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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Existe vida após a morte?

Atualizado: 7 de jun. de 2018



Existe vida após a morte?

Muitos céticos, incrédulos, não acreditam na vida após a morte porque alegam que ninguém voltou para contar o que existe depois dela. Ledo engano!

Há, sim, pessoas que voltaram da morte para contar o que viram depois dela. Dr. Raymond Moody Jr, psiquiatra e psicólogo da Universidade de Nevada, Las Vegas, EUA, muito conhecido como autor do best seller “A Vida Depois da Vida”. Ele é o pioneiro e criador do termo E.Q.M (experiências de quase-morte) – são as experiências extracorpóreas (fora do corpo) de pacientes clinicamente mortos (parada cardio-respiratória e atividade cerebral inexistente, em estado de coma) que voltaram à vida com experiências espirituais inusitadas para contar.

O pesquisador norte-americano entrevistou 150 pacientes que relataram sair fora do corpo, de terem visto todo o procedimento da equipe médica tentando ressuscitá-los, de atravessarem um túnel e terem encontrado, conversado com parentes desencarnados, anjos, seres de luz e mentores espirituais.

Na revista The Lancet (renomada revista científica médica britânica) foi publicado o depoimento de um médico cardiologista holandês, que estava de plantão na frente do hospital aguardando um paciente idoso, que teve parada cardio-respiratória e em estado de coma. Assim que ele chegou de ambulância, o médico colocou a máscara de oxigênio, mas a dentadura do paciente se deslocou e caiu no chão.

Ato contínuo, o médico pegou a dentadura, colocou-a rapidamente em cima da maca, e levou o paciente na UTI. Fez todo o procedimento médico para ressuscitar o coração do enfermo e conseguiu salvá-lo.

Após duas semanas, foi visitar o paciente que já estava consciente, recuperando-se do infarto. Quando entrou no quarto – o paciente estava acompanhado de uma senhora, parente seu – ele lhe indagou: – Doutor, onde está a minha dentadura? As enfermeiras não me entregaram.

Quando o Doutor colocou a máscara de oxigênio, a minha dentadura se deslocou e caiu no chão, o senhor a pegou e a colocou na maca. Eu via tudo de cima, flutuando, vi o senhor e a sua equipe tentando me ressuscitar, e, na sala de espera do hospital, vi e ouvi meus parentes conversando (a senhora que o acompanhava em seu leito, confirmou tudo o que o paciente ouviu com detalhes o que cada um dizia, na ocasião).

Atônito, o médico não entendia como um paciente clinicamente morto, com parada cardio-respiratória e em estado de coma, sabia de tudo aquilo.

Além do Dr. Raymond Moody Jr., há, atualmente, muitos estudiosos (médicos, psiquiatras e psicólogos) em várias partes do mundo pesquisando a EQM, entrevistando pacientes que relatam de forma similar experiências extracorpóreas, não importando suas nacionalidades. E o mais importante: a grande maioria desses pacientes voltaram da EQM profundamente modificados, revendo suas vidas. É isso o que mais chamou a atenção dos pesquisadores.

Você pode estar se perguntando: – Para se mudar na vida é preciso passar por uma experiência tão radical, quase morrer?

Para essas pessoas que passaram pela EQM, sim. Elas tiveram uma segunda chance, uma nova oportunidade para valorizarem mais suas vidas e fazerem as mudanças necessárias.

No entanto, para outras, a experiência da EQM não é necessária para mudar suas vidas. É o caso de meus pacientes que passaram pela TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual. Para muitos, a TRE foi um marco, um divisor de águas em suas vidas. Nesta terapia, eles aprofundaram seus conhecimentos a respeito da espiritualidade, através do contato direto e amplo com o mundo espiritual, tornando-se seres humanos melhores, pois encontraram um sentido às suas vidas.

Ao reviverem acontecimentos traumáticos de seu passado, vendo-os agora sob uma nova ótica, um novo ângulo, modificaram seus padrões de crenças e emoções negativas que foram construídas há muito tempo, nesta ou em vidas passadas. É o caso de um paciente, um médico de 45 anos, solteiro. Ele me procurou por sofrer de depressão e insatisfação pela vida. Era um profissional bem-sucedido, chefe de UTI de um hospital privado.

Porém, era muito exigente e explosivo com sua equipe – não tinha muita paciência com os seus subordinados. Muitas vezes, quando uma enfermeira cometia um erro ele chamava a atenção dela gritando na frente de todos. Também não tinha muita paciência quando comunicava a morte de um paciente aos seus parentes – dava a notícia de forma direta, sem rodeios, e se afastava rapidamente, de forma insensível.

Na primeira sessão de regressão, ele me disse: – Dr. Osvaldo, eu me vejo numa vida passada, acredito que a época é do sec. XIX pela minha roupa – uso uma cartola, um terno com colete e seguro uma bengala como acessório. Sou também um médico, seguro uma maleta, caminho à beira de um lago, já está anoitecendo.

Estou voltando de uma visita médica que fiz à uma paciente. Vejo agora quatro homens, mal-encarados. Eles me cercam, estão me segurando com força e me amarram. Eles amarram nos meus pés uma pedra bem pesada… Pergunto por que eles estão fazendo isso comigo? (paciente fala gritando).

Um deles, deve ser o líder do bando, identifica-se como sendo o marido da mulher que estou saindo. Ele me diz: – Você vai aprender uma lição, nunca mais vai sair com a minha mulher. Dr. Osvaldo, eles estão me jogando no lago… Meu Deus! Estou me afogando… Não consigo respirar (chora, gritando e tossindo muito). (Pausa).

Agora, consegui sair do lago. É noite, estou com muito frio (fala, tremendo muito). Preciso de ajuda, encontrar um lugar para me aquecer. Nossa! Que frio!

Estou vendo uma casa… Vejo a claridade, as luzes internas dela. Vou caminhar até lá. (Pausa). Cheguei. Vou bater à porta… Um senhor abre a porta e olha dos dois lados.

Estranho! Ele não me viu… Vou entrar, pois estou com muito frio, preciso me aquecer. Vejo uma lareira na sala. Vou me aquecer (coloca as mãos na lareira).

Meu Deus! O que é isso?!

– Isso o quê? – Pergunto-lhe.

– O fogo atravessa as minhas mãos (fala assustado, olhando suas mãos). Por que ele atravessou as minhas mãos?

– Você está morto, está em espírito. Quando saiu daquele lago, foi seu espírito que saiu. Por isso o senhor, dono da casa, não te viu quando abriu a porta – Explico-lhe.

– Meus Deus! Não pode ser! (fala chorando muito).

– Infelizmente, você morreu afogado, amarrado naquele lago – Digo-lhe.

Na sessão seguinte, o paciente comentou: – Essa semana, a enfermeira chefe de minha equipe me falou que eu estava esquisito, diferente. Ela me perguntou: – O senhor está doente?

Eu lhe respondi: – Não. Por que essa pergunta?

Ela me respondeu: – Quando alguém da equipe comete um erro, o senhor fica estressado, perde a paciência, chama a atenção, gritando. Mas essa semana percebi que o senhor está mais calmo, chama a atenção, porém, sem alterar a voz. Não está agindo de forma destemperada.

Dr. Osvaldo, algo aconteceu comigo depois que fiz aquela sessão. Saí de seu consultório muito mexido, cheguei em casa e chorei muito. Olha que não sou de chorar!

Fiquei muito abalado quando descobri naquela vida passada que estava morto, em espírito, quando o fogo atravessou as minhas mãos na lareira daquela casa.

A experiência de estar em espírito, fora de meu corpo físico, foi uma experiência única. Nunca havia vivenciado uma experiência extracorpórea, mas, certamente isso fez com que eu entrasse em contato com a minha essência, meu eu verdadeiro.

Tomei consciência que sou um ser espiritual e não um ser carnal. Percebi depois daquela sessão, que estou tendo também mais paciência e me colocando no lugar dos meus pacientes e de seus familiares. Atendi essa semana um garoto de 16 anos, que teve traumatismo craniano. Ele estava na moto, sem capacete, e um caminhão o atingiu jogando-o longe. Com a queda, ele bateu a cabeça no chão. Tentamos ressuscitá-lo, mas ele não resistiu e acabou entrando em óbito. Na sala de espera do hospital, fui conversar com a mãe dele para lhe dar a triste notícia.

Mas quando a vi sozinha, uma senhora baixinha, franzina, perguntei-lhe onde estavam seus parentes. Ela me disse que era viúva, que só tinha o filho, e que seus parentes residiam na Bolívia. Disse que estava morando no Brasil há três anos. Só consegui balbuciar três frases: – O coração dele parou… O coração dele parou… Seu filho faleceu.

Em seguida, fiz uma coisa que nunca havia feito com ninguém: encostei a cabeça dela em meu ombro e a consolei, enquanto ela aos gritos chorava, desesperada. Senti a dor e o desespero daquela mãe, o que nunca havia sentido, pois era um médico muito frio, objetivo e técnico. Até então, era distante de meus pacientes e seus parentes.

E incrível que pareça, observei também que aquela depressão e insatisfação pela vida, que me fizeram procurar essa terapia, sumiram. E o vazio que sentia, não estou mais sentindo.

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