano é o apego, ou seja, apego de toda ordem: bens materiais, crenças, mágoas, ressentimentos do passado, perdas de entes queridos, emprego, etc. Por conta do apego, muitos homens preferem tirar as vidas de suas esposas do que perdê-las para outros (crime passional); reagem a um assalto, preferindo perder suas vidas do que entregar o que o assaltante quer; outros, quando perdem um ente querido, por conta de uma doença, acidente, divórcio, não conseguem se desapegar da perda, não se conformam, revoltam-se, ficam agressivos, infelizes. Há ainda aqueles que perdem tudo em sua vida: marido, esposa, filhos, emprego, dinheiro, saúde, etc. Mas a pior das perdas, sem dúvida, é a da fé, da esperança, pois quando as perdemos, deixamos de compreender as lições que precisamos extrair das experiências dolorosas da vida. Ou seja, o que mais importa ao nosso aprimoramento espiritual - enquanto seres espirituais em evolução - são as lições que devemos extrair, diante das adversidades da vida. Por isso, lidar com o sofrimento do apego, das perdas - embora dolorosas - é um aprendizado, uma oportunidade ímpar em nossas vidas, pois, quando sofremos e não aprendemos nada, desperdiçamos a chance de evoluirmos, aprimorarmos o nosso espírito, e, o pior, desperdiçamos toda uma encarnação. Veja, a seguir, o caso de uma paciente, que perdeu seu filho de 18 anos, num acidente de carro. Caso Clínico: Perda de um filho. Mulher de 43 anos, casada, três filhos, um falecido. A paciente veio ao meu consultório com depressão, tristeza profunda, pois perdera seu filho de 18 anos, num acidente de carro. Antes do acidente, sentiu um forte pressentimento de que iria acontecer algo de ruim com ele, mas não conseguiu evitar que o mesmo fosse viajar com o seu sobrinho (o acidente ocorreu numa rodovia - um carro na pista contrária, ao fazer a ultrapassagem, colidiu de frente ao carro onde estavam o filho da paciente e o seu sobrinho que dirigia o veículo, onde ambos vieram a falecer). Hoje tinha medo, fobia dela mesma ou um ente querido vir a perder a vida, num acidente de carro. Isso a atormentava muito em seu cotidiano. Quando ela tinha 18 anos, com frequência via flashes, imagens de velório, repentinamente, sem um motivo aparente. Sentia-se deprimida, desanimada e desvitalizada. Há dois anos, sofria também de uma enxaqueca muito forte. Após ter passado pela 4ª sessão de regressão, na 5ª sessão, a paciente me relatou: "A minha mentora espiritual diz que está aqui comigo, embora não a veja... Momentos antes, tive a impressão que alguém estava rindo de mim aqui no consultório". - Pergunte à sua mentora espiritual se ela pode lhe dizer quem estava rindo de você? - Peço à paciente.


"Diz para não me preocupar, que está me protegendo". (pausa).


- Pergunte se ela tem mais algo a lhe dizer? – Peço-lhe


"Diz que tenho tudo para ser feliz, pede para ficar calma. Diz ainda, que além de ser a minha mentora espiritual é também a minha mãe espiritual (é a mãe de sua família espiritual, de onde a paciente veio do astral, antes de reencarnar), e que, por isso, não tenho afinidade com a minha mãe biológica da vida atual". - Pergunte-lhe qual a causa de sua depressão, desânimo e desvitalização? - Peço à paciente.


"Escuto novamente às gargalhadas... É uma risada masculina, de um ser espiritual das trevas. Fala que foi o meu amante de uma existência passada". - Pergunte por que ele ri de você?


"Porque estou sofrendo, que tem raiva de mim, pois não tive coragem nessa vida passada de me separar do meu marido para ficar com ele. (pausa).


Revela também, que nessa existência passada morremos juntos num acidente de carro (paciente fala chorando)". - Pergunte-lhe há quanto tempo ele vem te acompanhando?


"Diz que sempre, em todas as vidas, mas quer o meu perdão. Fala que o seu nome é Alfredo".


Em seguida, peço à paciente que façamos juntos a oração do perdão para esse ser espiritual, emanando-lhe a luz dourada de Cristo para ajudá-lo a ir para a luz. (pausa).


Após a oração, a paciente me disse: - A minha mentora espiritual explica que ele vai para a luz, que precisava do meu perdão, porém, precisa de mais oração".

- Pergunte à sua mentora espiritual qual é o seu principal aprendizado na vida atual?


"Diz que é resgatar a alegria de viver, pois a perdi na vida anterior à atual. Esclarece ainda que presenciei muitas mortes, perdas de entes queridos, que passei por uma grande tragédia na vida passada ". - Onde ocorreu essa tragédia? - Pergunto à paciente.


"Ela fala que foi no holocausto (durante os seis anos da 2ª Guerra Mundial, foram assassinados pelos nazistas aproximadamente 6 milhões de judeus - incluindo 1 milhão e meio de crianças - representando um terço do povo judeu naquela época).


Diz ainda que nessa vida passada, perdi os meus pais e vi muitas mortes no campo de concentração nazista". - Pergunte-lhe o que você precisa para resgatar a alegria de viver?


"Aceitar às perdas, fala também que o meu filho falecido da vida atual veio para me dar essa alegria, que ele é iluminado, mas que sua passagem foi rápida nessa vida terrena, pois só veio para que eu aprendesse a lidar com a perda. Por isso, ele morreu aos 18 anos, embora tenha vivido intensamente. (pausa).


Diz ainda, que o meu filho está aqui com ela no consultório, que não posso vê-lo, mas senti-lo, que ele me ama muito, e que sabe que o amo também” (fala chorando muito). (pausa). - Você quer lhe dizer algo?


"Queria lhe pedir perdão por não ter entendido por que ele queria fazer tudo de forma tão rápida?


Ele comenta que foi feliz, mas que eu, a minha alma, já sabia que ele ia embora. Diz ainda que lá no astral ele sente alegria, paz, e que irá me visitar em sonhos, pois me ama, mas que agora precisa ir".


Na 6ª e última sessão, a paciente me relatou: "Vejo uma menina loira, cabelos amarrados tipo Maria Chiquinha, deve ter uns 10 anos, usa uma saia longa.


A minha mentora espiritual fala que essa menina sou eu, numa outra vida. Diz que nessa vida passada, o meu filho falecido era o meu irmão, que crescemos felizes, mas nos separamos novamente”. (pausa). - Como vocês se separaram?

"Afirma que ele morreu de novo. Revela ainda, que em todas as minhas existências passadas tive que lidar com perdas.

Por isso, diz que agora vai me mostrar uma outra cena...É aquela vida do holocausto. Ela pede para ver os meus pais, que me despeça deles, pois não pude fazer isso". - Você consegue vê-los?


"Sim, são os meus pais atuais. Eles foram tirados de mim quando tinha 18 anos (aqui explica por que a paciente na vida atual, também aos 18 anos, começou repentinamente a ver imagens de velório, sem um motivo aparente).


A minha mentora espiritual fala que sofri muito com a perda deles no holocausto, mas que não há mais necessidade de sofrer, pois agora já sei que são os mesmos pais da vida atual. (pausa).


Ela agora me mostra um jardim muito bonito, todo florido. Estamos flutuando, sorrindo, ela me convida para passear nesse lugar.


Diz que esse jardim é o plano espiritual superior, onde estão muitos dos meus entes queridos de outras vidas, inclusive, o meu filho de hoje. Fala que me trouxe aqui para que entenda essas perdas, e que quando eu desencarnar, vou estar aqui também.


Afirma que alguns dos entes queridos que conviveram comigo em outras vidas, estão encarnados, mas que a maioria não precisou mais encarnar. Pede para me fortalecer orando mais, enfrentar a vida e esquecer o passado.


Pede também para amar, doar-me, não ter medo, pois me assegura que nem eu e nem os meus entes queridos vamos sofrer acidente de carro". - Pergunte à sua mentora espiritual o motivo de sua enxaqueca? - Peço à paciente.


"Diz que vem também dos pensamentos de morte ligados ao meu passado. Fala que se eu aceitar às perdas, não vou mais ter as dores de cabeça.


Fala ainda, que a minha missão de vida na encarnação atual é ajudar às pessoas com palavras, incentivando-as e orientando-as, mas que vou descobrir o meu caminho espiritual, na religião". - E qual seria essa religião?


"Vejo uma imagem, uma estátua, com corpo de gente e cabeça de elefante. Ela explica que essa estátua é da Índia, é um Deus, pede para pesquisar, buscar melhor a sua história". - Pergunte-lhe qual é o nome dessa estátua?


"Ganesha (é o primeiro Deus a ser reverenciado em todos os rituais hindus. É comum essa estátua ficar nas portas dos templos e casas na Índia, protegendo suas entradas. Ganesha é o Deus que remove todos os obstáculos, ele é o protetor de todos os seres; é também o Deus do conhecimento).


A minha mentora espiritual fala que a minha vida vai entrar, agora, numa etapa de tranquilidade, que vim a essa terapia para entender que não preciso mais ter medo das perdas". - Pergunte-lhe se você terá que voltar a essa terapia mais para frente?


"Diz que depende de mim. Se quiser, posso voltar para me fortalecer, mas só depois que passar por outras experiências de vida e aprender algumas lições que ainda são necessárias".


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