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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Atualizado: 20 de abr. de 2023


Há muito tempo, atendi um casal, que veio ao meu consultório, por indicação de um médico especialista em reprodução assistida, ou seja, que fazia tratamento de infertilidade humana.


A paciente, mulher de 32 anos, submeteu-se a vários procedimentos de inseminação artificial (os espermatozoides do marido, foram introduzidos dentro de seu útero). Havia a fecundação e a formação do zigoto (célula - ovo), mas, não ocorria a aderência, ou seja, a célula-ovo não se fixava em sua parede uterina e, com isso, era expelida com a menstruação.


Como a paciente não conseguia engravidar, o seu marido perguntou ao médico, se ele indicaria uma clínica de reprodução humana no exterior, com mais recursos tecnológicos. O médico lhe esclareceu que o Brasil em termos de reprodução humana, eratão desenvolvido quanto os países do primeiro mundo.


Mas, o marido insistiu; então, o médico lhe indicou um colega norte-americano, que tinha também uma clínica de reprodução em Houston, em Texas, nos EUA. O casal foi até lá, mas, a paciente também não conseguiu engravidar pelo mesmo motivo: a célula-ovo não se fixava na parede do útero.


Frustrados, voltando ao Brasil, resolveram procurar novamente o médico brasileiro. Sem saber o que fazer, o especialista disse ao casal: – Como médico, fiz tudo o que estava ao meu alcance, não sei mais o que fazer? Olha, a minha esposa fez uma terapia, regressão de memória, com um terapeuta oriental, Osvaldo Shimoda, que é o seu nome.


Não o conheço pessoalmente, mas, ela, após a terapia, não está mais depressiva. Antes de procurá-lo, a minha esposa tinha feito terapia com uma psicanalista e não obteve resultado. Ela me disse que esse terapeuta oriental, trata também de mulheres com dificuldades de engravidar.


Assim, o casal resolveu me procurar. Na 1ª sessão de regressão, pedi que o marido a aguardasse na sala de espera de minha clínica, pois, ela nos disse que se sentiria mais à vontade, sem a presença dele na sessão de regressão. Percebi, que o seu marido era muito ansioso e controlador.


Após ele sair da sala de consulta, a paciente me confidenciou, que, na verdade, era o seu marido que queria muito ter um filho biológico, mas, por ela, adotaria uma criança, já que não estava conseguindo engravidar. O sonho de seu marido era ter um filho biológico, mas não importava o sexo da criança.


Na 1ª sessão de regressão, após passar pelo relaxamento progressivo do corpo e da mente, pedi à paciente que atravessasse um portão (recurso técnico que utilizo, onde peço ao paciente imaginar um portão, que, na verdade, é um portal que separa o presente do passado, o mundo terreno do mundo espiritual).


Ao atravessá-lo, ela começou a chorar, gritando muito, o seu corpo ficou todo contraído, com os punhos cerrados.


Terapeuta: - O que você está vendo, ouvindo ou sentindo?


Paciente: - Não sei... Não vejo nada. Só sinto muitas dores! (fala, chorando muito).


Terapeuta: - Qual a parte de seu corpo que você está sentindo às dores?


Paciente: - Sinto muitas dores, cólicas, no útero e na região abdominal. Ái que dor, meu Deus!

(grita, chorando muito).


O marido que estava na sala de espera, no térreo, ao ouvir os gritos e o choro da esposa, subiu correndo a escada e bateu com força a porta, perguntando: - Bem, o que está acontecendo?

Quando abri a porta, ele me perguntou: - Por que a minha esposa está gritando e chorando? O que está acontecendo? Eu quero vê-la!


Terapeuta: - Calma! Peço-lhe para entrar e ver à sua esposa, que estava deitada no divã.


Ela lhe falou: - Bem, está tudo bem! Não se preocupe, você está atrapalhando à consulta. Espere lá embaixo, por favor!


Ele me perguntou, preocupado e desconfiado: - Mas que raio de terapia é essa? Por que a minha esposa estava gritando e chorando tanto?


Terapeuta: - Na regressão de memória, muitas vezes, o paciente revive experiências traumáticas de seu passado, comumente, com uma carga emocional muito intensa, que estavam reprimidas em seu inconsciente; por isso, o choro, os gritos de sua esposa. Entendeu?


Marido: - Sim, agora estou entendendo.


Nas semanas seguintes, a paciente passou por mais 2 sessões de regressão e continuava regredindo da mesma forma: chorando, gritando muito, sentindo cólicas intensas e contorcendo o seu corpo, mas, não via nada.


Na 4ª sessão, desta vez, ela regrediu e viu uma cena de uma vida passada.

Paciente: - Estou grávida, vejo a minha barriga de grávida... Sou faxineira, uso um lenço na cabeça, minha roupa é de uma época antiga... Não sei precisar de que época?


Estou limpando a vidraça da parte externa da casa de minha patroa, que fica no andar de cima, e, quando me levanto, sinto tontura, e, acabo caindo escada abaixo... Vejo o meu corpo estatelado no chão, com a barriga para baixo. Foi uma queda muita violenta! (silêncio).


Agora, estou volitando no ar e, embaixo, vejo-me deitada na cama, o lençol ensanguentado...


Meu Deus! Estou morta, em espírito, olhando de cima, vejo o meu corpo, escorrem muito líquido e sangue pela vagina! Com a queda, eu e a criança, acabamos morrendo! (chora copiosamente).


Terapeuta: - Você traz à vida atual, o trauma psicológico da forma como você e o nenê morreram nessa vida passada. Por isso, hoje, não consegue engravidar. Na verdade, é a sua mente que provoca o descolamento da célula-ovo para não engravidar, pois, inconscientemente, você associa a gravidez à sua morte e a da criança.


Paciente: - Dr. Osvaldo, eu não lhe falei e nem o meu marido sabe, mas, sempre tive muito medo de engravidar e passar por um parto. Aliás, quando vejo uma mulher grávida, eu me sinto incomodada, me afasto, não quero ficar perto dela. Sempre pensei em adotar uma criança, e, agora, entendo o porquê? Tenho um pavor enorme de passar por um parto. Eu negava para mim esse pavor.


Terapeuta: - Você sofre de Tocofobia (medo excessivo de engravidar ou de passar por um parto).


Certamente, esse medo intenso é reflexo desse trauma psicológico de ter perdido à sua vida e do nenê, no parto. Mas, hoje, não precisa passar por um parto; você pode escolher, junto com o seu médico, passar por uma Cesária. Já pensou nisso?


Paciente: - Não havia pensado. Realmente, posso optar em passar por uma Cesária e não por um parto, já que tenho tanto medo de eu e o nenê morrermos, durante o parto.


Conclusão:


Após o término da terapia, um ano depois, a minha esposa estava em meu consultório, num sábado à noite, aguardando eu encerrar o meu atendimento, para jantarmos num restaurante japonês. A secretária eletrônica foi acionada, uma voz masculina, alterada, falou gritando: - Osvaldo, a Sandra (nome fictício de minha paciente) está grávida, graças a você! Você é o responsável por isso!

Ao encerrar o meu atendimento, logo que a paciente foi embora, a minha esposa me questionou: - Quem é a Sandra? Quem é o homem que gritava, alterado, na gravação da secretária eletrônica, falando que você era responsável por engravidar essa tal de Sandra?

Sem entender direito o que ela estava falando, acionei a secretária eletrônica, e escutamos a gravação. Depois de ouvir a mensagem, eu a acalmei, explicando que essa voz masculina, alterada, era do marido da Sandra, minha paciente, e o casal me procurou porque ela não conseguia engravidar. Por isso, ele estava eufórico, pois, sua esposa, finalmente, conseguiu engravidar, graças à essa terapia, a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva).


Mais calma, ela me falou aliviada: - Agora, entendi. Nossa! Que susto! (com a mão no peito).



mulher gravida


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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Atualizado: 20 de abr. de 2023


Certa ocasião, atendi uma mulher de 45 anos, solteira, que veio acompanhada de seu irmão. Ela o segurava pelo braço, pois ele tinha uma deficiência visual. Eu a cumprimentei e, em seguida, ao cumprimentar o seu irmão, ele estendeu a sua mão e, no entanto, ao invés de me cumprimentar, subitamente, recolheu a sua mão, e fez um gesto, como se estivesse tocando um violão. Obviamente, ele fez uma brincadeira comigo, rindo, como uma criança. Percebi que ele não era normal, pois tinha uma expressão facial abobalhada e me olhava no canto de seu olho esquerdo.


Constrangida, a paciente me pediu desculpas, disse-me que o seu irmão tinha uma deficiência mental - apesar de ter 42 anos, tinha uma idade mental de uma criança de 5 anos. Ele também era cego do olho direito e o esquerdo, só enxergava 30%; portanto, praticamente era cego. Antes de subirmos à minha sala de atendimento, como o seu irmão iria ficar sozinho, aguardando-a na sala de espera, ela me pediu que eu fechasse às portas da clínica, pois tinha receio que ele saísse e fosse atropelado na avenida.


Na entrevista inicial(anamnese), eu lhe perguntei qual o motivo de sua vinda à essa terapia?


Ela me disse, chorando: - Dr. Osvaldo, o que me trouxe aqui é justamente o meu irmão. Ele é o meu único irmão, meus pais faleceram e sobrou para mim cuidar dele. Não me casei e nem constituí uma família.


Terapeuta: - Você trabalha fora?


Paciente: - Não. A gente vive do aluguel da casa, é a única renda que o meu pai nos deixou.


Não tenho como pagar uma pessoa que cuide de meu irmão para que eu possa trabalhar fora, ele é totalmente dependente de mim. Eu me sinto infeliz, revoltada, pois tenho que cuidar dele integralmente e, com isso, não tenho uma vida própria. Não acho justo! (fala chorando).


Após passar por duas sessões de regressão, na 3ª sessão, o seu mentor espiritual lhe mostrou uma vida passada.


Paciente: - Estou vendo uma cena de guerra, soldados, uma cavalaria, homens a cavalo entrando num vilarejo. Nossa! Vejo cenas horríveis de guerra, muita matança de soldados e civis, muito sangue... O meu mentor espiritual me diz que não vai me mostrar tudo para não me impressionar. Ele me pergunta: - Você já ouviu falar no Massacre de Nanquim?

Respondo, que não. Ele pede então, para que a gente pesquise no Google sobre esse massacre, após o encerramento dessa sessão. Ao encerrar a sessão, peguei o meu notebook e fizemos a busca no Google sobre esse massacre. Para nossa surpresa, ele realmente existiu na história contemporânea.

Lemos juntos, o Massacre de Nanquim, que foi um episódio de assassinatos e estupros em massa cometidos por tropas do império do Japão contra a cidade de Nanquim, na China, na guerra Sino-Japonesa, durante a 2ª Guerra Mundial. O massacre ocorreu durante o período de seis semanas a partir de 13 de dezembro de 1937, o dia em que os japoneses tomaram Nanquim, que na época era a capital chinesa.

Milhares de civis e soldados chineses foram submetidos a torturas, estupros e mortes violentos praticados pelo exército imperial japonês. Estima-se que 20.000 mulheres e crianças teriam sido feitas de escravas sexuais, ao ponto de a ação também ser também chamada de o Estupro de Nanquim.


Desde o fim da 2ª Guerra Mundial, os chineses vêm exigindo que o Japão reconheça e peça desculpas formais pelos crimes de guerra cometidos durante essa guerra Sino-Japonesa (1937 – 1945). Iwane Matsuo foi o general do exército imperial japonês que comandou esse massacre. Após a rendição do Japão, Matsui foi julgado pelo Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente e condenado à forca.

Na 4ª e última sessão, o mentor espiritual da paciente lhe revelou que esse general japonês, hoje, é o seu irmão e ela nessa vida passada foi um coronel, braço direito desse general. Após os dois serem enforcados, acabaram parando no Umbral( nas trevas) e, antes de reencarnarem à vida atual, fizeram um acordo. (silêncio).


Terapeuta: - Qual foi esse acordo?


Paciente: - O meu mentor espiritual me revela, que, de comum acordo, combinamos, que quem viesse, reencarnasse em melhores condições iria cuidar do outro. Então, como vim em melhores condições, a minha missão é cuidar de meu irmão.

Ele me esclarece, que o meu irmão, nessa vida passada, era um general inteligente, um grande estrategista militar, com muita visão de guerra, mas, como fez mau uso de sua inteligência, prejudicando de forma perversa muita gente, incluindo crianças, reencarnou, hoje, com retardo mental (idade mental de uma criança) e praticamente cego.


Conclusão:


Ele faz questão de me dizer que Carma não é um castigo divino, como muitos ainda acreditam equivocadamente, mas, sim, efeito, consequência de nossos atos, escolhas. Diz que é uma Lei, ele me dá um exemplo: se uma criança colocar o dedo na tomada, vai ter consequência, ou seja, vai levar um choque porque ela está desafiando a lei da eletricidade.

Por isso, não importa se uma pessoa que pratica um ato é “mazinha” ou “boazinha”, se desafiar a lei divina, sofrerá consequências. Portanto, Carma, como uma das leis universais, não tem juízo moral, não faz distinção, não há julgamento, é uma consequência de nossas ações praticadas no passado.



livro saindo magia


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  • Foto do escritorOsvaldo Shimoda

Atualizado: 20 de abr. de 2023


O mestre Masaharu Taniguchi, PhD em Filosofia, fundador da seita filosófica Seicho-No-Ie, fez a seguinte declaração em seu livro “A Verdadeem Orações”:O Homem não é corpo carnal. Esta é uma revolução do conceito de homem muito maior do que a revolução da cosmovisão em que o geocentrismo (a Terra é o centro de tudo – durante 1400 anos, a humanidade acreditou nessa mentira, nessa teoria) cedeu lugar ao heliocentrismo (o sol é o centro de tudo e não a Terra – na verdade, sabemos que o sol é o centro de nosso sistema solar, pois há outros milhares de sóis espalhados na imensidão do universo). Quando se compreende que o homem não é corpo carnal, a Vida começa a emitir um brilho todo especial”.


Ele também escreveu, sob inspiração divina, a Sutra Sagrada “Chuva de Néctar da Verdade” (final da Sutra):A Vida não tem princípio nem fim, não morre nem desaparece. A Vida não está contida na escala do tempo; o tempo, pelo contrário, está na palma das mãos da Vida, a qual, cerrada, se torna um ponto e, aberta, se torna infinito. Sabei claramente que o casulo não é o bicho-da-seda; portanto, a carne não é o homem, não passa do casulo do homem. Em chegando a hora, assim como o bicho-da-seda rompe o casulo e alça voo como inseto adulto, o homem também rompe o casulo de carne e ascende ao mundo espiritual. Não façais disso a morte do homem. Porque a essência do homem é vida, jamais lhe ocorre a morte”.


No artigo anterior “A morte não existe – Parte 1”, escrevi que uma das mentiras mais difundidas no mundo ocidental é que a morte “existe”. Por isso, para muitos, a morte é o fim de tudo; morreu, acabou tudo”. Portanto, para quem acredita nisso, o suicídio é a saída para acabar com o sofrimento.


Ou seja, se uma pessoa está sofrendo muito, viver é um martírio, a morte é a única solução para parar de sofrer, pois morrendo, ela acredita que deixará de existir e, consequentemente, não irá mais sofrer. Ledo engano!


Pelo menos é o que constato, quando um conhecido ou um parente falecido de meus pacientes, aparecem nas sessões de regressão de memória, pedindo ajuda – após terem cometido suicídio – arrependidos, por terem tirado às suas próprias vidas, descobrem que, após a morte física, continuam vivos e sofrendo no umbral, na escuridão.


Há tempos atrás, era um psicólogo cético, incrédulo, que tinha uma cabeça científica, cartesiana, achava também que a morte era o fim de tudo, não acreditava na vida após a morte, ou seja, que a consciência sobrevive à morte física. Fui treinado, doutrinado na faculdade de psicologia a ver o ser humano, dotado apenas de mente e corpo, e, não como um ser espiritual, em sua essência.


Mas, tudo mudou, depois que atendi uma paciente de 40 anos em meu consultório. Na anamnese (entrevista inicial), ela veio acompanhada de seu marido. Na porta do consultório, eu a cumprimentei, desejando-lhe boas-vindas e, em seguida, quando fui cumprimentar o seu marido, literalmente, a minha mão ficou parada no ar, pois ele não retribuiu ao meu cumprimento.


Ele me olhou feio e disse à esposa: “Estou lhe esperando no carro, na lateral da clínica”. Como era noite, eu perguntei à paciente se não seria melhor o seu marido aguardá-la na sala de espera da clínica? Seria mais seguro, pois esperar dentro do carro, ele poderia ser assaltado, pois, São Paulo, é uma cidade violenta. Constrangida, ela me disse que o seu marido era muito antissocial e, por isso, ele preferia esperá-la no carro. Nas sessões seguintes, ao trazê-la ao meu consultório, ele sempre lhe dizia que iria aguardá-la no carro, recusando-se a entrar no consultório.


Quando chegou na 4ª sessão, o seu mentor espiritual lhe disse: “Vamos dar uma pausa nessa terapia, você terá que voltar mais para frente”. Ato contínuo, ela lhe indagou: “Por que o senhor está pedindo isso?”. Ele lhe respondeu: “Você saberá mais para frente”.

“Quando vou voltar à essa terapia?” – Perguntou-lhe novamente.

“Você saberá, a necessidade irá lhe obrigar a voltar” – Respondeu-lhe.


Sem saber o porquê de seu mentor espiritual lhe pedir um tempo na terapia, acabei acatando à sua decisão. Depois de dois anos, ela entrou em contato comigo, querendo voltar à terapia. No entanto, desta vez, a paciente veio de Uber, sem o marido.


Surpreso, eu lhe indaguei em tom de brincadeira: “Seu chofer não lhe trouxe hoje?”. Ela entrou no consultório, cabisbaixa, e me disse: “Ele é o motivo de minha volta à terapia”.


Terapeuta: - O que foi que aconteceu com o seu marido?


Paciente: - O meu marido faleceu, teve um infarto fulminante. Estou muito depressiva (falou, chorando). Eu me recordo que, na sessão anterior, o meu mentor espiritual me pediu um tempo, disse-me para voltar mais para frente, que a necessidade iria me obrigar a voltar à essa terapia. E foi exatamente isso que aconteceu. Quando ele me pediu uma pausa, nessa terapia, acredito que ele sabia que o meu marido iria falecer. Por isso, ele me pediu para que voltasse mais para frente.


Terapeuta: - Puxa! Estou surpreso, não esperava que você retornasse por esse motivo. Sinto pela perda de seu marido, meus sentimentos!

Quando ela estava mais calma, iniciamos a nossa sessão de regressão. Após o relaxamento progressivo do corpo e da mente, ela me disse: - Dr. Shimoda, estou vendo aqui na sala de seu consultório um vulto, uma sombra (ela estava de olhos fechados, deitada em meu divã, vendo a sombra com o seu 3º olho, que os hindus chamam de Ajna).


Terapeuta: - Essa sombra que você está vendo é um ser espiritual, um ser das trevas. Pergunte-lhe quem é? O que ele quer aqui?


Paciente: - Meu Deus! É você Jorge? (fala gritando e chorando muito).


Terapeuta: - Quem é Jorge?


Paciente: - É o meu marido falecido. Jorge, o que você está fazendo aqui? (silêncio). Dr. Shimoda, ele me diz que está com vergonha do senhor.


Terapeuta: - Por quê?


Paciente: - Eu não falei ao senhor, na ocasião, mas o Jorge não queria que eu fizesse essa terapia, ele achava que o senhor era um charlatão. Dizia que não iria pagar esse tratamento, pois, não acreditava em vida após à morte, seres de luz, mentores espirituais, reencarnação, enfim, assuntos ligados à espiritualidade. Ele era muito incrédulo, dizia que era ateu, achava que quando a gente morria, deixávamos de existir, que era o fim de tudo. Ele só pagou essa terapia e me trouxe ao seu consultório porque eu bati o pé, insisti muito, pois eu acreditava que essa terapia iria me ajudar. Mas, ele não! Como ele não acreditava na vida após a morte, ele achava que essa terapia era charlatanismo, um embuste. (silêncio).


Ele está ajoelhado de meu lado direito, chorando, diz que está sofrendo muito, pois, o lugar que ele está é muito escuro e frio (as trevas é um lugar muito escuro, frio e fétido). Pede ao senhor que o ajude, mas, reafirma que está muito envergonhado.


Terapeuta: - Diga-lhe para não ter vergonha, pois não estou aqui para julgá-lo, longe disso! Fale para ele que eu também era muito cético, incrédulo em relação à vida após a morte. Como ele, também achava que a morte é o fim de tudo, ou seja, morreu, acabou tudo, a gente perde a consciência, deixa de existir. Mas, agora, com a presença dele aqui no meu consultório, conversando com a gente, vejo que realmente a consciência humana sobrevive à morte física. O que observo aqui é um fato e, contra um fato, não há o que argumentar, duvidar.


Conclusão:


Paciente: - Jorge, pede ajuda aos seres espirituais de luz! Se você pedir, será atendido. (silêncio). Dr. Shimoda, estou muito emocionada! (fala chorando). Vejo dois seres de luz, usando uma túnica branca, um de cada lado dele. Eles estão conversando com o Jorge, ele acena a cabeça, concordando com o que eles lhe falam. (silêncio). Agora, o meu marido me fala que precisa ir.


Terapeuta: - Então, despeça-se dele. (Paciente conversa baixinho com o marido, chorando muito). (silêncio)


Paciente: - O Jorge se despediu de mim, agradeceu ao senhor por essa oportunidade de ser ajudado; ele e os dois seres espirituais de luz estão indo em direção a uma luz Maior... Eles entraram nessa luz, e foram embora (fala bastante emocionada).



Pessoa caminhando para o céu



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