A obsessão espiritual é um dos mais antigos flagelos da humanidade, prolongando-se, portanto, há milênios. Mas por quê?
Partindo do princípio, que somos seres em evolução (estamos todos subordinados a uma das Leis Universais, a Lei da Reencarnação. Mesmo não querendo reencarnar, o ser terá que reencarnar, exceto aqueles que já se libertaram do ciclo cármico; nesses casos, terão o livre-arbítrio de escolher se querem reencarnar ou não), obviamente em vidas passadas, praticamos atrocidades, barbáries, prejudicando os nossos semelhantes (é importante ressaltar que o véu do esquecimento não nos deixa lembrar o que fizemos no passado) e, com isso, criamos inimigos, espíritos obsessores.
Desta forma, enquanto o ser humano alimentar sentimentos de ódio e vingança, a obsessão espiritual continuará existindo. Escrevi em artigos anteriores em meu Site, que 95% dos pacientes que me procuram em meu consultório têm uma Influenciação espiritual obsessora como causa primária (principal) ou secundária (agravante) de seu(s) problema(s) e apenas em 5% a causa é puramente psicológica, criada pelo próprio paciente nessa vida (infância, nascimento, útero materno) ou em vidas passadas.
Portanto, a obsessão espiritual como enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo. Por conta disso, escrevi também um artigo em meu site, cujo título é “Terapia Médica e Terapia Espiritual: Por que dividir se podemos somar”, a importância de agregarmos as duas abordagens terapêuticas.
Neste aspecto, a Terapia Regressiva Evolutiva (T.R.E.) – A Terapia do Mentor Espiritual – Abordagem psicológica e espiritual breve foi criada não para substituir a medicina, mas, sim, complementá-la.
Melhor explicando: a medicina cuida do organismo físico e a T.R.E. da alma, do espírito. Essa é a minha esperança, que as duas possam um dia caminhar lado a lado, formando uma parceria.
É conhecida da maioria das pessoas, que a influenciação espiritual obsessora se dá de um desencarnado para um encarnado. Porém, na observação clínica com os meus pacientes, pude perceber seis formas de obsessão espiritual:
1) Desencarnado para encarnado. 2) Encarnado para desencarnado. 3) Desencarnado para desencarnado. 4) Obsessão recíproca. 5) Auto-obsessão. 6) Encarnado para encarnado. 1) Desencarnado para encarnado: Aproveitando-se do estado de invisibilidade, o espírito obsessor exerce sua ação nociva no obsediado, manipulando o seu campo de energia de diversas formas possíveis e inimagináveis, usando armas espirituais (artefatos fluídicos, portanto, não detectáveis por nenhum aparelho médico terreno sofisticado, como a ressonância magnética), parasitas, energias semeadas, chegando a criar doenças graves no encarnado com febres, inflamações, dores e outros sintomas orgânicos, confundindo assim o raciocínio do médico e dificultando o tratamento adequado. 2) Encarnado para desencarnado: Há casos de encarnados, que durante o sono, em espírito (desdobrados), vão atrás do desencarnado para vigiá-lo e/ou prejudicá-lo no astral inferior (trevas), por estarem dominados por sentimentos de ódio, revolta e vingança. 3) Desencarnado para desencarnado: É comum nas sessões de regressão o paciente recordar uma vida passada em que, após o seu desencarne, ele se encontrou no umbral (trevas) com o(s) seu(s) desafeto(s) e travou com ele(s) um embate espiritual. 4) Obsessão recíproca: Em certa ocasião, uma paciente regrediu e descobriu que em várias encarnações ela e a sua sogra se alternavam como obsessora e obsediada (então sem grau de parentesco) e agora, na vida atual, ambas vieram encarnadas, disputando novamente o mesmo homem (que hoje veio como marido e filho, respectivamente).
Não se conteve e chorou copiosamente. Aproveitei o momento e sugeri que ela perdoasse a sua sogra. Ela me respondeu: “Como posso perdoar essa vagabunda? Não consigo!”.
Esclareci à paciente que a única maneira de ambas cortarem o cordão energético, o laço psíquico que as unia em várias encarnações, era através da oração do perdão, da reconciliação.
Não adiantou, ela me disse que não estava ainda em condições de perdoá-la. Este é um exemplo de que as pessoas se unem, não só pelo amor, mas também pelo ódio. 5) Auto-obsessão: Kardec, o codificador do Espiritismo, dizia: “O homem não raramente é obsessor de si mesmo. Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo”.
Concordo plenamente com ele. No entanto, muitos pacientes preferem jogar a culpa de seus problemas, atribuindo-os apenas aos espíritos obsessores. São doentes da alma, obsessores de si mesmos atormentados pelos seus próprios pensamentos negativos, doentios. 6) Encarnado para encarnado: São pessoas obsediando pessoas em todas as relações humanas: Pais e filhos, irmãos, marido e mulher, sogra e nora, chefe e funcionário, etc.
Nos relacionamentos amorosos, essas obsessões decorrem de um amor tirano, déspota, possessivo, ciumento, que tolhe, sufoca a liberdade do outro.
Entre pais e filhos, cria uma verdadeira simbiose parasitária, como se ambos fossem um único organismo, tal o grau de dependência mútua.
O mesmo ocorre também nos relacionamentos afetivos, onde o casal cultiva um relacionamento tóxico, doentio, destrutivo. Nesses casos, o cônjuge exerce na vida do paciente aquilo que uma droga exerce nos viciados. É a dependência afetiva.
No trabalho, a obsessão espiritual se manifesta naquele chefe que persegue sistematicamente de todas as formas possíveis, humilhando, torturando psicologicamente o funcionário para minar, acabar com a sua autoestima e a autoconfiança. A seguir, veja o caso de uma paciente, cuja sogra fez para ela vários trabalhos de magia negra.
Caso clínico: Problema de relacionamento com a sogra.
Mulher de 45 anos, casada.
Ela veio ao meu consultório, por conta de seu problema de relacionamento com a sogra. Ela nunca aceitou o seu casamento com o filho. A paciente ficou sabendo que sua sogra fez vários trabalhos de magia negra para acabar com o seu casamento.
Queixava-se também, que constantemente sentia as extremidades de seu corpo, mãos e pés gelados. Fez todos os exames médicos necessários e, no entanto, não descobriu a causa de seu problema.
Isso a deixava sem disposição, cansada, sem ânimo para trabalhar.
Fez todos os tratamentos médicos disponíveis, inclusive acupuntura, porém, sem obter êxito. Na 5ª sessão de regressão, a paciente me relatou: “Vejo uma cidade bonita, calma, tranquila. É noite, as ruas são de pedras. As casas são iluminadas por lamparinas.
Sou alta, magra, cabelos presos, pretos, tenho pele clara. É uma outra vida. É como se alguém tivesse me puxando, falando alguma coisa, mas não consigo ouvir”. - Você consegue ver quem fala com você?
“Não, mas sinto que é um ser espiritual; não consigo identificar se é do bem ou do mal. No entanto, sinto que ele está muito angustiado.
Sinto também um peso nas minhas costas (é comum quando uma pessoa está obsediada, sentir um peso, uma forte pressão nas costas, ombros ou na nuca, por conta de o obsessor ficar grudado, encostado no obsediado. Daí explica a expressão popular “encosto”).
Embora não o veja (paciente intui a presença espiritual), tenho a impressão de que esse ser espiritual está com as duas mãos pressionando, fechando os meus ouvidos.
Dá uma agonia, e quando tiro as suas mãos, as minhas começam a formigar (ela sente o corpo ou partes do corpo formigarem por conta da presença, do campo vibracional desse ser espiritual).
Ele faz isso para eu não poder escutar as coisas boas, só as ruins (pausa). Percebo, agora, que esse ser espiritual é a minha sogra. Ela também foi minha sogra, nessa vida passada (nessa terapia, o paciente precisa usar muito a sua intuição, pois muitas coisas não irão ver).
É como se houvesse entre nós uma guerra espiritual. Ela, em espírito, nessa vida passada, me sufoca, e as minhas pernas ficam geladas, pois é como se ela entrasse pelas minhas pernas (o perispírito – corpo espiritual – é fluídico, por isso é bem leve, como um gás, uma fumaça, uma névoa), e eu fico sem forças.
Ela me pega também pelas costas, fico sem defesa. Sinto os meus braços também formigando, perdendo às forças, e ela fecha com as mãos os meus ouvidos. Com isso, sinto a minha cabeça oca (quando os pacientes estão obsediados, costumam relatar também que se sentem “avoados”, “aéreos”, com a cabeça pesada).
Sinto que a minha sogra tem muita raiva, ódio de mim. Eu brigava muito com ela por causa de seu filho. Ela não queria também que eu me casasse com ele, nessa vida passada, por conta do ciúme que sentia.
Em espírito, ela me fala que não foi querida, amada pelo filho. Por isso ela tinha raiva, ciúmes de mim, pois ele me amava muito (pausa). Tenho a sensação de que a carrego nas costas e, com isso, ela suga toda a minha energia, as minhas forças”.
No final da sessão, orientei para que ela fizesse a oração do perdão à sua sogra, mandando-lhe muita luz.
O próprio Cristo, grande médico das almas, pregava o amor e o perdão, a reconciliação, para casos de interferência espiritual.
Na 6ª sessão (última), a paciente me disse que havia esquecido de fazer a oração do perdão (foi um ato falho dela, pois eu lhe prescrevi por escrito essa oração). Ela não conseguia entender por que tinha “esquecido” completamente de orar para sua sogra.
Ao regredir, ela me relatou: “Vejo uma luz branca, bem intensa. Ela é bem grande, vem do alto e incide sobre mim. Na verdade, é um grande foco de luz. Sinto o meu corpo gelado (perispírito), mas esse foco de luz é quente, agradável. Ela me envolve, mas tenho medo”.
- Medo do quê?
“Tenho medo de merecer essa luz. É como se não me sentisse digna de receber essa luz, por conta das coisas ruins que fiz no passado, e que tento esconder de mim e das pessoas”.
- O que você tenta esconder?
“Um monte de pecados, de ruindades que fiz. Eu me vejo agachada, toda encolhida. Essa luz entra pelo centro de minha cabeça, mas o meu coração, o meu peito ficam “gelados” o tempo todo. Sinto uma dor no peito. A impressão é de que guardo muitas mágoas, sofrimento, angústia e tristeza de meu passado”. - Pergunte ao seu mentor espiritual se ele teria algo a lhe dizer em relação a essas mágoas de seu passado?
“Ele diz que não preciso saber, que isso não importa. O que importa é resolvê-las, tirar a minha culpa, me libertar dela. Fala que tenho um coração muito duro, que preciso resgatar a capacidade de amar.
Preciso tirar as mágoas, os rancores de meu coração. Pede para fazer a oração do perdão, conforme o senhor havia me prescrito. Ao fazer a oração do perdão, vou mudar as minhas atitudes, limpar o meu coração e ter um crescimento espiritual maior.
Fala também que a alma se nutre da prece, das orações. Diz que vim na encarnação atual para poder perdoar a minha sogra e quebrar o gelo de meu coração.
A dor no peito está muito forte, é como se o meu coração tivesse mesmo “congelado”, por isso dói. Diz ainda que não vim a essa terapia para regredir, saber com detalhes de meu passado, pois isso não iria me acrescentar em nada.
Em verdade, o que vai me ajudar é me libertar de minha sogra, perdoando-a, através da oração do perdão, para que possamos encontrar a luz do amor e do perdão, portanto, da reconciliação.
Fala que essa etapa em que me conscientizei da importância do perdão e do amor, através dele, foi cumprida e que mais para frente ele irá me intuir na hora certa para eu procurar novamente essa terapia”.
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