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Foto do escritorOsvaldo Shimoda

A morte não existe - Parte 2

Atualizado: 20 de abr. de 2023


O mestre Masaharu Taniguchi, PhD em Filosofia, fundador da seita filosófica Seicho-No-Ie, fez a seguinte declaração em seu livro “A Verdadeem Orações”:O Homem não é corpo carnal. Esta é uma revolução do conceito de homem muito maior do que a revolução da cosmovisão em que o geocentrismo (a Terra é o centro de tudo – durante 1400 anos, a humanidade acreditou nessa mentira, nessa teoria) cedeu lugar ao heliocentrismo (o sol é o centro de tudo e não a Terra – na verdade, sabemos que o sol é o centro de nosso sistema solar, pois há outros milhares de sóis espalhados na imensidão do universo). Quando se compreende que o homem não é corpo carnal, a Vida começa a emitir um brilho todo especial”.


Ele também escreveu, sob inspiração divina, a Sutra Sagrada “Chuva de Néctar da Verdade” (final da Sutra):A Vida não tem princípio nem fim, não morre nem desaparece. A Vida não está contida na escala do tempo; o tempo, pelo contrário, está na palma das mãos da Vida, a qual, cerrada, se torna um ponto e, aberta, se torna infinito. Sabei claramente que o casulo não é o bicho-da-seda; portanto, a carne não é o homem, não passa do casulo do homem. Em chegando a hora, assim como o bicho-da-seda rompe o casulo e alça voo como inseto adulto, o homem também rompe o casulo de carne e ascende ao mundo espiritual. Não façais disso a morte do homem. Porque a essência do homem é vida, jamais lhe ocorre a morte”.


No artigo anterior “A morte não existe – Parte 1”, escrevi que uma das mentiras mais difundidas no mundo ocidental é que a morte “existe”. Por isso, para muitos, a morte é o fim de tudo; morreu, acabou tudo”. Portanto, para quem acredita nisso, o suicídio é a saída para acabar com o sofrimento.


Ou seja, se uma pessoa está sofrendo muito, viver é um martírio, a morte é a única solução para parar de sofrer, pois morrendo, ela acredita que deixará de existir e, consequentemente, não irá mais sofrer. Ledo engano!


Pelo menos é o que constato, quando um conhecido ou um parente falecido de meus pacientes, aparecem nas sessões de regressão de memória, pedindo ajuda – após terem cometido suicídio – arrependidos, por terem tirado às suas próprias vidas, descobrem que, após a morte física, continuam vivos e sofrendo no umbral, na escuridão.


Há tempos atrás, era um psicólogo cético, incrédulo, que tinha uma cabeça científica, cartesiana, achava também que a morte era o fim de tudo, não acreditava na vida após a morte, ou seja, que a consciência sobrevive à morte física. Fui treinado, doutrinado na faculdade de psicologia a ver o ser humano, dotado apenas de mente e corpo, e, não como um ser espiritual, em sua essência.


Mas, tudo mudou, depois que atendi uma paciente de 40 anos em meu consultório. Na anamnese (entrevista inicial), ela veio acompanhada de seu marido. Na porta do consultório, eu a cumprimentei, desejando-lhe boas-vindas e, em seguida, quando fui cumprimentar o seu marido, literalmente, a minha mão ficou parada no ar, pois ele não retribuiu ao meu cumprimento.


Ele me olhou feio e disse à esposa: “Estou lhe esperando no carro, na lateral da clínica”. Como era noite, eu perguntei à paciente se não seria melhor o seu marido aguardá-la na sala de espera da clínica? Seria mais seguro, pois esperar dentro do carro, ele poderia ser assaltado, pois, São Paulo, é uma cidade violenta. Constrangida, ela me disse que o seu marido era muito antissocial e, por isso, ele preferia esperá-la no carro. Nas sessões seguintes, ao trazê-la ao meu consultório, ele sempre lhe dizia que iria aguardá-la no carro, recusando-se a entrar no consultório.


Quando chegou na 4ª sessão, o seu mentor espiritual lhe disse: “Vamos dar uma pausa nessa terapia, você terá que voltar mais para frente”. Ato contínuo, ela lhe indagou: “Por que o senhor está pedindo isso?”. Ele lhe respondeu: “Você saberá mais para frente”.

“Quando vou voltar à essa terapia?” – Perguntou-lhe novamente.

“Você saberá, a necessidade irá lhe obrigar a voltar” – Respondeu-lhe.


Sem saber o porquê de seu mentor espiritual lhe pedir um tempo na terapia, acabei acatando à sua decisão. Depois de dois anos, ela entrou em contato comigo, querendo voltar à terapia. No entanto, desta vez, a paciente veio de Uber, sem o marido.


Surpreso, eu lhe indaguei em tom de brincadeira: “Seu chofer não lhe trouxe hoje?”. Ela entrou no consultório, cabisbaixa, e me disse: “Ele é o motivo de minha volta à terapia”.


Terapeuta: - O que foi que aconteceu com o seu marido?


Paciente: - O meu marido faleceu, teve um infarto fulminante. Estou muito depressiva (falou, chorando). Eu me recordo que, na sessão anterior, o meu mentor espiritual me pediu um tempo, disse-me para voltar mais para frente, que a necessidade iria me obrigar a voltar à essa terapia. E foi exatamente isso que aconteceu. Quando ele me pediu uma pausa, nessa terapia, acredito que ele sabia que o meu marido iria falecer. Por isso, ele me pediu para que voltasse mais para frente.


Terapeuta: - Puxa! Estou surpreso, não esperava que você retornasse por esse motivo. Sinto pela perda de seu marido, meus sentimentos!

Quando ela estava mais calma, iniciamos a nossa sessão de regressão. Após o relaxamento progressivo do corpo e da mente, ela me disse: - Dr. Shimoda, estou vendo aqui na sala de seu consultório um vulto, uma sombra (ela estava de olhos fechados, deitada em meu divã, vendo a sombra com o seu 3º olho, que os hindus chamam de Ajna).


Terapeuta: - Essa sombra que você está vendo é um ser espiritual, um ser das trevas. Pergunte-lhe quem é? O que ele quer aqui?


Paciente: - Meu Deus! É você Jorge? (fala gritando e chorando muito).


Terapeuta: - Quem é Jorge?


Paciente: - É o meu marido falecido. Jorge, o que você está fazendo aqui? (silêncio). Dr. Shimoda, ele me diz que está com vergonha do senhor.


Terapeuta: - Por quê?


Paciente: - Eu não falei ao senhor, na ocasião, mas o Jorge não queria que eu fizesse essa terapia, ele achava que o senhor era um charlatão. Dizia que não iria pagar esse tratamento, pois, não acreditava em vida após à morte, seres de luz, mentores espirituais, reencarnação, enfim, assuntos ligados à espiritualidade. Ele era muito incrédulo, dizia que era ateu, achava que quando a gente morria, deixávamos de existir, que era o fim de tudo. Ele só pagou essa terapia e me trouxe ao seu consultório porque eu bati o pé, insisti muito, pois eu acreditava que essa terapia iria me ajudar. Mas, ele não! Como ele não acreditava na vida após a morte, ele achava que essa terapia era charlatanismo, um embuste. (silêncio).


Ele está ajoelhado de meu lado direito, chorando, diz que está sofrendo muito, pois, o lugar que ele está é muito escuro e frio (as trevas é um lugar muito escuro, frio e fétido). Pede ao senhor que o ajude, mas, reafirma que está muito envergonhado.


Terapeuta: - Diga-lhe para não ter vergonha, pois não estou aqui para julgá-lo, longe disso! Fale para ele que eu também era muito cético, incrédulo em relação à vida após a morte. Como ele, também achava que a morte é o fim de tudo, ou seja, morreu, acabou tudo, a gente perde a consciência, deixa de existir. Mas, agora, com a presença dele aqui no meu consultório, conversando com a gente, vejo que realmente a consciência humana sobrevive à morte física. O que observo aqui é um fato e, contra um fato, não há o que argumentar, duvidar.


Conclusão:


Paciente: - Jorge, pede ajuda aos seres espirituais de luz! Se você pedir, será atendido. (silêncio). Dr. Shimoda, estou muito emocionada! (fala chorando). Vejo dois seres de luz, usando uma túnica branca, um de cada lado dele. Eles estão conversando com o Jorge, ele acena a cabeça, concordando com o que eles lhe falam. (silêncio). Agora, o meu marido me fala que precisa ir.


Terapeuta: - Então, despeça-se dele. (Paciente conversa baixinho com o marido, chorando muito). (silêncio)


Paciente: - O Jorge se despediu de mim, agradeceu ao senhor por essa oportunidade de ser ajudado; ele e os dois seres espirituais de luz estão indo em direção a uma luz Maior... Eles entraram nessa luz, e foram embora (fala bastante emocionada).



Pessoa caminhando para o céu



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