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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Liberte-se de seus medos!

Liberte-se de seus medos!


“Nosso maior medo não é o de sermos inadequados. Nosso maior medo é o de sermos poderosos, além das medidas. É a nossa luz, não a nossa escuridão, o que mais nos apavora. Perguntamos a nós mesmos: - Quem sou eu para ser brilhante, esplêndido, talentoso e fabuloso?

Na verdade, eu pergunto: - Por que não? Você é um filho de Deus! Bancar o pequeno não serve ao mundo. Nada nos esclarece no sentido de nos diminuirmos para que outras pessoas não se sintam inseguras em torno de nós. Todos temos luz. Ela não está apenas em alguns de nós; e quando deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos a outras pessoas permissão para fazer o mesmo. Quando nos libertamos de nosso próprio medo, nossa presença automaticamente liberta outros”.

Discurso de posse de Nelson Mandela, 1989. (Prêmio Nobel da Paz).

Você confia no seu taco? Qual o seu grau de autoconfiança em relação à sua inteligência, beleza física, capacidade profissional, intuição, para superar seus problemas afetivos, profissionais, financeiros, etc.

De 1 a 10, que nota você daria para o seu grau de autoconfiança? Dá para você desenvolver 100% de sua autoconfiança? Em verdade, ao se falar de autoconfiança, temos que entender os nossos medos, as nossas inseguranças. Não fomos educados para sermos autoconfiantes, seguros, principalmente se fomos criados por pais medrosos, fóbicos e inseguros.

Pais fóbicos tendem a criar seus filhos para o medo. Observe que o medroso tende a só falar no medo. O medo é o que impulsiona essas pessoas. Há pessoas que, para tomar uma decisão, muitas vezes, levam décadas. Outras, nunca tomam uma decisão porque sempre esperam que alguém a tome por elas.

O medroso não abandona seus medos porque a vida só tem sentido se ele duvidar de tudo. Portanto, ele cultiva a ilusão da dúvida por achar que isso traz segurança. Na verdade, ele aprendeu que ter medo é uma medida de cautela. Observe os pequenos medos do dia-a-dia: - Será que eu fechei a porta? Vou me levantar para me certificar. Na hora de voltar para a cama, vem outra dúvida: - Será que a fechadura de cima está fechada?

É evidente, que não podemos confundir medo com prudência. Aliás, prudência e cautela são coisas de pessoas sábias. Na verdade, uma pessoa medrosa não sente prazer pela vida porque vive alerta, seu sistema de defesa psíquico está sempre muito ativado. Chega ao ponto dessa defesa entrar em pane. Não há descanso para o sistema de defesa psíquico porque os alarmes são falsos. O sistema de defesa psíquico passa a não responder mais, a não diferenciar a realidade da fantasia. E quando o organismo não aguenta mais, a pessoa entra em colapso nervoso, em stress.

É tanto controle por conta de sua insegurança, que o medroso começa a desenvolver labirintite, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, etc. Ele acaba se descontrolando em função de seus medos. Ao procurar o médico, este lhe pede uma bateria de exames e, uma vez diagnosticada a doença, receita remédios, dieta alimentar, repouso, etc. No entanto, em muitos casos, não basta seguir só as recomendações médicas, é preciso mudar sua atitude interna, ou seja, sua postura mental e comportamental. É preciso rever seus padrões de pensamentos, sentimentos e atitudes em relação a si, aos outros e à vida. Mas, para isso, é necessário desenvolver a humildade para se mudar algo.

Há pessoas que preferem estar sempre certas do que ser felizes. Julgam-se “os detentores da verdade”, vivem polemizando, cultivando o criticismo exacerbado em relação à opinião alheia. Evidentemente, acabam ficando sozinhos, isolados, pois, ninguém suporta essas pessoas. É por isso que, quando alguém me procura com a intenção de fazer a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva), agendo antes uma anamnese (entrevista de avaliação), onde faço um cuidadoso levantamento da vida do paciente, seu estilo de vida, personalidade, temperamento, incluindo todos os detalhes - desde o nascimento, até os problemas que o levaram a procurar o tratamento.

Conforme vou anotando o relato, fico atento à maneira com que o paciente vai verbalizando sua história de vida, pois, certos tipos de frases repetidas ou aparentemente incoerentes, indicam sentimentos ou emoções ocultas no inconsciente. Assim, frases do tipo: “Todos no serviço querem me prejudicar”, ou “Acho que nunca vou encontrar uma pessoa que me ame”, são importantes para desencadear, aflorar o processo regressivo. Anoto essas frases e, no dia da sessão de regressão, peço para que o paciente repita algumas vezes essa(s) frase(s) e, invariavelmente, essas frases conduzem à origem verdadeira de seu problema, reprimida em seu inconsciente, que pode advir de seu passado, desta (infância, nascimento ou útero materno) ou de outras vidas.

Certa ocasião, uma paciente me disse: - Nesta semana, quase morri de dor de cabeça! - E como você reagiu a essa dor? – Perguntei-lhe. - Ah, tomei remédios, mas nada deu resultado. Fiquei agressiva, insuportável. Ninguém podia falar comigo. Ao passar pela regressão de memória, encontrei nesta paciente muitas situações onde a agressividade estava presente em suas vidas passadas. Por ser uma pessoa muito nervosa e impaciente, utilizei sua dor de cabeça associada à raiva. Ou seja, pedi-lhe que repetisse em voz alta, algumas vezes, a frase: “Estou com raiva e dor de cabeça”, como um gatilho, uma chave para a abertura de seu inconsciente, na sua sessão de regressão de memória.

Uma outra relação que faço entre sintoma e vida passada, são os temores. Quando o paciente tem medo de brigar, por exemplo, pode ser uma defesa, uma vontade inconsciente de evitar o que fez ou sofreu no seu passado. Foi o caso de uma paciente que, na entrevista de avaliação, me confidenciou que morria de medo de brigar. Ela procurava sempre evitar entrar em confronto com as pessoas. Fugia de discussões, brigas, mesmo estando certa. Na sua primeira sessão de regressão de memória, pedi-lhe que repetisse algumas vezes, em voz alta, a frase: “Eu morro de medo de brigar”. Ao regredir, ela se viu como homem, numa vida passada, e, numa discussão acalorada com o pai, acabou matando-o. Portanto, seu medo de brigar, na vida atual, era uma defesa que seu inconsciente criou para que não se repetisse o que fizera com o seu pai na vida passada. Desta forma, a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) tem por objetivo fazer o paciente recordar e reproduzir experiências negativas de seu passado, fazendo-o reviver cada emoção com toda a intensidade, pois somente, desta maneira, a pessoa poderá se libertar de seus sintomas, bem como compreender o porquê de seu problema.

Caso Clínico: Necessidade de Aprovação Mulher de 30 anos, solteira.

Veio ao meu consultório, pelo fato de se sentir muito insegura em tomar decisões por temer ser recriminada, criticada pelos seus familiares (pais e irmãos). Necessitava, portanto, da aprovação familiar para decidir qualquer coisa em sua vida. Esse temor a deixava paralisada. Ao regredir, ela me disse: “Sou uma moça bonita, cabelos cacheados, muito animada... É uma vida passada. Tenho 23 anos. É um dia claro, estou numa casa de campo. Estou com meus pais. Estamos viajando, é uma viagem de turismo. Vejo um rapaz andando comigo, gosto dele. É um dia muito bonito. Meus pais estão por perto. Estou caminhando com esse rapaz, próximo a um lago. Sinto o meu vestido passar na grama. É um vestido de uma época antiga. Ele é todo armado, tem as rendas compridas, mangas longas, uso também luvas, chapéu, e seguro uma sombrinha.

Este rapaz é o meu noivo e vamos nos casar dentro de um mês. Nós estamos falando sobre a nossa vida e sobre o casamento. Ficamos conversando por um bom tempo nessa tarde. Depois, jantamos com os meus pais, num clima muito acolhedor. Estamos muito felizes. Minha mãe é muito sorridente, meiga e tranquila, e o meu pai é muito alegre. Eu me vejo agora caminhando de mãos dadas com o meu noivo. Oh! Meu Deus! (subitamente, a paciente grita)”. - Pergunto-lhe o que foi que aconteceu?

“Tive um pressentimento de que alguma coisa de ruim iria acontecer com o meu noivo. Fico assustada, amedrontada, não gosto dessas sensações. Vejo as coisas acontecerem previamente. E não sei como evitá-las? Tenho premonição, desde criança, e sinto muito medo disso. Eu não quero que isso aconteça com o meu noivo (chora copiosamente). Por que isso está acontecendo comigo? Estava indo tudo tão bem!

Minha mãe não consegue me ajudar, fala para eu parar de pensar nisso. Sinto que as pessoas têm medo quando eu falo sobre isso. O pior é que as coisas acontecem na vida delas, exatamente como as descrevi. Há momentos, que eu duvido dessas premonições. Não sei se é fruto de minha imaginação. Mas, não conto a ninguém, fico fechada. Eu me caso, fico feliz porque não aconteceu nada com o meu marido. Tenho quatro filhos, e já faz um bom tempo que não vejo mais nada. Eu me sinto mais tranquila porque as imagens não voltaram mais. Por outro lado, sinto muito forte as presenças espirituais. Sinto que elas estão sempre por perto me auxiliando. Eu acabei me apegando à religião católica, tenho um crucifixo nas mãos. Rezei muito para não ter mais nenhuma visão. Pedi a Deus para ser uma pessoa normal como às outras. Os guias espirituais me ajudaram para que não aparecessem mais àquelas visões. Fiquei muito fechada, assustada, e, até hoje, na vida atual, percebo que me fechei totalmente. Compreendo agora, que essas visões, faziam parte de minha missão. Tinha muito medo dessas premonições, porque era algo muito forte e não sabia como evitá-las. Conforme fui envelhecendo, as visões e sensações foram se tornando mais nítidas e tinha a impressão que podia conversar com as entidades espirituais. Eu não as via, mas sentia a presença delas.

No entanto, não admitia que fossem espíritos desencarnados. Preferia acreditar que eram os anjos da Igreja Católica. Eu duvidava, questionava a existência dos espíritos. Tinha medo de ser vista como louca, anormal, e ficava muito perturbada. Eu me sentia diferente das pessoas, e isso abalou muito a minha autoconfiança. Ainda hoje, sinto as presenças espirituais. Parei de confiar em Deus, na vida. Fiquei velhinha, tive catarata, meus olhos ficaram esbranquiçados, e me senti muito debilitada. Eu paro para refletir e chego à conclusão que o meu medo nunca foi um bom conselheiro. Deixei o pavor tomar conta de mim”.

- Em seguida, peço-lhe que vá para o momento de sua morte, nesta vida passada. “Peguei na mão de minha neta, e lhe disse: - Nunca deixe o medo dominar a sua vida! Eu deixei o medo dominar a minha vida. Não deixe que isso aconteça com você também. Estava muito fraca, os espíritos vieram me buscar. Eles me carregaram e, no fim, percebi que não precisava ter todo esse medo porque as entidades espirituais amigas sempre estiveram presentes me ajudando. Compreendo agora, que precisava resgatar a minha autoconfiança e cumprir a minha missão, ajudando às pessoas, como um canal de Deus, através das minhas faculdades premonitórias. Vejo com clareza que, nessa vida passada, eu precisava da aprovação de meus pais, pois me achava insana, tinha medo de perder a razão. Tinha medo também de ser uma pessoa diferente porque iria ser discriminada e, portanto, as pessoas não iriam me aceitar.

Na vida atual, ainda trago esse medo, de não ter aprovação de meus familiares. Após minha morte física, nessa vida passada, fiquei num hospital do plano espiritual me recuperando, e percebi como a vida deveria ser, como poderia ter mudado as minhas atitudes. No entanto, quando a gente reencarna, aquilo que a gente se propõe a fazer no plano espiritual, nunca acontece de forma rígida. Vejo agora com mais clareza, que, na vida atual, eu preciso me colocar em situações onde possa desenvolver minha autoconfiança”. Ao encerrarmos a sessão, a paciente chorou emocionada, me agradecendo pela oportunidade de compreender a origem de seu problema, vista agora, na terapia, sob uma nova ótica, mais bem compreendida.

Posteriormente, ela passou por mais cinco sessões de regressão, e demos por encerrado o nosso trabalho.




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