top of page
Buscar
  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Gatilhos disparadores


Um senhor de 65 anos me procurou acompanhado de seu filho de 28 anos. Motivo: transtorno de pânico. Queria entender por que nessa idade teve sua primeira crise de pânico. Era representante de uma indústria farmacêutica no interior de São Paulo e precisava participar de uma reunião importante na capital; porém, seu carro estava passando por uma revisão na concessionária. Então, pediu ao motorista, funcionário da empresa, que o levasse a capital. Mas a van já estava lotada, e, se o levasse, poderia pegar uma multa na rodovia. Então, sugeriu que o paciente fosse no porta mala do veículo. Não tendo outra escolha, pois não podia faltar na reunião, aceitou a sugestão. No entanto, o porta mala estava abarrotado de caixotes com remédios e, espremido, procurou se acomodar. Mas, durante a viagem, pelo aperto, pela penumbra e pelo calor que fazia começou a passar mal e teve sua primeira crise de pânico – taquicardia, sudorese, falta de ar, sensação de desmaio, que iria morrer. Angustiado, começou a esmurrar no interior do veículo. O motorista parou no acostamento e todos os passageiros saíram para ver o que estava acontecendo. Pálido e suando muito, falou que não iria mais continuar a viagem. O motorista quis levá-lo ao pronto-socorro, mas ele não quis, disse que iria pegar um ônibus do outro lado da rodovia para voltar para casa, e que não iria mais à reunião. Dali em diante teve sucessivas crises de pânico, a ponto de seu filho ter que acompanhá-lo para sair de casa, pois além do transtorno de pânico, desenvolveu também agorafobia (medo incontrolável de ter um ataque de pânico ou de perder o controle físico e/ou emocional num ambiente onde a ajuda pode não estar disponível, ser ineficaz ou simplesmente ser embaraçoso). Ao passar pela regressão de memória, ele se viu dentro de um caixão numa vida passada – fora enterrado, pois teve um infarto, mas dentro do caixão seu coração voltou a bater. Desesperado, gritava esmurrando a tampa do caixão e acabou morrendo por asfixia. Na sessão de regressão, veio a descobrir que as condições do porta mala da van (penumbra, aperto e calor intenso) o fez lembrar inconscientemente o interior do caixão aonde veio a morrer naquela vida passada. Em outras palavras, as condições do porta mala do veículo foram um “gatilho” que disparou, desencadeou a lembrança reencarnatória da forma como veio a morrer naquele caixão. Ou seja, os sintomas da crise de pânico foram similares à sua morte por asfixia na existência passada. Na sessão seguinte, ele veio sozinho em meu consultório, sem a companhia de seu filho. Disse-me que não teve mais as crises de pânico, estava se sentindo muito bem e autoconfiante. Da mesma forma, muitos dos pacientes que me procuram com sintomas desagradáveis como fobias, depressão, transtornos de ansiedade como tiques nervosos, toc (transtorno obsessivo compulsivo), problemas de relacionamento conjugal, familiar, social e no trabalho, bem como as doenças orgânicas de causa desconhecida pela medicina oficial como a alergia, enxaqueca, asma, dores, podem ser disparados por “gatilhos”, isto é, situações de vida estressantes que desencadeiam experiências traumáticas, oriundas de outras vidas. Não por acaso, outras situações de estresse como divórcio litigioso, desemprego, perda do poder aquisitivo, problemas de saúde (câncer, AIDS, infarto), perda de um ente querido, transtornos sexuais (impotência, ejaculação precoce, retardada, falta de libido, de desejo sexual), instabilidade de humor, isto é, transtorno bipolar, podem também funcionar como “gatilhos” disparadores de experiências traumáticas vividas pelo paciente em encarnações passadas. Caso Clínico: Problema de relacionamento com o filho. Mulher de 30 anos, casada, um filho de sete anos. A paciente me procurou querendo entender por que brigava constantemente com o filho. Segundo me relatou, o filho tinha um gênio muito forte, extremamente irritadiço. Quando era contrariado, pegava o brinquedo e chutava longe, chutava também tudo que tivesse na frente. Dizia que ela não era uma boa mãe, que não o deixava fazer nada que ele queria. A paciente acabava brigando com ele, gritava, perdia a paciência e depois se arrependia. Queria entender também por que quando ela e o filho ficavam sozinhos – ao brincar com ele ou quando o ajudava em suas tarefas escolares – a paciente bocejava muito, a ponto de lacrimejar (bocejar muito, sem um motivo aparente que justifique, pode ser um indicador da presença de um ser espiritual das trevas). O bocejo excessivo não ocorria quando seu marido ou outra pessoa ficava com os dois. Na 1ª sessão de regressão, ela me relatou: – Sinto o meu corpo pesado e inclinado para o lado direito (ela estava deitada no divã e seu corpo estava reto). Sinto também os pés gelados (não justificava o gelo nos seus pés, pois não estava fazendo frio, era um dia de verão). Agora, senti uma fisgada no meu ombro esquerdo e coceira como se tivesse sido picada por um inseto (é comum nessa terapia os pacientes sentirem essas sensações físicas por conta da presença de um ser espiritual das trevas que as provocam para desconcentrá-los). No final da sessão, ela me disse que apareceu em flash uma cena fugaz, bem rápido, duas mãozinhas de uma criança tentando derrubá-la do divã. Na 2ª sessão de regressão, antes da regressão de memória, a paciente me disse que depois da 1ª sessão de regressão, à noite, antes de dormir, viu uma cena (apareceu em flash) de um rosto de uma menina de quatro anos, que nunca havia visto (é comum também nessa terapia o ser espiritual obsessor aparecer ao paciente em flash, bem rápido, só mostrando o rosto). Ao iniciar a regressão, ela me disse: – Vejo novamente o mesmo rosto daquela menina que vi antes de dormir. – Pergunte a essa menina, esse ser espiritual, quem é ela? – Diz que foi minha filha numa vida passada. Diz ainda que se sente triste por tê-la abandonada, pois eu não a queria. Fala que eu tinha inveja dela, pois era feliz. Chora muito, diz que a abandonei, fui embora de casa. – Pergunte-lhe quem foi que cuidou dela depois que você a abandonou? – Diz que ela foi criada pelo seu pai. Fala que, desde então, se tornou uma criança infeliz, que nunca mais me viu (paciente fala chorando muito). – Você quer lhe dizer algo? – Quero lhe pedir perdão, pois uma mãe jamais deve sentir inveja de sua filha, tem que se sentir feliz pela sua felicidade. (pausa). – Pergunte se ela tem algo a lhe dizer? – Diz que sente tristeza e raiva de mim… Dr. Osvaldo, do meu lado direito vejo uma claridade e do meu lado esquerdo uma escuridão (eu lhe esclareci que seu lado direito tinha um ser espiritual de luz, daí a claridade, e que seu lado esquerdo estava escuro por conta da presença de sua filha da vida passada, sua obsessora espiritual, um ser das trevas, uma sombra, um vulto escuro). Em seguida, fizemos juntos a oração do perdão para sua filha. Pedi-lhe que levantasse suas mãos, em imposição, palmas viradas para frente, e as direcionasse à sua esquerda – onde estava sua filha – e lhe emanasse a luz dourada de Cristo (luz amarelo ouro). (pausa). – Percebe algo? – Perguntei-lhe. – Agora, o meu lado esquerdo está mais claro… Na verdade, os dois lados do meu corpo estão claros… O meu mentor espiritual (ser desencarnado, responsável diretamente pela nossa evolução espiritual) fala que fiz muito bem em ajudar a minha filha, emanando-lhe a luz dourada de Cristo, pois ela estava precisando de luz. – Pergunte-lhe se sua filha foi ou não para a luz? – Disse que ainda não, por isso pede para eu continuar fazendo a oração do perdão emanando-lhe diariamente a luz dourada, o amor de Cristo. Na 3ª sessão de regressão, a paciente me relatou: – Vejo uma sombra na minha frente… Tive a impressão que alguém se apoiou por trás de mim, em meus ombros, e me pressionou para baixo… Acho que é a minha filha, pois a vi em flash novamente. – Pergunte-lhe como vem se sentindo com suas orações? – Diz que se sente incomodada por me preocupar com ela… A impressão (paciente intui) é que ela pensa, questiona por que agora estou me preocupando com ela, querendo ajudá-la se na vida passada não me importei com ela, a ponto de tê-la abandonada. – Você quer lhe dizer algo? – Gostaria que ela se libertasse, que fosse realmente feliz, e que viva em paz. (pausa). – Pergunte à sua filha se sabe por que você a abandonou naquela existência passada? – Diz que eu não queria que ela tivesse nascido porque eu era muito nova. – Se ela quisesse hoje vir novamente como sua filha, você a aceitaria? – Apesar das dificuldades financeiras que eu e o meu marido estamos passando, eu a aceitaria, sim, como minha filha. – Veja se ela tem algo a lhe dizer? – Fala que gostaria de vir novamente como minha filha, porém, tem dúvidas, pois não sabe se seria bem vinda por mim e pelo meu marido. Mas reafirma que quer voltar a ser minha filha. Na 4ª sessão de regressão, a paciente me disse que seu filho fez aniversário no sábado e que ele estava muito nervoso, agressivo, a ponto de agredir, chutar o filho de um convidado. Ao iniciarmos a sessão de regressão, a paciente me relatou: – A minha filha me diz que está tentando ir para a luz, que está aceitando melhor às minhas orações. (pausa). – Pergunte se foi ela que fez com que seu filho – em seu aniversário – agredisse o menino? – Diz que sim porque ela ficou com inveja dele, pois queria vir também como minha filha. Revela que o meu filho de hoje foi o pai dela naquela vida passada. Ou seja, ele foi o meu marido naquela existência passada. – Pergunte-lhe como ele a tratava como pai? – Diz que cuidava dela, mas não entende por que ele voltou, reencarnou como meu filho, e ela não. Quer saber por que o aceitei como filho na vida presente e ela não. Ela me esclarece que naquela vida passada não se casou, não teve filhos, e acabou morrendo velha e solitária. – Você quer lhe dizer algo? – Quero que ela tire toda essa mágoa, que encontre o caminho da luz, e que se for o nosso destino, que venha como minha filha para finalizar o que a gente precisa finalizar. Fizemos novamente a oração do perdão, emanamos à sua filha a luz dourada de Cristo. – Tenho a impressão que agora ela conseguiu ir para a luz porque a minha vista está bem clara, o meu lado esquerdo não está mais escuro, está bem claro. Na 5ª e última sessão, a paciente me disse que havia sonhado grávida, e depois viu uma cena tendo uma criança. Disse-me também que seu filho estava bem mais calmo, mais obediente e mais acessível, não estavam mais brigando, pois agora conseguia conversar com ele. Antes, seu filho não a escutava, e aí ela ficava estressada, irritada e acabava gritando com ele. Quando lhe falou que estava na hora de dormir, ele relutou um pouco, mas, desta vez, aceitou sem ficar nervoso e sem chutar as coisas. Percebeu, portanto, que seu filho estava bem mais calmo e não estava mais irritadiço e nervoso. Na última sessão, a paciente me relatou: – O meu mentor espiritual me diz que a minha filha da vida passada foi mesmo para a luz, que está feliz lá, e que o sonho que tive foi realmente premonitório, ou seja, ela vai voltar como minha filha. Diz ainda que essa filha vai ser a libertação também de meu filho porque ele vai conseguir dedicar todo o seu amor por ela como irmão, o que ele não conseguiu como pai naquela vida passada, pois ele não lhe deu carinho. Finaliza dizendo que essa terapia foi muito boa, pois atingimos o nosso objetivo que era ajudar a minha filha, encaminhá-la à luz.

185 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Commentaires


bottom of page